3 de agosto de 2010

Quem quer Pão?



Obs: Apesar de ter escrito esse texto, recentemente Deus o usou como novidade em minha vida, e o reli com alegria e esperança. A caminhada nessa Terra requer do discípulo de Jesus uma constante recalibração da mente e da alma. Comecei a pensar (e, conseqüentemente, agir) como se alguém ou alguma outra coisa pudesse ser capaz de atuar com a perfeita provisão que só o Senhor pode proporcionar. De fato, comecei a não me lembrar de que só Jesus é o pão da Vida; todavia, Ele é o único que pode saciar todos os anseios do coração humano. Tanto o seu quanto o meu. Ele fez essa certeza reacender em minha alma. Louvado seja Seu nome pra sempre. Amém.
Ele é o meu Pastor, e nada me falta/faltará. Jamais.
Espero que, assim como Ele me relembrou de quem Ele é, que faça o mesmo com você.
Paz seja contigo.
_______________________________________//_____________________________
Então Jesus declarou: “EU sou o Pão da vida. Aquele que vêm a mim NUNCA terá fome; aquele que crê em mim NUNCA terá sede. (...) Eu sou o Pão VIVO que desceu do céu. Se alguém comer deste pão, viverá PARA SEMPRE.”

Quem não gosta de um pãozinho quentinho e macio que o atire no lixo. Difícil, não é? Pão é pão e PÃOnto final. É alimento diário, comum na gastronomia de todos (ou quase) os povos da Terra. Todo santo dia o pãozinho está lá nas mesas, seja de manhã, à noite, em casa, na cantina da escola ou na rua em forma de um Big Mac ou de um “Super Galegos”. Pão é onipresente!
Pois bem. Jesus afirmou diversas vezes que Ele era o “pão da vida”, e sempre dando muita ênfase nisto. Não queria que ninguém tivesse dúvidas a esse respeito. Ele dizia: “Sou o Pão da vida” e pronto, acabou. Simples assim. Simples, mas profundíssimo, como tudo que Jesus fez, disse, era e ainda é, sendo para sempre o mesmo.
Primeiramente, Jesus afirma que o pão é Ele, somente Ele. Ora, pão é algo quase obrigatório, rotineiro, é fundamental, pois se incorporou nos hábitos alimentares de todos os povos. Jesus não disse: Eu sou o bife que desce dos céus. Analisando logicamente, seria muito mais coerente que Ele assim afirmasse, pois logo depois falou que a carne de Seu corpoera o pão que Ele daria em favor do mundo. Talvez Jesus já soubesse que em muitas culturas e grupos sociais a carne não fosse bem vista do ponto moral e ético, como fazem os indianos e os “veganos”. Já o pão é mundialmente aceito e não ofende a consciência, nem morais ou costumes. Jesus também. Jesus é perfeitamente tragável, aceitável.
A vida demanda de nós todo tipo de satisfações. Diversos tipos de fomes e sedes nos assaltam no meio do caminho. Há fome por um amor, fome por alegria e paz genuína, sede de amigos verdadeiros, sede de satisfação financeira. Há fomes de sermos aceitos como somos, sem máscaras ou atuações, fomes por uma maneira boa e agradável de ganhar dinheiro fazendo aquilo que se gosta, sedes de beijos, abraços, sexo, carinhos, segurança, proteção. Todas essas fomes e sedes são próprias da vida humana e merecem ser atendidas. A nossa existência na Terra precisa ser alimentada, e JESUS se propôs a matar todas essas nossas fomes e sedes. Ele diz que quem for até Ele NUNCA terá sede nem fome. Ir até Ele, pela fé, é ao mesmo tempo em que se reconhece que Ele mata as fomes e sedes da vida, é também submeter seu paladar ao gosto de Deus. Não adianta pedir a Jesus que mate sua sede e fome disso ou daquilo se você mesmo olha pra o alimento recebido e faz cara de nojinho. O método de Deus é um só, o cardápio é Ele quem faz, e o chef faz como entende melhor. Aceite e coma se quiser. Mas saiba que se não foi Jesus quem deu, a fome vai voltar, mais forte e violenta.
Jesus mata todo tipo de fome e sede. Assim, sendo Ele o pão, também é o feijão que nos dá ferro, a carne que dá proteínas, os vegetais e frutas que dão vitaminas, o vinho que fortalece o estômago e dá alegria, o doce de leite e o chocolate que adocica a boca, o sal que conserva o que é bom e mata o que não presta. Dessa forma, todos os sabores e texturas são devidamente respeitados e saciados em sua melhor forma.
Quem é o pão é JESUS. Não é a igreja que você freqüenta. Existe em muitos uma paranóia espiritual que reputa o ato de faltar um único culto da igreja a qual pertence como sendo um verdadeiro sacrilégio, uma heresia infernal. Jesus não é a sua denominação, e graças a Deus por isso! Muitas vezes a padaria, no afã de lucrar sempre mais e atrair clientela, envereda por outros caminhos, passando a vender também xampus, sandálias, pilhas, escovas de dente. Mas às vezes todo esse rol extra de nada adianta, pois o pão quentinho que você tanto queria já acabou. Se faltou pão, faltou tudo, des-virou padaria pra quem foi buscar o pão, mesmo vendendo pilhas, xampus e Havaianas. Continuou sendo padaria, mas só no nome... pão que é bom e que você estava louco pra comer, nada. O alimento diário também não é o seu pastor, por mais abençoador que ele possa te ser. Ele também precisa comer da mesma fonte que você, se não, passa fome também e acaba oferecendo só o cheiro da comida espiritual. O pão não é os seus amigos da igreja, nem as campanhas que você faz, nem o dízimo e as ofertas que você dá. Só Jesus é O Pão.
Ele é pão da VIDA, não da apatia. Já observei que a maioria dos crentes que eu vejo é indiferente com a vida. Não amam fazer nada, não têm paixão por alguma coisa, não cultivam sonhos grandes no coração, nada. Carregam uma aura de “sem-gracismo” impressionante. Quando chegam deixam o ambiente piorado, tenebroso, “paia”. Jesus tambémnão é o Pão da morte. Muitos quando vão contar sua estória de conversão resumem tudo a dizer que antes eu fazia isso, aquilo e aquilo outro. Hoje não faço mais nada disso! Aleluia!”. Ajuda ele, Jesus! Não há transformação, não há uma substituição daquilo que matava o espírito por vida pulsante e eterna. Morre pra quase tudo que fazia antes de “ser crente”, mas não há um fator positivo que transforme o ato vazio e mundano de antes em algo proveitoso para a alma. Jesus não é o pão da opressão. Pra alguns, Jesus só chegou trazendo mais pesos, mais pressão, mais regras a serem seguidas, mais castigos a serem temidos, mais compromissos que castram qualquer esperança de ter uma vida normal. Jesus se tornou um exterminador da normalidade, um assassino do amor próprio, pois tudo tem que ser “para a obra”. O “gezuis” deles matou qualquer chance por uma vida abundante, plena, que preenche cada expectativa do nosso ser com o melhor dos resultados possíveis. Esqueceram que o parâmetro que devo ter para amar o meu próximo é o amor que tenho por mim mesmo.Jesus não é o alimento diário da hipocrisia. A conversão primeiro deve ser pra mim, dentro de mim,confrontando e quebrando o que há de oculto e podre por dentro; depois, afetará naturalmente outros, sem necessidade de manuais de evangelismos ou cursos teológicos.
Jovem, entenda que todas as suas fomes e sedes podem ser saciadas com o Pão da Vida. Busque-O, procure entender Seu jeito de viver, pensar, se relacionar. Leia os Evangelhos sempre que puder, medite neles, converse com Jesus. Ele matará suas fomes e sedes enviando a você pessoas de bem, garçons de Deus com a comida na bandeja, pois não há ninguém que entregue seu cardápio desta vida para ser elaborado pelo Chef dos céus que não fique farto, empanturrado e feliz. Palavra do Senhor!
Thyago Gutierres