23 de fevereiro de 2009

Afinal, o que é que você quer mesmo?


A TV estava sintonizada no SBT. Já era final do último filme da série “Matrix”. O agente Smith estava dando uma surra em Neo. Este, já cansado de tanto apanhar, se levantou com muito esforço pra continuar na briga. A humanidade restante, que ainda lutava quase que sem nenhuma chance de vitória, tinha colocado todas as suas últimas esperanças de sobrevivência nele. Apesar de quase não conseguir, Neo ficou de pé, cambaleando, machucado e com rasgos nas roupas. Então o agente Smith começou a questionar seu oponente com perguntas depreciativas, menosprezando os sentimentos humanos que estariam por trás da sua motivação, até que perguntou cheio de dúvidas e muito mais cheio de ódio: “Por quê ainda luta Sr. Anderson?! Por quê continuar?! Não vê que não há mais chances?! Por quê ficar de pé e lutar?! Por quê?!”. Neo olha nos olhos do seu inimigo capital e responde simplesmente: “Porque eu escolhi” (quem quiser ver ou rever a cena:http://www.youtube.com/watch?v=oTP8RvUW4ac)
Aquilo foi um choque, e me marcou. O filme acabou, algumas outras cenas também enfeitaram o final da história, e tudo terminou bem (ao menos pareceu). Mas aquela fala do personagem principal me fez pensar e muito. Mesmo com todas as probabilidades contrárias ao seu sucesso, mesmo com incontáveis inimigos o cercando, mesmo com o enorme peso de garantir a vitória na luta e o fim da guerra, ele se apegou a uma decisão: a escolha de continuar lutando até o fim.
Eu acredito piamente que as coisas de Deus podem ser notadas e captadas em tudo o que vemos e ouvimos ao nosso redor. Nós, que aceitamos a Cristo e somos Seus servos, temos o Espírito Santo habitando em nós, e Ele nos faz atentar para quando Sua voz ou Sua Palavra for pronunciada, independente do lugar ou do momento (como se fosse um radar sempre ligado e pronto pra captar o “sinal” do Espírito). A Palavra nos diz que “Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz” (Salmo 19:3), como também afirma que em Cristo todas as coisas subsistem (Colossenses 1:17) e que por meio dEle todas as coisas foram criadas (João 1:3). Se por Cristo todas as coisas foram criadas e sem Ele nada subsiste, logo, podemos encontrá-lo em qualquer lugar, basta sermos sensíveis para percebê-lo. Portanto, com Cristo (ou Deus, tanto faz) não há exclusividade de canal de comunicação: Ele pode falar conosco seja por meio de anjos poderosos (Daniel 10), por meio de uma simples brisa (1Reis 19:11,12) ou mesmo por um filme de Hollywood.
A Palavra de Deus é poderosa pra transformar toda e qualquer pessoa, e o amor do Pai pode trazer bênçãos para uma família inteira por meio de apenas um único integrante. Pode fazer chover, ressuscitar, prosperar. Pode levantar paralíticos, pode libertar dos vícios mais perigosos e persistentes, pode dar uma nova vida; entretanto, tudo isso só se materializa quando damos permissão a Deus para que assim Ele o faça. Isso é realmente incrível: o Dono de tudo precisa da minha permissão para me abençoar! Em Apocalipse 3:20, Jesus diz que precisa da nossa autorização pra entrar em nossos corações e lá fazer morada. Se você quiser e abrir a porta, então Ele entra (Ele não é um soldado da tropa de elite pra arrombar a porta). E o meio de permitir que Deus opere em nossas vidas é muito simples: basta escolher aceitá-lo. Não é necessário questionar como Deus vai fazer pra mudar isso ou aquilo na vida de um alguém tão distante dEle, ou de que jeito Ele vai consertar essa ou aquela situação: apenas decida que Ele terá livre acesso ao seu coração e pronto.
Quem nunca ouviu na nossa igreja quando o pregador pergunta se alguém deseja aceitar Jesus e entregar a vida aos Seus cuidados? É comum ouvir esse convite ao final das mensagens. Muitas pessoas vão diante do altar, levantam suas mãos e repetem a confissão, e, dali em diante se tornam novas criaturas. O problema é que quando a vontade de Deus por meio da Palavra (escrita ou pregada) começa a confrontar algumas práticas ou atitudes reprováveis aos olhos de Deus e claramente divergentes da Bíblia, muitos simplesmente agem como quem não quer seguir a Jesus de verdade, pois não desejam ser iguais ao seu Mestre. O pecado em vez de ser confrontado e tratado pelo Espírito com o aval do convertido, na verdade fica escondido, protegido em algum “achismo” ou costume já solidificado pelo tempo. Em vez de ser lançado fora, ele é acobertado pelo próprio querer da pessoa, que não quer se desfazer de si mesma. Só quer o bônus de ser um(a) discípulo(a), mas o ônus... nem pensar! Isso é um erro tremendo. Jesus, em Lucas 9:23, falou algo que se fosse lido com as devidas entrelinhas seria mais ou menos assim: “Olhe, me seguir não é moleza não viu? Se você quiser, tudo bem. Deixe seu egocentrismo aí no chão, suporte as suas aflições e fraquezas de todos os dias, e então me siga”.
Fico muito triste quando vejo jovens que estão na igreja há tanto tempo, que cresceram ouvindo a Palavra e que toda semana ouvem Deus falando por meio dos pregadores, que nasceram em uma “casa de crentes”, mas que quando chega essa época do ano... mais parece que nunca ouviram nem falar de Jesus algum dia. Shows, e mais shows; festas e mais festas; “pegando e ficando geral”. Outros não “ficam nem pegam geral”, e nem vão para essas festas vazias que sempre surgem, mas ficam com uma vontade danada de ir (e danada no sentido literal), ou seja, o que vêm a dar no mesmo aos olhos do Pai. Aí eu me pergunto se algum dia eles de verdade escolheram seguir a Jesus. O cara do “Matrix” que citei no início do texto apanhou como um condenado, era mais fraco e estava em desvantagem numérica; entretanto ele escolheu ficar de pé e lutar. Não podemos fazer o mesmo? Porque todos nós não escolhemos lutar contra o pecado, resistir aos encantos do mundo, e permanecer firme com Jesus agora nessa época em que a “roupagem de crente” deve ser mais preservada? Será que na hora em que a Armadura deve ser reforçada, polida e vestida (Efésios 6:11,17) é que vamos trocá-la por um abadá de pano fino, que ficará podre com o tempo e que poderá fazer o mesmo com nosso espírito? Acaso nossas escolhas não têm o poder de determinar o rumo que nossa vida terá?
Jovem, não se iluda: Deus coloca diante de você dois caminhos: um caminho de vida e bênçãos, e outro caminho de morte e maldição, do mesmo jeito que fez com os israelenses (Deuteronômio 30:11,20). Cabe tão-somente a você a escolha. Vida ou morte? E aí?

8 de fevereiro de 2009

More em Deus!

Nossa cidade está crescendo rápido, como nunca antes. A cada dia que passa torres, conjuntos, prédios e todo tipo de construções habitacionais se levantam. Eu não sei o que vocês pensam a respeito disso, mas eu sempre fico me perguntando de onde é que vem tanta gente pra se morar em Aracaju, como também não sei até onde irá a gula das construtoras, que conseguem construir imensos edifícios até em solos de “ex-mangue”. O fato é que o setor cresce, e, se cresce, é porque as pessoas estão comprando casas próprias, alcançando o quase unânime sonho brasileiro de ter um lugar para chamar de seu. Uma casa de fato não é qualquer coisa; mesmo que seja pequeninha ou não tenha tudo o que seu dono deseja, ela se torna um dos maiores patrimônios que alguém pode ter. Não importa o tipo ou o tamanho, o luxo ou a simploriedade: a casa é asilo inviolável, conforme a Constituição Federal (art. 5º, XI).
“Todo homem precisa de um lugar para ir”, já disse Dostoiévski pela boca de um dos seus personagens de “Crime e Castigo”. Nada mais verdadeiro. Recarregar as baterias, ter um ponto de apoio, um lugar para confraternizar-se com os seus, e tantas outras coisas que fazemos em nossos lares são fundamentais para o andamento saudável da vida. Entretanto, se não temos um lugar para fazer tudo isso, ou, temos, mas não é um lugar sadio, hígido, nossas vidas correm sérios riscos de serem contaminadas pelas influências destruidoras de uma casa mal arrumada, suja, centro de conflitos e desassossegos. E se somos seres espirituais (pois somos um espírito que mora em um corpo de carne), logo, o lugar onde fazemos convergir a vida do nosso espírito é muito mais decisivo do que onde fazemos deitar o nosso corpo cansado no fim do dia. Então pergunto, onde fazemos o nosso espírito repousar? Onde habita o nosso espírito?
Alguns vivem no dinheiro e naquilo que podem comprar com ele. Passam a vida inteira tentando acumular riquezas, independente do que tenha que ser feito para que sua conta bancária atinja patamares dignos de Sílvio Santos. Curtem aquilo que pode ser comprado, e aquilo que não pode, tenta-se ora bolas! Roupas de marca, casas-castelo e viagens para os confins da terra vão tentando (sem sucesso) preencher o vazio da alma.Se não tiverem dinheiro no bolso chegam a ficar com traços depressivos. Outros vivem no sexo. “Ficar” e “Pegar” são esportes; pra qualquer lugar que se vá, sempre os olhos estão bem abertos para as “oportunidades”; afinal de contas, é bom mesmo e tem que se aproveitar enquanto se tem forças, é o que pensam. Há ainda alguns que vivem na vaidade, construindo reputações, aparecendo em televisões, programas de rádio, palcos, altares e púlpitos, adquirindo títulos, cátedras, honrarias, ou qualquer tapinha nas costas de um poderoso-chefão qualquer. Muitos outros lares de espírito poderiam ser citados aqui, e garanto que todos eles levariam ao mesmo fatal destino: a morte em todos os sentidos. Aprendamos com o homem segundo o coração de Deus, o rei Davi.
“Sê Tu minha habitação forte, à qual possa recorrer continuamente” (Salmo 71:3). Davi pedia ao Senhor para ser sua habitação! Se fosse um pedido jurídico, podemos dizer que o que Davi pedia era que o Senhor fosse o seu domicílio, porque este (segundo juristas) é o centro principal da sua atividade, com ânimo definitivo. O seu domicílio é onde você se estabelece com vontade de permanecer pra sempre. “Alegrei-me quando me disseram: ‘Vamos à Casa do Senhor! ’”; “Melhor é um dia nos Teus átrios do que mil noutro lugar; prefiro ficar à porta da casa do meu Deus a habitar nas tendas dos ímpios”. Fica claro que o domicílio (ou a habitação) do espírito de Davi era o próprio Deus e Sua casa. Até hoje não há rei em Israel mais respeitado do que o filho de Jessé, ao ponto do Messias ser conhecido como filho de Davi, e Jerusalém a sua cidade. O amor de Deus faz isso: apesar do pecado que habita em nós e da repugnância que isso causa aos olhos do Senhor, Ele ainda assim deseja que tanto moremos nEle como Ele more em nós.
O problema das pessoas hoje em dia (e, com grande tristeza, a maioria dos crentes também) é que a Casa de Deus e Ele mesmo não são vistos nada mais do que uma casa de veraneio, um posto de saúde espiritual ocasional, no qual cada um vai a busca de um remédio pra seu problema, neurose, endividamento, problema conjugal ou com os filhos, catarata, câncer, prisão de ventre ou todo e qualquer tipo de mal. Depois, quando consegue o que quer, dá as costas e vai embora com mais um bom serviço celestial prestado. E dar as costas não acontece só indo embora de fato: muito crente fica somente de corpo presente na Igreja, não se importando em crescer, dar testemunho, expandir o Reino ou tão-somente cultivar uma vida com Deus, mas não sai por medo de ser castigado ou para “não deixar de pagar a benção” (como se Deus precisasse disso). Não há erro nenhum em se buscar a Deus com esse intuito, pois Ele é Deus que cura a todos, e tem medicamento pra males físicos, mentais e espirituais. Ele governa sobre toda a humanidade e o Seu amor abarca todas as nações e povos, fazendo com que bênçãos e vitórias sejam derramadas sobre justos e ímpios, crentes, espíritas, católicos, ateus, etc. O verdadeiro problema é considerar o Pai e buscar Sua face apenas de vez em quando, só se achegando ao Seu colo quando a situação não tiver mais jeito aparente de se solucionar. Corre-se pra Deus quando “a coisa tá preta”, e pronto, acabou aí. Não pode ser assim! Davi sabia que Deus queria e quer nos ter a todo o momento. O homem segundo o coração de Deus elegeu, de forma consciente e com vontade dirigida, o Senhor como seu domicílio, como sua habitação.
Jovem, em nome de Jesus, ESCOLHA o Senhor como sua habitação; deposite nEle as suas vontades, os seus projetos profissionais, seu sonho amoroso, seus conflitos com outros, seus medos, suas amizades e sua família. MORE no Senhor; isso significa pegar tudo o que você tem, levantar e dizer: “Toma Pai, cuida disso pra mim. Eu só vou me preocupar agora em Te agradar e Te servir. Todo o resto o Senhor vai me dar porque Jesus assim falou. Como o Senhor não mente jamais, então eu topo.” Não saia de Deus. Só Ele tem a felicidade completa pra sua vida, e, principalmente, as palavras que dão a vida eterna. Pare de bancar o cigano, morando aqui e ali, ora no dinheiro, ora no sexo, ora em qualquer outro lugar. Viva em Deus e fique lá. Você não se arrependerá.

1 de fevereiro de 2009

SEJA LIVRE!

Sou livre, na liberdade que Cristo me concedeu. Sou livre para concordar e discordar; para aceitar e repudiar; para rir e chorar..., livre para viver com a consciência que é minha, dada pelo Pai, em concordância com o fluir do Espírito em mim. A prisão da religião e as cadeias da “igreja” têm sufocado muita gente boa de Deus.
Viver em fé, como manda a Palavra, é viver absorvido pela Graça que não enxerga no homem o seu proceder, mas apenas se derrama sobre ele como favor imerecido. Quando isso acontece, o Espírito nos invade, sendo Ele próprio o mentor das mudanças que confiadamente realizaremos apartir de então. Se tivermos o Espírito Santo como Guia, Jesus como Senhor, e Deus como Pai, a quem mais precisaremos recorrer para ter certeza de que nossas atitudes são bem vistas por eles? E se não são bem vistas, como duvidar de que o próprio Espírito nos advertirá quanto ao mal que estivermos cometendo? Ter essa certeza é ser livre para viver o melhor de Deus para nós. Foi o próprio Jesus quem disse que se pretendemos agradar a Deus, cumpre obedecer a sua vontade, e o maior dos mandamentos está justamente em pincelar tudo que fazemos com o mais puro e genuíno amor dado pelo Pai. Sem amor, nada se aproveita! No amor há liberdade!
Quanta confusão meu Deus! Quanta negação fajuta tomada em nome de Deus, enquanto o camelo vai descendo goela abaixo. Além de toda essa presença divina nos envolvendo, como mencionado acima, nós ainda contamos com a revelação das escrituras, quando lida sem pretensões maiores do que está posto, para nos ajudar a enxergar o mundo, a enxergar o nosso umbigo, e a enxergar Deus. Tudo para não nos tornarmos “justiça própria”, para não imaginarmos que pelo muito esforço obteremos a redenção.
Tenho visto alguns procedimentos de “gente crente”, que realmente me entristecem. Recentemente soube de um crente, de uma das igrejas mais conhecidas no Brasil, que sofre desse mal já relatado. Casado, com três filhos, vivendo em situação bastante humilde (utilizando-me desse atenuante, para não dizer que vive na pobreza); este irmão não aceita que a sua esposa faça a cirurgia para ligar as trompas, com o intuito de não mais vir a ter filhos. Apesar de não desejar mais filhos, para ele, fazer tal coisa é como cometer pecado de morte. Quando interrogado sobre o porquê de pensar assim, simplesmente disse: “Enchei a terra! Ordem de Deus!”. Isso é que é tomar um texto, fora do contexto e fazer dele pretexto para uma maluquice dessas. Encontrei esse mesmo irmão tempos antes dessa declaração, dizendo que ia matar as galinhas de um velhinho, que é seu vizinho, se elas entrassem mais uma vez no seu terreno para sujar tudo por lá. Como esse irmão tem muita gente por aí.
Um outro dia ouvi alguém dizer que o jovem cristão só pode dançar e se alegrar, quando é na presença do Senhor (dentro da “igreja”), e como manifestação da sua adoração a Deus. Para quem entende que sua vida é fruto do amor incondicional de Deus pelo homem, e tem essa declaração cravada em seu coração para dirigir a sua conduta diária, tudo é adoração! Uma simples caminhada ao fim da tarde, uma despretensiosa conversa entre amigos, no degustar de um bom vinho, em sentir as ondas baterem nas suas canelas, ao sentir a geada chegar, no toque carinhoso de um grande amor, em se perceber vivo! Tudo pra estes se transforma em adoração, porque em tudo reconhecem a natureza das coisas criadas. Sendo assim, apesar de não estarem diante de um cantor “gospel”, de não estarem em algum culto evangélico, ou ainda de não estarem sentido “sensações” espirituais que os façam grudar na parede ou rolar no chão... eles se alegram nas formas mais naturais da vida. Posso ouvir uma boa música (independente de ser “gospel” ou não) e me alegrar com ela, posso ver uma cena engraçada e cair na gargalhada, posso sentir o vento na cara a 100 por hora e soltar aquela cara de contente, posso comer uma suculenta costela no bafo e sorrir quietinho no meu canto, posso cheirar o aroma do meu amor e nele me deleitar. Quando eu adoro, Deus se alegra; e quando eu me alegro, estou adorando. Em todos os sentidos, eu me alegro. Quem tenta podar a alegria de um jovem que tem em Jesus o seu tesouro, retira dele a liberdade que o próprio Cristo concedeu. Foi para liberdade que Cristo nos libertou, não para sermos oprimidos por procedimentos religiosos. O jovem que pretende viver essa alegria em Cristo deve ler a palavra da verdade, a palavra que liberta, da forma menos “teologizada” quanto possível. Deixar que o próprio Espírito seja o seu tutor, sem maiores interpretações; “hermeneutizando” mesmo desconhecendo a hermenêutica.
Como é bom viver assim, sem procedimentos fixos e intransferíveis, e mesmo assim proceder corretamente; sem regras de conduta pré-estabelecidas, e mesmo assim não me tornar um arruaceiro da fé; sem repetições cansativas, e mesmo assim ser ouvido; sem ser perfeito, e mesmo assim encontrar em Jesus a salvação. Para quem crê que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, e que há um só Deus e um só Senhor; sabem que o alimento, o som, a dança, a bebida, o cigarro, ou qualquer outra prática desse mundo, não são um mal em si mesmos, nem santificam e nem amaldiçoam ninguém. O que santifica é a palavra e o que causa maldição é aquilo que sai da nossa boca. O alimento em excesso pode lhe causar mal-estar, um som ruim pode lhe deixar depressivo, a dança acompanhada de sensualidade pode trazer más companhias, a bebida pode destruir com seu fígado, e o cigarro no mínimo vai acabar com seus pulmões. Isso tudo faz muito mal para o seu corpo. E é claro que procedimentos como esses sempre acabam rebatendo na alma dos praticantes, e também por isso devem ser abandonados no decorrer do caminho. Se há alguém que já aceitou a Cristo, mas ainda não abandonou certas práticas, não deve ser tratado como um estranho, um separado, um condenado ao inferno. Viciado que deseja verdadeiramente ser liberto do vício, para Deus já está liberto.
Para quem duvida do que está escrito aqui, é só ler alguns trechos da palavra e tirar suas próprias conclusões: Romanos 14; 1 Coríntios 8; Gálatas 5; Colossenses 2. Que ninguém se deixe escravizar, mesmo por pretextos religiosos. Quando o apóstolo Paulo alerta sobre isso, não fala de procedimentos da “carne”, mas de procedimentos da religião que dominavam aquelas sociedades. Seja livre como a águia, e voe mais alto do que qualquer algoz possa te alcançar; no pico estabeleça o seu ninho, e sinta o criador logo acima.