30 de abril de 2010

Deixei de ser evangélico por amor ao Evangelho!


"Oi Caio,

Eu sou aquele jovem que não sabia se era mais evangélico, a quem você respondeu e mandou um glorioso glossário." NÃO SEI SE AINDA SOU EVANGÉLICO...E FAZ DIFERENÇA?"

Rev. Caio Fabio, tenho acompanhado seu site diariamente. Não tenho mais dúvidas - não sou "evangélico". Cansei de ir contra a minha consciência em Cristo. Engraçado, estou em paz, sem culpa. Também sem ressentimentos. Não quero converter meus irmãos evangélicos.

Há tempos tenho uma percepção que se confirma a cada dia (o seu site só reforça essa idéia): estamos vivendo o retorno da Idade Média.

O que a Igreja Católica foi, os evangélicos querem ser. Veja-se a hierarquia na igreja - apóstolos; bispos. Veja-se as categorias jurídicas com que se pensa a fé - sacrifícios; autoridade.

Talvez, se atentássemos mais para a história, poderíamos voltar a pensar de maneira crítica.

Eu sei que você já tem dito que esse filme você já viu. E eu pergunto: qual será o fim do filme?

Pra terminar, o desespero é o grande aliado desses líderes. Eles se utilizam da fraqueza humana.O desespero econômico, o desespero familiar é o solo onde crescem essas plantas canibais - vale a contradição.

Bastaria a fé na bondade de Deus, bastaria fé na Palavra que afirma que Deus é amor, e esses homens teriam que arrumar outra forma de extorquir os desesperados.

Se puder, faça uma relação entre a Idade Média e o tempo em que vivemos. Servirá para o crescimento de muitos.

Um abraço,

Alexandre

_____________
Resposta:


Meu amado amigo, Marcio Alexandre: Graça, Paz a Confiança!


Não farei o paralelo que você pediu por duas razões: primeiro porque já falei demais nisso; segundo porque basta olhar em volta, pois o cenário não necessita de paralelos no que diz respeito ao espírito da religião evangélica em relação aos conteúdos das crenças católicas da idade média. Com uma diferença: fora a impossibilidade da igreja mandar matar, as demais coisas de hoje são piores, pois hoje são feitas com “cara de poder de Deus”, com impressão de fé, com muitas aclamações, com intenso trabalho, com muitas concentrações de povo, com ardente desejo proselitista, com muito fogo e sacrifício, só que o fogo é estranho, e o sacrifício é blasfêmia contra a Cruz de Cristo.

Sim, a diferença é que eles, os da Idade Média, eram frios; e nós somos ardentes. O fogo, porém, que nos consume, não é do Espírito, mas é o fogo de nossas próprias vaidades.

No mais, os ídolos mudos dominaram a maior parte dos evangélicos, e o espírito da confusão e dos muitos deuses possuiu a quase todos.

O movimento que começou com a Reforma Protestante chegou ao fundo de seu próprio abismo. E os evangélicos são o mais pernicioso desses sub-produtos da Reforma, especialmente na sua versão mais recente, e de natureza neo-pentecostal.

Ora, conquanto historicamente o que eu aqui diga seja uma ofensa para os reformados, pois, negam-se a ter ligações com muitas das variações do mundo evangélico, e especialmente em relação aos neo-pentecostais, mesmo assim, tem-se que admitir que nós mesmos sempre estivemos muito mais irmanados com o pessoal que grita Aleluia do que com o pessoal que diz Ave Maria. E, além disso, tem-se que admitir que quase todas as igrejas reformadas do Brasil são hoje em dia completamente evangélicas em seus espíritos e conteúdos de crença e pratica moral-moralista e legalista.

Você disse que deixou de ser evangélico. Eu acho que fiz minha definitiva profissão de fé como consciência não evangélica quando ocupei a posição de presidente de uma entidade de representação da "classe", e vi que minha alma não combinava com aquilo e que não sobreviveria no ar respirado naquelas recamaras do medo, da culpa, da covardia, da média e do farisaísmo.

Daí, desde que começaram a falar na tão discutida "Volta de Caio Fábio", eu não apenas ter veementemente negado, mas também muito me ri das declarações, posto que eu nunca tive a intenção de voltar para nada daquilo.

Aquilo já não é faz tempo!

Mas somente com a exalação da putrefação é que os odores se tornaram insuportáveis, e os próprios mortos disseram: Ih, morremos!

Como é que isso termina? Ora, assim como está. Com os mortos sepultando os seus mortos, e os que eles mesmos matam.

Como isto termina?

Termina como terminou o Judaísmo, como terminou o Catolicismo, como terminou o Protestantismo, como terminou o Puritanismo, como terminou o Pentecostalismo, e como já nasceu morto o Neo-Pentecostalismo. Ou seja: termina sem nunca acabar. Permanece. Vira religião. É a tal da Veste Velha ou é o tal do Odre Velho dos quais Jesus falou.

O que fazer com isto?

Ora, nada.
Jesus disse pra nem perder tempo, pra nem tentar remendar nada, posto que quem se acostumou com isto, não quer aquilo, o Novo, o que é Hoje.

“Isto” existe, agora, apenas para ser usado, posto que há gente dentro disto. Mas a agenda do reino já não passa por isto. Isto teve sua chance e não quis. Agora “Isto” terá que também dizer, junto com o judaísmo: "Bem dito é aquele que vem em nome do Senhor!"

No entanto, nada há de novo nisto. Não há nada debaixo do sol que não viva esse ciclo. Nada. Portanto, assim como foi antes, assim será depois. E não há fatalismo nisto, posto que falo da vida, não da morte.

Sim, a vida acontece nesse processo de morte, de coisas que perdem o significado a fim de que o significado reapareça de outra forma, de troncos que são cortados, e de renovos que brotam.

O discípulo de Jesus precisa saber que é peregrino sobre a Terra, e que por essa razão ele tem que viver o seu próprio caminho na sua própria geração. Ou seja: não dá para ser um filho peregrino do reino, caminhando como um hebreu desinstalado, e carregar todo o peso de uma descomunal história morta, e que nada mais tem a dizer ao momento que nos sobrevém como desafio histórico e existencial.

O discípulo de Jesus examina todas as coisas, e só retém o que é bom. É por isto que a sua fidelidade para com o reino o mantém em permanente estado critico e re-processador de todas as realidades históricas, posto que para ele são apenas realidades históricas, mas jamais seriam a verdade feita história, pois esta só se manifestou em Jesus de Nazaré. Todas as demais coisas estão abertas para exame e entendimento critico, inclusive os Atos dos Apóstolos.

O discípulo chama a Pedro e Paulo de irmãos, e crê no fundamento de suas confissões, mas não crê que eles eram irretocáveis. Ora, o discípulo tem apenas um como seu Pastor, Guia, Bispo, Apóstolo e Mestre: Jesus.

O discípulo sabe que o Evangelho é para a vida, logo, não sendo compatível com pedras e paredes, e nem com leis de homens. Sim, o discípulo sabe que a religião é um sapatinho de japonesa que o diabo tentar calçar no Evangelho a cada geração, durante toda a história. Foi assim. Será assim. E o discípulo não tem ilusões a esse respeito. Por isto ele vai e prega o reino de Deus, inclusive nas sinagogas e igrejas.

O discípulo segue a Jesus, por isto ele não pode pertencer a nenhuma torcida organizada da religião, e nem perde tempo vendo jogos que já iniciam perdidos, posto que os jogadores já se matam antes de entrar em campo.

O discípulo olha para isto, e faz como Jesus. Diz aos Mestres de Israel: "Importa-vos nascer de novo".

Ora, o novo nascimento pode salvar o fariseu Nicodemos, mas não pode salvar o farisaísmo. Assim como o Evangelho pode salvar o evangélico, mas não pode salvar a Igreja Evangélica como manifestação histórica.

A Igreja Evangélica preferiu a si mesma à ser somente de Jesus!

Estou afirmando isto apenas para dizer que não muda nada. É apenas mais um campo missionário. É apenas a Janela 318, esse novo campo missionário, e que está aqui, bem adiante de nós, e clamando por Boas Novas.

Faz muitos anos, meu amigo, que eu prego levando em consideração que todo crente pode ser um incrédulo e que todo incrédulo pode ser um crente.

Assim, transforme sua desistência em foco missionário, e pregue a Palavra também para os evangélicos. Muitos crerão, e encontrão o Caminho da Vida em Jesus, e saberão como proceder, conforme a Graça de Deus.

Um coisa a mais que quero dizer, é que a gente tem que crer que Deus é Deus mesmo, e que Ele cuida de Seu povo. Ou seja: não podemos cair na armadilha do diabo que é nos fazer pensar que "nós" é que cuidamos dos interesses de Deus na Terra. Não. Nós apenas pregamos o reino, e rogamos aos homens que se reconciliem com Deus, visto que Deus já se reconciliou com eles em Cristo.

Veja como o cara se converte e começa logo a orar. No princípio ele crê que tudo vem de Deus. Por isto ele ora. Depois ele começa a crer que tudo vem de um líder, por isto ele segue. Então ele começa a crer que tudo depende da igreja, por isto ele trabalha. Em seguida ele começa crer que tudo depende dele, por isto ele busca ser um líder. A seguir ele crê que tem uma visão incomparável e divina, por isto ele a semeia no mundo. Então ele vê que ela cresceu, por isto ele acha que sua mão tem poder. Chega então a ora em que ele decide, e Deus obedece. Ora, desse ponto em diante ele já é um líder evangélico de responsa, e não ora faz anos e anos, e não chora sozinho há séculos, e não pensa em mais nada que não dê lucro em benefício próprio há muitas eras paleontológicas, e vive para apostar "de quem é o maior" com todos os demais concorrentes no mercado dos egos iluminados pela presunção da divindade.

Então, meu amado, se esse caminho é uma descida, que fazer nele? Subir de volta cansa muito. É melhor seguir a viagem, posto que não fomos chamados para retroceder.

É melhor ser como criança na fé, voltar ao que é simples, enquanto se anda adiante para o que vale.

Pregue a Palavra, e você verá que milhares de evangélicos ainda hão de se converter, e também verá que Deus mesmo saberá o que fazer com todos eles.

Basta crer, confiar, e andar na Palavra e no Espírito. O mais Ele fará.

Um beijão carinhoso. Ah, não deixe de se congregar. O coração não é uma ilha.

Nele, em Quem a Igreja é,

Caio".


Fonte: http://www.caiofabio.net/

25 de abril de 2010

Sem Jesus, a chuva vai te levar!!


Obs: Por razões climáticas óbvias, resolvi repostar esse texto (tardiamente, é verdade, pois as chuvas pararam, por hora....). Paz seja convosco!

“Eu lhes mostrarei com quem se compara aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras e as pratica. É como um homem que, ao construir uma casa, cavou fundo e colocou os alicerces na rocha. Quando veio a inundação, a torrente deu contra aquela casa, mas não a conseguiu abalar, porque estava bem construída". Jesus Cristo

Uma casa representa mais do que aparenta ser. A casa representa o centro da vida, pois é lá que passamos a maior parte dela. É onde comemos, dormimos, estudamos, brigamos com o cachorro, e onde alimentamos nossos anseios de um futuro melhor.Observo, ao ler os Evangelhos, que Jesus gostava de ir à casa das pessoas. Lembro-me da passagem (já tão conhecida pelo mega-hit musical crente) que fala do baixinho e corrupto Zaqueu, o qual subiu o mais alto que pode em uma árvore só pra ver Jesus passar, e não contava com o auto-convite do Mestre de ir lá na casa dele. Creio que Jesus gostava de ir no domicílio das pessoas pelo fato da casa ser o cerne simbólico da existência de alguém. Parece que a casa acaba carregando no ar os resquícios de quem morou lá, bem como proclama silenciosamente a trajetória humana de seu morador. É como se a casa fosse a representação visual, concreta, de concreto, da existência do ser humano.

Já ouvi em um programa de TV alguém comentando que a casa é o prolongamento daquilo que somos por dentro. Há algumas considerações contrárias a se fazer, mas, na essência da mensagem, concordei. Talvez Jesus também pensasse desse modo, e por isso gostava tanto de “casar as pessoas com Deus” nas casas em que ia, pois grande parte das maiores lições do Mestre foi dita nas cozinhas/salas dos prestigiados anfitriões que O receberam.

Meu vizinho do lado esquerdo está construindo a casa dele. Vejo a movimentação e ouço o barulho das obras sendo feitas. Acima de tudo, observo a quantidade de matéria-prima empregada na construção. Muita areia, madeira, tijolos, cimento. Um dia desses ao sair de casa olhei bem para o esqueleto do imóvel do vizinho e me lembrei das Escrituras, e do ensinamento do meu Mestre querido. Ele me/nos ensinou que um homem que ouve Suas palavras e as PRATICA é como alguém que construiu a sua casa na ROCHA, CAVOU FUNDO e colocou bons alicerces na pedra. Bateram os ventos impetuosos, chegou a inundação, mas a casa manteve-se FIRME em seu lugar e não foi abalada.

A sua vida é sua casa. Gastamos fortunas em educação, saúde, roupas, etc, buscamos o melhor em termos de profissionalização, queremos casar com bons partidos e ter uma família bem estruturada. Isso tudo eu comparo com a construção da casa/vida. A variedade de materiais empregados na edificação assemelha-se ao nível de diversidade dos elementos que compõem a existência humana. Fatores sentimentais correlacionados a alguém se misturam com a racionabilidade da análise de seus atributos interiores. Aplicações financeiras se contrabalanceiam com o retorno de satisfação pessoal que trará ao final do investimento. Buscamos matérias-primas de boa qualidade, pois, como a sabedoria popular ensina, a vida é uma só! E ninguém quer ter coisa ruim em suas mãos. Por isso desde muito cedo, nossos pais já aplainam o nosso terreno e ajuntam recursos pra que a nossa casa/vida seja a melhor possível. Mas, uma coisa é certa: inundações virão. Ventos fortes irão testar a resistência da sua existência, e tenha certeza disso, pois Jesus não condicionou a vinda da inundação a nenhum fator ou circunstância, como se a enchente fosse certeza apenas na vida de gente ruim e má. Não, Jesus deixa claro que a inundação virá para todos, inclusive quem for Seu seguidor, pois Ele mesmo não enganou ninguém, e nem “pegou leve” ao dizer que no Mundo as aflições seriam uma das poucas certezas irremovíveis.

Portanto, o convite de Jesus é simples: se você quer resistir ao dia mal, e manter-se em pé na tempestade, construa sua casa na Rocha que é Ele. Isso acontece ao ouvir as palavras de Jesus e dar crédito a elas ao ponto de relacionar obediência com Vida. Essa é a diferença entre alguém que tão-somente acredita que Jesus é Deus, que Deus é Bom e é Pai de todos, e aquele que segue Jesus de modo tão radical e comprometedor que concretiza aquilo que está abstrato nas idéias de Cristo e aplica como princípio constitucional de sua vida o que Jesus afirma ser necessário para de fato se viver plenamente.

E é preciso cavar fundo! Colocar os alicerces na Pedra implica necessariamente em retirar aquilo que está no subsolo natural do seu coração e colocar os preceitos do Evangelho no lugar! A Física ensina que dois corpos não ocupam o mesmo espaço ao mesmo tempo, bem como Jesus também ensina que ninguém serve a dois senhores, pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Construir sua vida em Jesus significa perscrutar seu íntimo, sondar profundamente, examinar-se a si mesmo, e cavar fundo! Chegar até o âmago da alma e permitir, como que num processo de auto-flagelação benigna, deixar que as brocas, pás e furadeiras do Evangelho, manuseadas pelo Espírito Santo operário, removam os valores e ideais humanos, pois são inconsistentes e fracos para manter a vida de qualquer pessoa firme depois de uma tempestade tropical.

Imagino que ninguém quer sentir a imensa tristeza de ver sua residência caindo diante das inundações. Vem a minha mente a imagem das pessoas que moram em terrenos de geografia irregular, inclinada e deslizante, gritando e chorando na TV perante as ruínas e os destroços causados pelas chuvas, e quase todas elas exclamam desesperadas: “Vou pra onde?! Perdi tudo!”. Quanto tempo de vida, quanta carga emocional aplicada, quantos investimentos econômicos, quanta expectativa por “vencer na vida”, tudo perdido! Alguns chegam a perder verdadeiras mansões como a da foto acima! Pense na perda!! O alicerce de areia que são os padrões ordinários de uma “vida digna” não dão conta de sustentar a casa, e tudo cai, mais cedo ou mais tarde. Não construa sua casa/vida em verdejantes terrenos forjados pelo dinheiro, nem em mangues escorregadios do orgulho, ou em desertos escaldantes da luxúria e pegação. Não é quem o chama de “Senhor” que entrará no Seu Reino, mas só aquele que faz a vontade do Pai encarnado em Jesus é que será chamado de “querido Filho.”

Dê crédito ao que Jesus diz pra fazer. Se Jesus disse que algo é preciso ser mudado, mude. Se Ele afirma que algum sentimento precisa ser combatido, arme-se e o enfrente, pois, se Ele disse que veio pra dar vida plena, abundante, prepare-se para desfrutá-la. Esse é o fruto da construção de vida feita nos pilares propostos pelo Mestre.

23 de abril de 2010

A arte de amar...


"Conta uma velha lenda dos índios Sioux, que uma vez, Touro Bravo, o mais valente e honrado de todos os jovens guerreiros, e Nuvem Azul, a filha do cacique, uma das mais formosas mulheres da tribo, chegaram de mãos dadas, até a tenda do velho pagé da tribo...


"— Nós nos amamos... e vamos nos casar" - disse o jovem. "E nos amamos tanto que queremos um feitiço, um conselho, ou um talismã... alguma coisa que nos garanta que poderemos ficar sempre juntos... que nos assegure que estaremos um ao lado do outro até encontrarmos a morte. Há algo que possamos fazer?"


E o velho emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse: " — Tem uma coisa a ser feita, mas é uma tarefa muito difícil e sacrificada... Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte dessa aldeia, e apenas com uma rede e tuas mãos, deves caçar o falcão mais vigoroso do monte... e trazê-lo aqui com vida, até o terceiro dia depois da lua cheia. E tu, Touro Bravo" - continuou o pagé - "deves escalar a montanha do trono, e lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias, e somente com as tuas mãos e uma rede, deverás apanhá-la trazendo-a para mim, viva!"


Os jovens abraçaram-se com ternura, e logo partiram para cumprir a missão recomendada...


No dia estabelecido, à frente da tenda do pagé, os dois esperavam com as aves dentro de um saco. O velho pediu, que com cuidado as tirassem dos sacos... e viu que eram verdadeiramente formosos exemplares...


"— E agora o que faremos?" - perguntou o jovem - "as matamos e depois bebemos a honra de seu sangue?"— "Ou as cozinhamos e depois comemos o valor da sua carne?" - propôs a jovem.— "Não!" - disse o pagé - "apanhem as aves, e amarrem-nas entre si pelas patas com essas fitas de couro... quando as tiverem amarradas, soltem-nas, para que voem livres..."


O guerreiro e a jovem fizeram o que lhes foi ordenado, e soltaram os pássaros... a águia e o falcão, tentaram voar mas apenas conseguiram saltar pelo terreno.


Minutos depois, irritadas pela incapacidade do vôo, as aves arremessavam-se entre si, bicando-se até se machucar.


E o velho disse: "— Jamais esqueçam o que estão vendo... este é o meu conselho. Vocês são como a águia e o falcão... se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se, como também, cedo ou tarde, começarão a machucar-se um ao outro... Se quiserem que o amor entre vocês perdure...Voem juntos... mas jamais amarrados."


O Senhor que nos convida à liberdade de amar te abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!"


10 de abril de 2010

A Obra é Crer Nele


“Então lhe perguntaram: ‘O que precisamos fazer para realizar as obras que Deus requer? ’ Jesus respondeu: ‘A obra de Deus é esta: crer naquele que ele enviou’.” João 6: 28,29


“A obra de Deus é esta: crer naquele que ele enviou.” Somos servos de um Senhor que só deseja ser crido. Tempos atrás já havia escrito e publicado um texto com o título: “Firmados em Deus ou firmados nas obras?”, mas recentemente, após já ter lido esse trecho muitas outras vezes, deparei-me com essa verdade impactante do versículo acima, e assim me veio ainda mais entendimento sobre o assunto.


Quantas vezes encontramos irmãos que com o coração sincero se “entregam” ao serviço “ministerial” porque julgam ser a “obra de Deus”. A maior obra de Deus somos nós, e tudo começa pelo crer nele. As obras de Deus estão no coração daquele que crê em Jesus, e sabe que Cristo veio do Pai para ser o reencontro de Deus com os homens. Qualquer um que se proponha a fazer qualquer coisa para Deus sem crer nessa verdade imutável, estará fazendo qualquer coisa, menos a obra de Deus. “A obra de Deus é esta: crer naquele que ele enviou”. Precisamos dizer isso constantemente pra que o nosso coração se abra para a Palavra. Aos Efésios o apóstolo Paulo diz que não é pelas obras que realizamos dia após dia que seremos salvos (ou seja, sairemos da morte para a vida), mas é pela graça, por meio da fé, que é dom do próprio Deus concedido a nós gratuitamente, sem merecimentos, nem pelos nossos muitos esforços. Por nossos esforços não chegaríamos nem na trilha do Caminho que leva ao céu. Só em Jesus, só por Ele, só por causa dEle.


Varrer a calçada da igreja, limpar os bancos, os banheiros, dançar, cantar, pregar e tudo o mais que se faça nesse ambiente que se denominou pelos evangélicos de “Casa do Senhor”, desculpem-me, mas não é obra de Deus. Porque a obra de Deus é crer nele. Quem não crê, quem não vive Deus plenamente, estará fazendo as obras que a religião requer, mas não as que o Pai requereu de nós. Todas essas coisas faladas anteriormente podem vir a ser obra de Deus, se elas não forem finalidades, pois o essencial é crer nele. Depois que cremos tudo passa a ser para Deus (até os meus momentos de alegria mais particulares), “porque dele por ele e para ele são todas as coisas”. Eu não varro a igreja para atingir Deus, ou para que Ele veja as minhas atitudes; eu faço porque fui atingido por Ele, pelo seu amor, e não faço para que Ele me veja fazer, faço porque vejo Ele fazendo em todo o tempo, e quero segui-lo e imitá-lo em tudo.


Quando o coração se abre para a Palavra e pela fé cremos nele, naquele que Deus enviou, no seu filho Jesus, tudo para nós passa a ser obra de Deus. Tudo será para nós resultado da graça do Pai, e assim faremos tudo para que o Reino dele se estabeleça onde nós estivermos e por onde formos passando e caminhando no chão deste mundo. Ao crer nele, nossos olhos se abrem para as verdades existenciais, e para a necessidade de sermos servos, assim como Ele nos ensinou, dando o exemplo de como ser. Quando cremos nele, e cremos de verdade, entendendo o que ele fez e faz por nós, nossas ações diárias vão sendo transformadas, pois o próprio Espírito Santo que Ele nos concedeu é quem nos habita, e é Ele, o Espírito, que irá nos guiando para toda boa obra.


O nosso chamado é para crer, e após crer não negar. Depois de crer, não podemos fingir que não entendemos, ou nos voltarmos contra a nossa consciência já doutrinada na verdade. É isso que a palavra chama de mentir ao Espírito Santo, em Atos capítulo 5, versículo 3. O chamado é crer e seguir nesse Caminho, pacificado no Senhor e confiante de que é Ele quem nos conduz, cientes de que o Espírito Santo é o Aio, é o nosso Educador nesta vida, se assim desejarmos que Ele seja. Existem pessoas que não entendem muito bem, e não acreditam ser tão simples assim: “Mas é só crer? Só isso?!”. É! Pura e simplesmente! Creia e não negue, creia e siga confiante em quem lhe conduz. Se assim for, saiba: Você não apenas fará as obras que Deus requer, mas terá as obras que Deus requer dentro de você e partindo de você para o mundo que lhe rodeia. Isso tudo, pois: “A obra de Deus é esta: crer naquele que ele enviou”.

Nele, siga crendo!

9 de abril de 2010

Deus conosco, sempre!


“Para onde poderia eu escapar do teu Espírito? Para onde poderia eu fugir da tua presença? Se eu subir aos céus, lá estás; seu fizer a minha cama nas profundezas, TAMBÉM LÁ ESTÁS! (...) Mesmo que eu diga que AS TREVAS ME ENCOBRIRÃO, e que a luz se tornará noite ao meu redor, verei que NEM AS TREVAS SÃO ESCURAS PARA TI!” Salmo 139: 7-12

Tenho crescido no meu relacionamento com Deus de uma forma nova. Cresci em um “lar evangélico”. Desde muito pequeno me acostumei a ir à igreja e participar de suas atividades. Sempre gostei disso, e ainda gosto, afinal, me considero e sei que sou um servo. Servos servem. Se não servirem, são tudo menos servos. Apesar de que hoje sei que existe muito mais serviço a se fazer para o Rei fora das igrejas do que dentro.

Ano passado (2009) acredito que tenha sido o ano em que mais cresci no espírito. Experimentei uma profunda comunhão com meu Pai. Parecia que eu estava apaixonado por Ele. Lembrava do amor e do carinho dele por mim toda hora, e não conseguia pensar em nada sem colocar Deus pra “pensar comigo”. Era como se a cortina da minha mente estivesse sempre aberta pra Deus ir lá,ver, opinar, participar. A todo o momento eu me “cobrava” para estar sempre tentando retribuir o Amor que Ele tinha/tem por mim, e isso naturalmente desembocava em atos quase sempre pequenos, porém constantes, de ajuda, compreensão e amizade com os que me rodiavam. Interessante é que foi nesse mesmo ano em que comecei a me distanciar da instituição que se chama “igreja”.

Comecei a experimentar em minha própria consciência e com minhas próprias percepções os grandes mandamentos de Jesus. Sempre aprendi as coisas rápido, principalmente quando eram ensinadas na EBD, ou com alguma pregação do pastor, etc; todavia, percebi que quase nada daquilo que eu estava cansado de ouvir falar e saber com o intelecto não era perceptível em minha existência. Amar a Deus acima de todas, TODAS, as coisas? Amar ao próximo como a mim mesmo? Estar de olhos sempre abertos para fazer o bem? Ajudar aos outros, sem parar pra ponderar se eram dignos da minha “celestial” ajuda? Puff... ledo engano e auto-ilusionismo.

Os simples e profundos mandamentos de Jesus começaram a demandar em mim um enraizamento verdadeiro. As palavras da Palavra acendiam como tocha em meus olhos e em meu coração. Ao contrastar os ensinamentos de Cristo para a Igreja com a igreja, uma bomba explodiu. De repente tudo se chocou. Onde estavam os conceitos, as crenças, as certezas biblicamente aprendidas, mas não apreendidas? Estavam na miragem, na névoa que é a falsa segurança que uma religião proporciona. Não falo de ninguém, falo de mim mesmo, pois sou o único que pode e deve me avaliar, tirando o Senhor, que me sonda e me conhece desde o ventre materno. Amém.

A rotina semanal de ensaios, cultos, campanhas, dízimos e ofertas, havia me cegado. Chega um ponto em que nos tornamos autômatos, máquinas programadas para fazer aquilo que há muito tempo já se faz, mas sem perscrutar o ânimo real, e nem a causa verdadeira. Pra quê tantas campanhas, cultos, músicas, dinheiros, se o meu coração ainda não se converteu de verdade? Pra quê tudo isso se Jesus ainda não é Senhor da completude do meu ser? Pra quê se eu mesmo, com minhas vontades egoístas e mundaninhas, porém legalizadas pelo sistema religioso, me impedem de me entregar de corpo, alma e espírito aos desígnios nem sempre conhecidos do Rei?

Iniciei um processo de distanciamento. Sem querer, mas sincero, pois era e é o que meu coração e minha mente (agora sendo inteiramente tomados pelo Evangelho) me solicitavam. No início, me senti estranho, mas acredito que por conseqüências naturais, pois desde gurizinho que estou acostumado com toda essa diluição do meu “eu” com a “casa de Deus”. Mas então foi que descobri que Deus realmente NÃO PRECISA DE UM PRÉDIO PARA SER ENCONTRADO!

A imensidão da grandeza do Senhor não cabe em uma denominação! E o pior (ou melhor, não sei) é que eu já sabia disso, mas nunca cheguei a comprovar, nunca experimentei, nunca afirmei de mim mesmo. Descobri que, de fato, a obra de Deus está em TODOS os lugares que eu vou. Dessa forma, as palavras do meu Senhor, quando disse pra abrirmos os olhos (apesar de não haver ninguém com os olhos fechados na hora e nem agora) e vermos os campos (mesmo não havendo ninguém cego quando Ele assim falou), se materializou em mim. Por todo lado encontro pessoas desnorteadas, sem um rumo na vida, sem um fundamento sólido que traga esperança e paz genuína. Há pobres de espírito e pobres de dinheiro. Pobres de expectativas, pobres de alegria, pobres de Deus. Miseráveis até. E todos eles clamando silenciosamente por um pouco de atenção, esperando que algum anjo caia na vida deles e traga em suas mãos um pedaço do Amor infinito que habita os céus.

Descobri (depois de tanto tempo só ouvindo falar!) que realmente Deus pode ser encontrado em QUALQUER LUGAR. Após anos e anos vinculado a toda uma “preparação” eclesiástica para que Deus seja sentido, fiquei abismado com o poder da convicção dessa verdade.

Nesse feriadão da Semana Santa viajei para a Chapada Diamantina com alguns amigos. Fui para a cidade de Lençóis, na Bahia. Uma das aventuras foi percorrer uma gruta que fica (acho) embaixo de mais de 70 metros de pedras gigantes. O guia turístico carrega um lampião a gás, pois se chega num momento em que a profundidade torna IMPOSSÍVEL de se ver alguma coisa sem o lampião.

Vamos caminhando, caminhando, até que paramos em uma espécie de salão interno da gruta, e lá dentro (já faz parte do show! hehe) o guia pede que a gente se sente e apague todas as fontes de luz que tivermos, como celulares, câmeras, etc. E então, ele desliga a luz.

Silêncio absoluto. Não se enxerga nem se ouve nada. Escuridão total, plena. Por uns dois minutos nos deparamos com o nada. Nada. Não há nada. Ali não há peixes, nem vegetais. Não há luz alguma, e nem barulho. Sem vida. Só silêncio e escuridão plena. Silêncio. Vazio. Nada. Fiquei ali sentado, parado, contemplando a inércia eterna das profundezas. E ali mesmo, onde não havia nenhum instrumento, nenhum ministério de louvor, nem pregadores, nem orações, nem NADA, ali o Espírito do Senhor trouxe ao meu coração a Palavra. Lembrei-me do versículo que abre esse texto.

O Senhor estava comigo ali! Ele estava dentro de mim, ao meu lado, a minha volta! E eu não poderia nem escapar! Coisa alguma ali poderia servir como chamariz para a “presença” de Deus. Só havia o nada! Mas, a despeito do nada, uma certeza fluía de dentro de mim como um rio: Jesus está aqui comigo! Mesmo sem aparatos, sem o clima eclesiástico, sem voz humana alguma; porém, a doce Voz ecoava dentro de mim: “Estou aqui com você! Tenha certeza disso!”.

E eu tenho. E terei enquanto eu viver. É o que desejo pra mim hoje e até o fim dos meus dias. Sei que aquele que muito recebeu será muito mais cobrado. Tenho ainda muito que corrigir em mim, e sei que algumas coisas não mudarão nunca (isso me fará me apegar ao Senhor sempre mais, pois sei que sem Ele não viverei), mas hoje busco fazer o que sei que devo. Amar é coisa séria, e difícil; mas só quem ama é quem verdadeiramente conhece a Deus. Prosseguirei, e sempre amparado na convicção que flui do Amor e que, apesar de ser quem eu sou, diz: “Estou com você! Tenha certeza disso!”.

Aleluia!

Em seus passos o que faria Jesus? – Famoso best seller ganha adaptação para o cinema

Será lançada neste ano pela BV Films a adaptação para o cinema do Best seller “Em seus passos o que faria Jesus?”. O filme, que recebe o mesmo título do livro, fez sucesso nos Estados Unidos.

No elenco há dois atores conhecidos por atuarem em seriados americanos famosos no Brasil. Um deles é John Schneider, ator dos seriados Smallville, CSI Miami e Texas Ranger. O outro é Jim Gleason, famoso por fazer Grey´s Anatomy e Brothers and Sisters.

O filme segue fielmente a história do livro sobre uma cidade que recebe a visita de um viajante. Após sua a morte o pastor de uma igreja tradicional, Henry e mais cinco pastores decidem mudar de vida, seguindo os princípios de Jesus. O filme se desenvolve nessa busca de ser parecido com Jesus e os resultados desta escolha.

“Em seus passos o que faria Jesus?” é o nono livro mais vendido da história. Na versão em inglês foram vendidos mais de 50 milhões de exemplares. Escrito em 1896 por Charles M. Sheldon o livro começou a ser publicado em capítulos pela revista cristã americana Advance. Por não ter sido registrado os direitos do livro, vários editores o publicaram, sem pagar os direitos do autor. Esse fato fez com que o livro se tornasse muito popular rapidamente.

BV Films prepara outro lançamento de outro filme evangélico

Outro filme que será lançando neste ano pela BV Films será “Para salvar uma vida”. A produção fez sucesso nos Estados Unidos e já arrecadou cerca de 2 milhões e meio de dólares. O filme também está se destacando em redes sociais, como o Facebook. Em cinco dias, a página no filme conquistou 30 mil usuários. Nos EUA, adolescente estão usando o Facebook para contar as experiências do cotidiano.

A aposta da BV Films é que o filme ajude adolescentes brasileiros a transformarem suas vidas, pois conta a história de um garoto popular de sua escola que muda sua vida e se sacrifica para ajudar as pessoas.

Você pode conferir mais lançamentos da BV Films no meio gospel internacional no site oficial da distribuidora.

Fonte: Gospel+