30 de abril de 2009

A estupidez da "inteligência"


Diz o ditado que o pior cego é aquele que não quer ver. Realmente, esse tipo deve ser difícil de lidar, e acho que nem Jesus conseguiria curar um homem desses. Mas, no ranking dos piores cegos, acredito que também encontramos aqueles que pensam que enxergam, quando na verdade não conseguem ver nada que esteja a mais de 2 palmos de distância do nariz, e, pra piorar, não compreendem o que dizem que conseguem ver e entender. Atitudes assim são patentes da natureza caída humana e sempre existirão. Inteligência, sabedoria e conhecimento são dons de Deus, pois tudo isso é criação d´Ele, e quem é presenteado com eles consegue entender com mais facilidade a mente de Deus e os Seus desígnios. Entretanto, se eles forem conduzidos pela mola propulsora da prepotência, orgulho e qualquer outra deturpação da simplicidade da real grandeza, acabam fazendo o contrário, cegando os mais sábios, “emburrecendo os gênios do Evangelho” e tornando-os tão ridículos que se tornam incapazes de assimilar os rudimentos da Palavra.

No livro de Marcos, no capítulo 12, versos 18 a 27 encontramos mais um teste pelo qual fizeram Jesus passar, e ele, como sempre, não só passou com doce genialidade (típica de quem é Deus mesmo), como também deixou mais um ensinamento para todos aqueles que quisessem dele aprender (leiam a passagem pra entender melhor). Chegaram a ele os saduceus, uma espécie de “grandes” estudiosos da Lei, que não acreditavam na ressurreição dos mortos, mas que vieram com uma questãozinha bem mal-intencionada (como sempre) sobre a ressurreição pra ver se pegavam Jesus falando alguma besteira. Coitados.

O homem é assim: sempre buscando algo para se elevar sobre os outros; sempre procurando um fator que o torne maior e melhor que o resto da “ralé”. E existe maneira melhor de se distanciar dos seus pares do que dizendo que conhece a Deus? Afirmando que tem intimidade com a(s) Divindade(s)? Duvido que não, pois a História comprova que a grande maioria dos eventos que a marcaram foram produzidos por indivíduos que diziam ter alguma incumbência divina, ou capacidade sobre-humana dada pelos deuses, tais como os faraós, os césares, os reis absolutistas, os ditadores da era moderna, etc. Essa aspiração ao cargo de “semi-deus” continua atingindo os nossos tempos, e se manifestando também (adivinhe...) em nós, os “crentes”. Vejamos se não é verdade.

O que primeiro me chamou atenção nessa passagem foi o fato de os saduceus afirmarem que aquilo que estava escrito na Lei tinha sido escrito por Moisés, como se aquilo tivesse saído da cabeça dele! Um absurdo sem tamanhos, pois qualquer um que se dispuser a folhear um pouco o Antigo Testamento vai ver que são palavras do próprio Eu Sou, e não de Moisés! O SENHOR estava ditando a Lei, e o gago estava escrevendo; mas eles se apegaram ao aspecto terreno da escritura, deturpando a natureza divina dos mandamentos. Quantos não são assim hoje?! Apegam-se à letra da Bíblia como quem estuda um manual de química aplicada, procurando o que devem fazer pra conseguir o elixir da vida eterna, e só. Estudam teologia como mais uma formação acadêmica, só pra “entender Deus”. Uma estupidez pensar que ao se estudar teologia e ganhar um título de Doutor em Divindade fazem a pessoa se aproximar de Deus. Deus criou a matemática aplicada, a física quântica, a química orgânica, etc, e nem por isso eu me aproximo dEle apenas por estudar essas matérias. O que te faz pensar que ler a Palavra com ânimo de inquiridor, e principalmente, sem o auxílio do autor do próprio texto sagrado (o Espírito Santo) vai te remeter ao terceiro céu e te fazer um homem de Deus? Os saduceus eram legalistas, racionalizando o agir, o falar e o poder de Deus, justamente pra se gabarem de que conheciam o Seu modo de operar. Pouco se importavam com um relacionamento com o Pai; o que queriam mesmo era se apropriar da “chave do conhecimento celeste”.

Os saduceus eram polêmicos, porque jogaram pra cima de Jesus um pequeno “causo” sobre a ressurreição, sendo que eles mesmos não acreditavam nela; ou seja, na verdade eles não queriam saber quem seria o marido da mulher coisíssima nenhuma. O que eles queriam mesmo era instaurar uma discussão, uma arruaça na fé. Desculpem-me o modo de falar, mas os crentes são uma das piores raças de gente polêmica que existe, gente “barraqueira” mesmo. É gente chutando imagem de santa, ou impondo a “unção da lagartixa” e grudando o povo na parede, fundando igrejas como “Barranco Sagrado”, “Serpente de Moisés, aquela que engoliu as outras”, ou uma das minhas favoritas, “Cuspe de Jesus”. Os saduceus gostavam de se aparecer, tanto que Jesus disse que eles e os fariseus faziam de tudo para serem vistos pelos homens (Mateus 23:5). É fácil demais achar multidões de pessoas preocupadas em mostrar o Evangelho ao mundo, mas se esquecem completamente de VIVER o Evangelho. Deus não quer nem saber quantas milhões de almas você já ganhou pra Cristo se a sua vida não está abundante, feliz, plena. Primeiro você precisa se amar pra depois amar ao próximo do mesmo jeito que você se ama. Como fazer algo com alguém se você nem sabe o que é?

Jesus nos chamou para sermos testemunhas do seu poder: poder de transformação, de renovo, de alegria mesmo nas tempestades, de estabilidade nas crises, de derrotar a morte! Ele não nos chamou para sermos CDF´s da Bíblia, decorando-a dia e noite (ainda que tudo isso possa vir como conseqüência), sendo os grandes inteligentes, possuidores da raiz das ciências. Isso sim é ser um verdadeiro discípulo: viver o poder de Cristo, se entregando a Ele todo dia, permitindo que a Palavra flua de nós como um rio.

Jovem, no nome de Jesus, não se preocupe em ser um catedrático da fé; preocupe-se em VIVER as boas-novas. Experimente deixar-se encher do Espírito Santo e você vai comprovar o poder de Deus, sem precisar de argumentações bem trabalhadas, conceitos filosóficos ou teorias sociológicas. Wigglesworth disse uma vez : “Um homem que tem uma experiência nunca estará a mercê daquele que tem apenas um argumento”. Cuidado para que no Dia do Julgamento, depois que você expor a sua tese de pós-doutoramento em Cristianismo para o próprio Cristo, ele não vire pra você e fale o que falou aos saduceus: - “Você está enganado, pois NÃO conhece as Escrituras e NEM O PODER DE DEUS!” Pense nisso.

Paz seja contigo.

21 de abril de 2009

Jesus Conversa com Você! Leia: (João 4:1-26) “Jesus Conversa Com Uma Samaritana”.

Essa é a história de uma samaritana, mas pode ser a história de um sergipano, de um paraibano, de um carioca, de um paulista, etc. Essa é uma história de alguém que tem sede de vida. E sede de vida todos tem, salvo os que já encontraram vida naquele que é o autor da vida.
Viver é bem diferente de sobreviver. Muitos sobrevivem e poucos são os que vivem. Sobreviver é continuar a viver após alguma coisa. Uma pessoa que é livrada da morte depois de ter passado por um grave acidente, é costumeiro dizer que ela tenha sobrevivido. Porém, acidentes são casos fortuitos, e muitos, apesar de não passarem por nenhum acidente, vivem sobre (ou sobrevivem) a dependência de alguém ou alguma coisa. A samaritana, antes da conversa com Jesus, apenas sobrevivia.
Dizer o que é vida, fazer uma definição sobre o que é viver, não é algo muito fácil. Muitos filósofos, teólogos, psicólogos ou cientistas de uma maneira geral, já se digladiaram a cerca desse assunto. Esse não é o intuito aqui. Não é provocar os estudiosos, nem trazer mais contenda. O objetivo é falar a respeito da sobrevida e da vida da samaritana. A sobrevida veio primeiro porque inicialmente todos sobrevivem, e depois podem ou não virem a ter de fato uma vida. E o que de fato eu considero vida? Falo na primeira pessoa porque não quero lançar nenhum nome na fogueira das “citações”, e assim assumo a total responsabilidade quanto ao que for dito. Então vamos lá.
Com toda certeza, essa é a época na história mundial onde a cibernética está mais inserida ou envolvida com a sociedade. Quando se fala em cibernética, é impossível não pensar ao mesmo tempo no controle das máquinas, dos robôs. Um robô passa a ter “vida”, quando o seu mentor o liga a uma fonte de energia que transmitirá as descargas elétricas necessárias para trazer-lhe os movimentos que haviam sido planejados. Essa “vida” do robô está entre aspas, posto que não é vida que ele tem, na verdade. Ele, o robô, nem sabe que está vivo e nem que esteja “morto”, nem sabe quando iniciou e nem quando terá o seu fim. Não há nele consciência de quem o fez, de por que fez, com que intuito ele surgiu; essa é maior prova da ausência de vida nele. E é assim que muitos “seres humanos” vivem, na total ausência de consciência. Sendo assim, digo eu: ter vida é ter plena consciência de quem o fez, para que o fez, com qual intuito soprou vida em matéria inanimada. Na história da humanidade, segundo o prisma bíblico, o homem inicialmente teve vida (Adão e Eva) e logo após teve morte. Porém, o cordeiro que foi imolado mesmo antes da fundação do mundo, no tempo em que aprouve a Deus enviá-lo, se tornou a palavra encarnada, a fim de morrer pelos nossos delitos e pecados para que a vida voltasse a nós e nunca mais nos deixasse. “Para que todo aquele que nele crer”, com a sua consciência em fé, saber que “Deus amou o mundo de tal maneira (...)” para que a vida eterna tenha direito, por meio do seu filho que dá o direito a quem não tinha direito algum. Sendo assim, só tem vida quem tem Jesus como mentor. Quem vive para ele, por ele e por meio dele. E quem vive assim, ele mesmo diz: “Terá vida plena ou em abundância”. Quem quiser saber como é essa vida em Jesus: vem e vê!
Depois desse longo parêntese, voltemos à história da samaritana. Como foi dito anteriormente, ela, antes de Jesus ter parado para descansar (João 4:4), apenas sobrevivia ou vivia sobre a dependência. Mas porque afirmo assim, se não é isso que está dito? Não está com esse termo, mas é isso que está dito, sim. Quando Jesus diz que ele pode dar a água que ela (a samaritana) nunca mais voltará a ter sede, está se utilizando da “água” como um símbolo visível de algo que desejou transmitir que não pode ser visto, mas apenas entendido no recôndito da alma humana. A água talvez seja o elemento natural mais importante para o corpo humano. No corpo, somos inteiramente dependentes da água. Sem água, não há corpo que aguente. Essa mulher samaritana, assim como a maioria de nós, somos inteiramente dependentes na alma de alguém ou alguma coisa, e por isso apenas sobrevivemos, como já foi falado. E não necessariamente essa “coisa” ou esse “alguém” que nos causa dependência seja algo ruim, assim como a água não é ruim ao corpo, mas é boa e fundamental, quando é apenas água que supri a sede e alimenta o corpo. A dependência da mulher era ter um marido. Por isso é que, quando ela pede a água viva que Jesus ofereceu, ele manda que ela vá chamar o seu marido. Quando se lê mais não se entende o que lê, é fácil pensar: “por que Jesus muda a conversa assim? Ela pede água viva e ele manda chamar o marido?!” Pois é, a figura de um marido ao seu lado é o fator que causa a sua dependência, ou falando de outra maneira, é o que impede que ela receba o que pediu: Água Viva!
Jesus declarou, sem rodeios, o fator impeditivo, a causa da sua dependência. Ter um cônjuge é algo ruim? Não, de maneira alguma. Ruim é querer ter a todo custo (tanto que já tinha tentado cinco vezes, e o atual nem seu marido era (João 4:17)). A figura de um marido ao seu lado ou dentro de casa é o que dava aquela mulher limitações para viver plenamente. Quais são as “figuras” que nos trazem essa limitação? De repente pode ser o namorado, o emprego, os pais, a faculdade, etc. Pessoas que vivem sobre essas dependências, quando não as têm mais, desejam morrer, visto que, para os que sobrevivem, não estar morto já é lucro, e morrer seria o mais “normal”, então morrem de vez. Quem tem a vida, não acreditam na morte, pois o próprio Deus colocou a eternidade em seus corações (Eclesiastes 3:11).
Não para todos Jesus afirmou ser o Messias (chamado Cristo), mas para esta mulher ele afirmou. Por quê? Porque ela pediu água viva, e ele, Jesus Cristo, o Messias, é a Água Viva, e quem dele prova nunca mais volta a ser dependente de coisa alguma nessa vida. Nunca mais volta a ter sede de coisas que não são “água” para sua alma, posto que, água para alma só Jesus é. Quando isso acontece, querer ter um marido, se tornará, apenas, querer ter um marido para uma mulher que é solteira e livre para o matrimônio. Acaba a dependência, e só resta a vontade de coração simples e natural da vida de algo que é simples e natural.
Veja Jesus se chegando para conversar, peça água viva, escute ele dizer qual a sua dependência, livre-se dela e beba da Água pela qual nunca mais voltará a ter sede.
Seja Jesus nossa água e sejamos nós os sedentos dele!

Deus abençoe!

17 de abril de 2009

O SACRIFÍCIO JÁ FOI FEITO

Quão grande amor nos foi derramado, o sangue de um justo de uma vez por todas foi vertido, e os nossos pecados não mais serão lembrados. Jesus vive e reina, ele é Rei sobre toda terra. Ele também é sumo-sacerdote, também é cordeiro imaculado, também é a expiação pelos nossos pecados. Apesar de ser Rei, se faz de servo, para que os “servos” sejam feitos livres para servi-lo. Ele fez o que mais ninguém poderia fazer, resistiu o que mais ninguém conseguiria. Sofreu as angústias da morte, não a sua própria, visto que ele nada fez para que a morte lhe fosse imputada, mas sentiu a morte do mundo inteiro sobre ele. Que essa verdade histórico-eterna ressoe em nossa mente a cada segundo de vida, não para nos sentirmos endividados, ou culpados pela sua morte, pois ele não realizou um empréstimo à humanidade, ele não é credor universal, ele mesmo afirma que a sua vida espontaneamente entregou, ninguém lhe roubou a vida, ele mesmo a concedeu gratuitamente. Essa verdade deve ressoar em cada mente para termos a plena convicção de que tudo já foi feito por ele, não nos resta nenhuma justificação, pois justificados já fomos pelo seu sangue. Já não resta sacrifício a fazer, pois todo sacrifício já foi feito.
È fácil perceber, quando se anda em um meio cristão, atos forjados de santidade. Capas e caricaturas, fardos pesados sendo carregados, manifestações públicas de uma comunhão com Deus que é do tipo “individual”. Parece haver uma necessidade irremediável de se acrescentar algo ou “coisas” ao sacrifício já consumado. Há um dito popular que diz: “remédio bom é remédio amargo!”. A medicação utilizada por Deus para sarar as nossas feridas provocadas pelo pecado, não nos trouxe nenhum amargor. Toda amargura foi sentida por Jesus; a amargura da morte foi transformada para nós em doce vida. “Isso é um absurdo!”, pensam alguns. E é verdade, um inocente padecer por um pecador é um absurdo. É o escândalo da cruz! Mas esse foi o método de Deus para se reconciliar com o mundo, e só é preciso crer para sentir tal reconciliação. “Mas é muito fácil!”, pensam outros. E é mesmo. É tão fácil que chega a ser difícil suportar tanta facilidade. E é nesse ponto que muitos se perdem. É preciso suportar o absurdo de Deus, não complicando o que Deus fez pra ser fácil mesmo. A vida aqui é tão complicada para os complicados, que quando nos é oferecido vida eterna em um mundo que está acima da mais profunda divagação da mente mais rica, pura e criativa que possa existir entre nós, que só sendo descomplicado para aceitar essa descomplicação de Deus. Não tomemos a síndrome de Pedro para nós, que em um momento não aceitou o absurdo de Deus (que é Jesus crucificado), e por isso foi chamado de diabo (Mateus 16:21-23). Se colocarmos penduricalhos no sacrifício, se enfeitarmos a cruz, ela de nada nos valerá. Quando desejamos dar bônus ao Evangelho, nos tornamos maldição. As Boas Novas já são boas e novas, nada do que façamos as tornarão melhores ou mais novas.
Lembro-me de um professor que lecionava a matéria de Economia Matemática na universidade pela qual sou formado. Todos as suas provas eram bastante fáceis, e por isso todos sempre eram aprovados; apenas os que DESISTIAM no decorrer do curso eram reprovados. Ele dizia que pela sua experiência como professor, esse era o melhor método, visto que, em tempos anteriores, quando ele se propunha a aplicar provas com um rigor justo e coerente com o conteúdo da disciplina, todos eram reprovados. A intenção ao citar esse professor não é tornar o seu método aplicável em todas as instituições de ensino (apesar de alegrar a muitos alunos com essa ideia), mas é apenas para refletirmos através de um exemplo extremamente simples, fazendo uma absurda comparação (peço licença ao Todo-Poderoso) entre esse simples professor e o único e sublime Deus. O Senhor, no antigo testamento, escolheu um povo para chamar de seu: a nação de Israel. A este povo estabeleceu leis justas e santas, coerentes com as práticas deles. Muitos anos se passaram e nenhum dentre o povo escolhido conseguiu ser aprovado mediante o cumprimento cabal da lei. Ninguém teve êxito nessa prova, apesar dela ser justa, coerente com a realidade, em conformidade com o conteúdo proposto. O povo todo “tomou pau”. Era preciso que o Mestre dos mestres fizesse alguma coisa, e ele já havia feito mesmo antes da fundação do mundo. Enviou o seu filho, e foi ele quem ensinou como se faz. Cumpriu toda lei, e não só isso, ele foi o encerramento da lei. Ele foi aprovado. Não precisava passar pela prova, pois já estava aprovado, mas o Pai disse que, se ele que não precisava passar por nenhuma aprovação, fosse aprovado, nós seríamos aprovados com ele. A única condição para a aprovação foi: “Não DESISTAM de crer nele!”. “Sigam firmes, crentes de que, por meu filho, recebestes aprovação”.
O duro é crer nesse absurdo, mas se a Graça já lhe invadiu, gerando fé no filho, então ame o absurdo de Deus: Jesus Cristo, o meu amor maior. Ouça Deus dizer:

“Onde esses pecados foram perdoados, não há mais necessidade de sacrifício por eles”. (Hebreus 10:18)

10 de abril de 2009

Qual é o seu cheiro?




Quem não gosta de um bom perfume? Todos gostam. Cada um tem um gosto diferente, mas todos gostam de estar perfumados, com uma essência agradável sobre sua pele. O texto de 2 Coríntios diz que para a vida cristã há dois tipos de perfume: o que cheira vida e o que cheira morte (v. 16). O perfume que cheira vida, creio que é a adoração. Um verdadeiro adorador tem esse perfume marcado na sua vida. Onde quer que Ele chegue, o ambiente fica impregnado da vida de Jesus que exala dele. E ao contrário do que muita gente pensa, adoração NÃO TEM NADA HAVER com belas canções. Você pode adorar a Deus com um sorriso, com uma lágrima, com um gesto, com uma dança e também com uma canção. Adoração é estilo de vida. Adoração é ser canal de benção para a vida de outras pessoas.
Adoração é ser exemplo de santidade. Adoração é serviço. Adoração é gratidão. Adoração é humilhação. Veja o texto tão conhecido de João 12. Depois que Lázaro fora ressuscitado, Maria estivera como coração tão grato a Deus, que derramara um vaso de Nardo (na época valia o salário de 1 ano de trabalho) sobre os pés de Jesus. O verso 3 diz que “encheu-se a casa com o cheiro do unguento”. Com esse gesto de humilhação e entrega, a adoração de Maria cheirou vida! E essa adoração agradou ao Pai. Não pelo valor, mas porque ela deu o seu melhor.
Somos salvos. Nossa gratidão ao Pai por Ele ter nos tirado da lama deve ser imensa. Eu cresci e passei por uma fase complicada de minha vida com o Senhor. Já não havia aquele fervor, aquele amor pelo Amado. O pecado estava tomando conta de mim. Foram dias de escuridão, de trevas. Mas Ele pacientemente me ergueu, me tomou pelo colo e me restaurou completamente. E a minha gratidão, depois disso, a Ele tornou-se tão grande, tão intensa que não me imagino longe dele. Não consigo mais viver sem exalar (ou pelo menos tentar ao máximo) esse perfume de amor, de adoração, de gratidão por Ele e para Ele. Meu desejo é o exalar a vida de Jesus, que agora realmente habita em mim. Você já parou para pensar onde estaria neste momento, se não fosse o milagre da salvação do Senhor em sua vida?
Infelizmente muitos de nós começamos a exalar um perfume que não é aquele que o mundo precisa e deseja sentir. Muitos de nós começamos a cheirar mal! O peso do pecado, a soberba, a falta de gratidão do coração e o mau testemunho fazem com que o perfume exalado de nossa alma cheire mal! Esse, para mim, é o cheiro de morte. Um perfume que só agrada aquele que veio para roubar, matar e destruir; aquele que veio trazer morte. Pois Jesus, veio para trazer vida, e vida com abundância (João 10.10)
Deus não para de prestar atenção naquilo que você faz. A Palavra diz que Ele está conosco todos os dias (Mateus 28.20). No nosso deitar, no nosso levantar, no que falamos, no que fazemos, como agimos, porque cantamos, porque dançamos... Em tudo isso e em muito mais, Ele está atento. Então, isso quer dizer que Ele está recebendo o cheiro do perfume que exala de você. Será que neste exato momento o perfume da sua vida está chegando ao coração dele? Qual dos dois Ele está sentindo? Cheiro de Vida ou cheiro de morte? Escolha o perfume. Compre-o, use-o e exale a fragrância que vai agradar as narinas do Amado da nossa alma: o Senhor Jesus.
::Por Renata Lima
Pedagoga, Líder do Ministério de Coreografia da Primeira Igreja Batista em Pirajá – Salvador/Bahia
renatalima5@bol.com.br
Colaboradora do portal Lagoinha.com