A cada dia que passa Deus me faz enxergar como o sistema de coisas desse mundo difere do sistema celestial. O tempo vai passando e esse vigente complexo de pensamentos, valores, conceitos, vai ficando cada vez mais idêntico com o seu atual curador, que é aquele em quem o mundo habita: o Diabo.
Eu estava indo para o meu estágio e passei lá na praça Tobias Barreto. Era em torno de 13 horas, quando, lá em frente à Câmara Municipal estava acontecendo uma manifestação dos “moto-boys”. Uma mulher falava ao microfone, o qual estava ligado a um carro de som. Depois de toda aquela “manifestação”, começou a tocar uma música por demais conhecida do povo. Ela diz em seu refrão: “Vem, vamos embora, esperar não é saber...quem sabe faz a hora, não espera acontecer...” e por aí vai. Na mesma hora me veio à mente um pensamento, o qual veio a se tornar o tema desse texto.
O que sobressaiu aos meus ouvidos foi quando a música afirmou que “ esperar não é saber....”. Interessante como isso é exatamente o oposto daquilo que as Escrituras ensinam. Somente consegue esperar algo de alguém quem sabe que será atendido, e só espera de Deus quem realmente crê nEle, no Seu poder, na Sua fidelidade. Quer dizer: só espera quem conhece a Deus, quem sabe quem Ele é. Esse é um ponto repetidamente encontrado na Palavra, e, somente para citar alguns trechos: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nEle e Ele agirá”(Sl 37:5); “Desde os tempos antigos ninguém ouviu, nenhum ouvido percebeu, e olho nenhum viu outro Deus além de Ti, que trabalha para aqueles que nEle esperam” (Is. 64:4).Imaginemos duas pessoas muito próximas: uma mãe e seu filho único, sendo que a mãe acaba viajando para um lugar distante, além de ter que se ausentar por um período de tempo muito grande, talvez anos. Porém, antes dela ir, diz a seu filho: “Não se preocupe! Vou voltar e trazer para você aquilo que tanto deseja”. Passaram-se os dias, meses, anos. O filho que aqui ficou pode esperar a mãe voltar ou pode deixar pra lá o que ela disse e buscar o que ele quer desde já, deixando a promessa dela de canto. Eu então te pergunto: o que o filho deve fazer?
Alguns me diriam pra ele ignorar o que sua mãe falou, e tentar ele mesmo alcançar o seu objetivo, visto que a mãe prometeu, mas está demorando muito. Outros, para serem politicamente/religiosamente corretos, me diriam que ele deveria esperá-la, afinal de contas, se ela prometeu voltar com o presente do filho, então ele não precisa se preocupar. O cerne da escolha está em saber se a mãe do rapaz de fato é confiável, se ela cumpre sua palavra; e não apenas isso, mas o filho também precisa conhecer a mãe o suficiente e crer que ela vai honrar o combinado. Sendo assim, tudo se resume em dois fatores apenas: a credibilidade de quem prometeu, e a confiança de quem aguarda. Se o filho acredita na mãe e sabe que ela vai completar o trato, então, podem transcorrer décadas, mas ele não perderá a esperança, visto que ele sabe que quem prometeu é fiel pra cumprir.
Meus irmãos, eu acabei de contar o que Deus faz conosco! E foi assim com Abraão, com Davi, Noé, Calebe, Pedro, Paulo e o próprio Jesus! Quantas promessas Ele nos deixou? Quantas riquezas de todo os tipos Ele prometeu? A questão é saber: você tem esperado por Ele? Ou tem buscado seus desejos por suas próprias forças, com seus próprios meios?
Como eu citei a pouco, dois fatores integram o vínculo da promessa: a credibilidade de quem promete e a confiança de quem aguarda. O primeiro fator é inquestionável, pois Deus nunca mentiu nem jamais mentirá; se é dito o contrário, “que seja Deus verdadeiro e todo homem mentiroso” (Rm 3:4). Já o segundo fator (a confiança de quem aguarda) é intrinsecamente coligado com o primeiro, pois quem não confiaria em alguém que sempre cumpre a sua palavra? Quem não poderia esperar anos e até décadas por alguém que você SABE que não vai falhar?
Se Deus não falhará, então porque vemos tantas pessoas , principalmente jovens (crentes!!) que não esperam pelas promessas do Pai que não mente? Na área sentimental, que é a mais focada na juventude, vejo tantos (as) irmãozinhos (as) clamando, suplicando, chorando aos pés da Cruz por um casamento, mas não conseguem traduzir isso em ações, mantendo a calma e a serenidade de quem entregou, de fato, a vida inteira ao Senhor Jesus. Pelo contrário, com suas atitudes, eles gritam em quase total desespero.
Portanto, jovem, fica aqui meu recado. Se pra você é difícil de crer nas promessas de vida plena, de riquezas multiformes, de um casamento que dure até que a morte os separe mesmo, entre tantas outras, talvez seja porque você ainda não sabe quem Ele é, e não conhece o Deus a quem serve...
E se não O conhece, será que tem mesmo O servido? Pense nisso.
Paz seja contigo.
