9 de novembro de 2010

Cansaço...

"Cansei! Entendo que o mundo evangélico não admite que um pastor confesse o seu cansaço. Conheço as várias passagens da Bíblia que prometem restaurar os trôpegos. Compreendo que o profeta Isaías ensina que Deus restaura as forças do que não tem nenhum vigor. Também estou informado de que Jesus dá alívio para os cansados. Por isso, já me preparo para as censuras dos que se escandalizarem com a minha confissão e me considerarem um derrotista. Contudo, não consigo dissimular: eu me acho exausto.

Não, não me afadiguei com Deus ou com minha vocação. Continuo entusiasmado pelo que faço; amo o meu Deus, bem como minha família e amigos. Permaneço esperançoso. Minha fadiga nasce de outras fontes.

Canso com o discurso repetitivo e absurdo dos que mercadejam a Palavra de Deus. Já não agüento mais que se usem versículos tirados do Antigo Testamento e que se aplicavam a Israel para vender ilusões aos que lotam as igrejas em busca de alívio. Essa possibilidade mágica de reverter uma realidade cruel me deixa arrasado porque sei que é uma propaganda enganosa. Cansei com os programas de rádio em que os pastores não anunciam mais os conteúdos do evangelho; gastam o tempo alardeando as virtudes de suas próprias instituições. Causa tédio tomar conhecimento das infinitas campanhas e correntes de oração; todas visando exclusivamente encher os seus templos. Considero os amuletos evangélicos horríveis. Cansei de ter de explicar que há uma diferença brutal entre a fé bíblica e as crendices supersticiosas.

Canso com a leitura simplista que algumas correntes evangélicas fazem da realidade. Sinto-me triste quando percebo que a injustiça social é vista como uma conspiração satânica, e não como fruto de uma construção social perversa. Não consideram os séculos de preconceitos nem que existe uma economia perversa privilegiando as elites há séculos. Não agüento mais cultos de amarrar demônios ou de desfazer as maldições que pairam sobre o Brasil e o mundo.

Canso com a repetição enfadonha das teologias sem criatividade nem riqueza poética. Sinto pena dos teólogos que se contentam em reproduzir o que outros escreveram há séculos. Presos às molduras de suas escolas teológicas, não conseguem admitir que haja outros ângulos de leitura das Escrituras. Convivem com uma teologia pronta. Não enxergam sua pobreza porque acreditam que basta aprofundarem um conhecimento "científico" da Bíblia e desvendarão os mistérios de Deus. A aridez fundamentalista exaure as minhas forças.

Canso com os estereótipos pentecostais. Como é doloroso observá-los: sem uma visitação nova do Espírito Santo, buscam criar ambientes espirituais com gritos e manifestações emocionais. Não há nada mais desolador que um culto pentecostal com uma coreografia preservada, mas sem vitalidade espiritual. Cansei, inclusive, de ouvir piadas contadas pelos próprios pentecostais sobre os dons espirituais.

Cansei de ouvir relatos sobre evangelistas estrangeiros que vêm ao Brasil para soprar sobre as multidões. Fico abatido com eles porque sei que provocam que as pessoas "caiam sob o poder de Deus" para tirar fotografias ou gravar os acontecimentos e depois levantar fortunas em seus países de origem.

Canso com as perguntas que me fazem sobre a conduta cristã e o legalismo. Recebo todos os dias várias mensagens eletrônicas de gente me perguntando se pode beber vinho, usar "piercing", fazer tatuagem, se tratar com acupuntura etc., etc. A lista é enorme e parece inexaurível. Canso com essa mentalidade pequena, que não sai das questiúnculas, que não concebe um exercício religioso mais nobre; que não pensa em grandes temas. Canso com gente que precisa de cabrestos, que não sabe ser livre e não consegue caminhar com princípios. Acho intolerável conviver com aqueles que se acomodam com uma existência sob o domínio da lei e não do amor.

Canso com os livros evangélicos traduzidos para o português. Não tanto pelas traduções mal feitas, tampouco pelos exemplos tirados do golfe ou do basebol, que nada têm a ver com a nossa realidade. Canso com os pacotes prontos e com o pragmatismo. Já não agüento mais livros com dez leis ou vinte e um passos para qualquer coisa. Não consigo entender como uma igreja tão vibrante como a brasileira precisa copiar os exemplos lá do norte, onde a abundância é tanta que os profetas denunciam o pecado da complacência entre os crentes. Cansei de ter de opinar se concordo ou não com um novo modelo de crescimento de igreja copiado e que vem sendo adotado no Brasil.

Canso com a falta de beleza artística dos evangélicos. Há pouco compareci a um show de música evangélica só para sair arrasado. A musicalidade era medíocre, a poesia sofrível e, pior, percebia-se o interesse comercial por trás do evento. Quão diferente do dia em que me sentei na Sala São Paulo para ouvir a música que Johann Sebastian Bach (1685-1750) compôs sobre os últimos capítulos do Evangelho de São João. Sob a batuta do maestro, subimos o Gólgota. A sala se encheu de um encanto mágico já nos primeiros acordes; fechei os olhos e me senti em um templo. O maestro era um sacerdote e nós, a platéia, uma assembléia de adoradores. Não consegui conter minhas lágrimas nos movimentos dos violinos, dos oboés e das trompas. Aquela beleza não era deste mundo. Envoltos em mistério, transcendíamos a mecânica da vida e nos transportávamos para onde Deus habita. Minhas lágrimas naquele momento também vinham com pesar pelo distanciamento estético da atual cultura evangélica, contente com tão pouca beleza.

Canso de explicar que nem todos os pastores são gananciosos e que as igrejas não existem para enriquecer sua liderança. Cansei de ter de dar satisfações todas as vezes que faço qualquer negócio em nome da igreja. Tenho de provar que nossa igreja não tem título protestado em cartório, que não é rica, e que vivemos com um orçamento apertado. Não há nada mais desgastante do que ser obrigado a explanar para parentes ou amigos não evangélicos que aquele último escândalo do jornal não representa a grande maioria dos pastores que vivem dignamente.

Canso com as vaidades religiosas. É fatigante observar os líderes que adoram cargos, posições e títulos. Desdenho os conchavos políticos que possibilitam eleições para os altos escalões denominacionais. Cansei com as vaidades acadêmicas e com os mestrados e doutorados que apenas enriquecem os currículos e geram uma soberba tola. Não suporto ouvir que mais um se auto-intitulou apóstolo.

Sei que estou cansado, entretanto, não permitirei que o meu cansaço me torne um cínico. Decidi lutar para não atrofiar o meu coração.

Por isso, opto por não participar de uma máquina religiosa que fabrica ícones. Não brigarei pelos primeiros lugares nas festas solenes patrocinadas por gente importante. Jamais oferecerei meu nome para compor a lista dos preletores de qualquer conferência. Abro mão de querer adornar meu nome com títulos de qualquer espécie. Não desejo ganhar aplausos de auditórios famosos.

Buscarei o convívio dos pequenos grupos, priorizarei fazer minhas refeições com os amigos mais queridos. Meu refúgio será ao lado de pessoas simples, pois quero aprender a valorizar os momentos despretensiosos da vida. Lerei mais poesia para entender a alma humana, mais romances para continuar sonhando e muita boa música para tornar a vida mais bonita. Desejo meditar outras vezes diante do pôr-do-sol para, em silêncio, agradecer a Deus por sua fidelidade. Quero voltar a orar no secreto do meu quarto e a ler as Escrituras como uma carta de amor de meu Pai.

Pode ser que outros estejam tão cansados quanto eu. Se é o seu caso, convido-o então a mudar a sua agenda; romper com as estruturas religiosas que sugam suas energias; voltar ao primeiro amor. Jesus afirmou que não adianta ganhar o mundo inteiro e perder a alma. Ainda há tempo de salvar a nossa.

Soli Deo Gloria."

Ricardo Gondim

Pr. Ricardo Gondim é escritor de vários livros, entre eles Artesãos de Uma Nova História

3 de agosto de 2010

Quem quer Pão?



Obs: Apesar de ter escrito esse texto, recentemente Deus o usou como novidade em minha vida, e o reli com alegria e esperança. A caminhada nessa Terra requer do discípulo de Jesus uma constante recalibração da mente e da alma. Comecei a pensar (e, conseqüentemente, agir) como se alguém ou alguma outra coisa pudesse ser capaz de atuar com a perfeita provisão que só o Senhor pode proporcionar. De fato, comecei a não me lembrar de que só Jesus é o pão da Vida; todavia, Ele é o único que pode saciar todos os anseios do coração humano. Tanto o seu quanto o meu. Ele fez essa certeza reacender em minha alma. Louvado seja Seu nome pra sempre. Amém.
Ele é o meu Pastor, e nada me falta/faltará. Jamais.
Espero que, assim como Ele me relembrou de quem Ele é, que faça o mesmo com você.
Paz seja contigo.
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Então Jesus declarou: “EU sou o Pão da vida. Aquele que vêm a mim NUNCA terá fome; aquele que crê em mim NUNCA terá sede. (...) Eu sou o Pão VIVO que desceu do céu. Se alguém comer deste pão, viverá PARA SEMPRE.”

Quem não gosta de um pãozinho quentinho e macio que o atire no lixo. Difícil, não é? Pão é pão e PÃOnto final. É alimento diário, comum na gastronomia de todos (ou quase) os povos da Terra. Todo santo dia o pãozinho está lá nas mesas, seja de manhã, à noite, em casa, na cantina da escola ou na rua em forma de um Big Mac ou de um “Super Galegos”. Pão é onipresente!
Pois bem. Jesus afirmou diversas vezes que Ele era o “pão da vida”, e sempre dando muita ênfase nisto. Não queria que ninguém tivesse dúvidas a esse respeito. Ele dizia: “Sou o Pão da vida” e pronto, acabou. Simples assim. Simples, mas profundíssimo, como tudo que Jesus fez, disse, era e ainda é, sendo para sempre o mesmo.
Primeiramente, Jesus afirma que o pão é Ele, somente Ele. Ora, pão é algo quase obrigatório, rotineiro, é fundamental, pois se incorporou nos hábitos alimentares de todos os povos. Jesus não disse: Eu sou o bife que desce dos céus. Analisando logicamente, seria muito mais coerente que Ele assim afirmasse, pois logo depois falou que a carne de Seu corpoera o pão que Ele daria em favor do mundo. Talvez Jesus já soubesse que em muitas culturas e grupos sociais a carne não fosse bem vista do ponto moral e ético, como fazem os indianos e os “veganos”. Já o pão é mundialmente aceito e não ofende a consciência, nem morais ou costumes. Jesus também. Jesus é perfeitamente tragável, aceitável.
A vida demanda de nós todo tipo de satisfações. Diversos tipos de fomes e sedes nos assaltam no meio do caminho. Há fome por um amor, fome por alegria e paz genuína, sede de amigos verdadeiros, sede de satisfação financeira. Há fomes de sermos aceitos como somos, sem máscaras ou atuações, fomes por uma maneira boa e agradável de ganhar dinheiro fazendo aquilo que se gosta, sedes de beijos, abraços, sexo, carinhos, segurança, proteção. Todas essas fomes e sedes são próprias da vida humana e merecem ser atendidas. A nossa existência na Terra precisa ser alimentada, e JESUS se propôs a matar todas essas nossas fomes e sedes. Ele diz que quem for até Ele NUNCA terá sede nem fome. Ir até Ele, pela fé, é ao mesmo tempo em que se reconhece que Ele mata as fomes e sedes da vida, é também submeter seu paladar ao gosto de Deus. Não adianta pedir a Jesus que mate sua sede e fome disso ou daquilo se você mesmo olha pra o alimento recebido e faz cara de nojinho. O método de Deus é um só, o cardápio é Ele quem faz, e o chef faz como entende melhor. Aceite e coma se quiser. Mas saiba que se não foi Jesus quem deu, a fome vai voltar, mais forte e violenta.
Jesus mata todo tipo de fome e sede. Assim, sendo Ele o pão, também é o feijão que nos dá ferro, a carne que dá proteínas, os vegetais e frutas que dão vitaminas, o vinho que fortalece o estômago e dá alegria, o doce de leite e o chocolate que adocica a boca, o sal que conserva o que é bom e mata o que não presta. Dessa forma, todos os sabores e texturas são devidamente respeitados e saciados em sua melhor forma.
Quem é o pão é JESUS. Não é a igreja que você freqüenta. Existe em muitos uma paranóia espiritual que reputa o ato de faltar um único culto da igreja a qual pertence como sendo um verdadeiro sacrilégio, uma heresia infernal. Jesus não é a sua denominação, e graças a Deus por isso! Muitas vezes a padaria, no afã de lucrar sempre mais e atrair clientela, envereda por outros caminhos, passando a vender também xampus, sandálias, pilhas, escovas de dente. Mas às vezes todo esse rol extra de nada adianta, pois o pão quentinho que você tanto queria já acabou. Se faltou pão, faltou tudo, des-virou padaria pra quem foi buscar o pão, mesmo vendendo pilhas, xampus e Havaianas. Continuou sendo padaria, mas só no nome... pão que é bom e que você estava louco pra comer, nada. O alimento diário também não é o seu pastor, por mais abençoador que ele possa te ser. Ele também precisa comer da mesma fonte que você, se não, passa fome também e acaba oferecendo só o cheiro da comida espiritual. O pão não é os seus amigos da igreja, nem as campanhas que você faz, nem o dízimo e as ofertas que você dá. Só Jesus é O Pão.
Ele é pão da VIDA, não da apatia. Já observei que a maioria dos crentes que eu vejo é indiferente com a vida. Não amam fazer nada, não têm paixão por alguma coisa, não cultivam sonhos grandes no coração, nada. Carregam uma aura de “sem-gracismo” impressionante. Quando chegam deixam o ambiente piorado, tenebroso, “paia”. Jesus tambémnão é o Pão da morte. Muitos quando vão contar sua estória de conversão resumem tudo a dizer que antes eu fazia isso, aquilo e aquilo outro. Hoje não faço mais nada disso! Aleluia!”. Ajuda ele, Jesus! Não há transformação, não há uma substituição daquilo que matava o espírito por vida pulsante e eterna. Morre pra quase tudo que fazia antes de “ser crente”, mas não há um fator positivo que transforme o ato vazio e mundano de antes em algo proveitoso para a alma. Jesus não é o pão da opressão. Pra alguns, Jesus só chegou trazendo mais pesos, mais pressão, mais regras a serem seguidas, mais castigos a serem temidos, mais compromissos que castram qualquer esperança de ter uma vida normal. Jesus se tornou um exterminador da normalidade, um assassino do amor próprio, pois tudo tem que ser “para a obra”. O “gezuis” deles matou qualquer chance por uma vida abundante, plena, que preenche cada expectativa do nosso ser com o melhor dos resultados possíveis. Esqueceram que o parâmetro que devo ter para amar o meu próximo é o amor que tenho por mim mesmo.Jesus não é o alimento diário da hipocrisia. A conversão primeiro deve ser pra mim, dentro de mim,confrontando e quebrando o que há de oculto e podre por dentro; depois, afetará naturalmente outros, sem necessidade de manuais de evangelismos ou cursos teológicos.
Jovem, entenda que todas as suas fomes e sedes podem ser saciadas com o Pão da Vida. Busque-O, procure entender Seu jeito de viver, pensar, se relacionar. Leia os Evangelhos sempre que puder, medite neles, converse com Jesus. Ele matará suas fomes e sedes enviando a você pessoas de bem, garçons de Deus com a comida na bandeja, pois não há ninguém que entregue seu cardápio desta vida para ser elaborado pelo Chef dos céus que não fique farto, empanturrado e feliz. Palavra do Senhor!
Thyago Gutierres

29 de junho de 2010

A ALEGRIA DOS QUE CRERAM


Já não tenho mais paciência pra falar em religião, nem quando o objetivo é falar de Jesus. Os religiosos só se ligam nas performances exteriores, seja qual for a religião; os não-religiosos também, mas esses trazem tudo para o plano material. Dentre os “não dados a nenhuma religião em especial” há os que não seguem, mas não criticam; e os que não seguem, não aceitam e ainda criam a sua própria religião não-religiosa. Todos comentam, todos defendem suas posições, todos querem sair vitoriosos desse debate sobre o que não se vê, ainda que seja na tentativa de provar a inexistência do objeto debatido.


Quando penso nas pessoas, em seus hábitos, modos e conclusões da vida, eu sou tomado por uma desesperança. De um lado estão os cristãos religiosos que defendem a Cristo como quem defende a teoria Marxista, mas desconhecem a boa-nova de Jesus; de outro estão os que acreditam em toda espécie de mística e em todos os deuses, inclusive na deusa Ciência. Eu só creio na ciência como ciência, ou seja, como conhecimento, informação; mas alguns fazem dela senhora das suas vidas. Enquanto isso, as pessoas seguem sem solução, o mundo mergulha em depressão, tudo porque Jesus ainda não foi encontrado e aceito como único Senhor.


De uma vez por todas: Jesus não é a religião Cristã e nem tem parte com ela. Jesus não veio instituir religião, nem clero, nem cidade, nem estado, e só gera discípulos que servem uns aos outros, que se apegam em amor. Ter Cristo é saber, principalmente, que um bálsamo de cura e alívio foi derramado por dentro, na alma, no esconderijo do coração atormentado. A religião cria a necessidade da devoção humana por um ente divino, Jesus é o ente divino se devotando pela humanidade de uma vez por todas, acabando com todas as “necessidades” religiosas dos homens.

Jesus cabe em todo coração. Jesus é a medida exata de toda necessidade humana. Não há ninguém que não precise, que não tenha uma dor na alma a fim de que possa ser tratado por ele, que não chore nas noites insones para que ele o console, que não sofra a amargura de não poder compartilhar suas tristes memórias para que ele revele um novo amanhã. Mesmo o mais feliz ser humano, se não tiver Jesus como consciência dentro de si, algo fica “em aberto”, pois a própria alegria não terá razão de ser. Jesus não é um ritual, não é uma ferramenta de auto-ajuda, não é um santo de devoção. Jesus é experiência íntima, é a paz pra toda alma aflita, é o refrigério para o coração de quem chora, é o prazer para quem é liberto, é a libertação para o cativo, é o encontro para o perdido, é a solução para o matemático, é o anúncio perfeito para todo publicitário, é o acerto de quem suspeitava, é a oportunidade para o desvalido, é a comida para o faminto, é a água para quem tem sede, é o gosto gostoso para todo ser desgostoso com a vida. Não digo que aceite o que eu digo aqui, mas digo que tenha coragem de provar. Depois de experimentar dele, depois de se entregar ao seu amor inefável, indescritível, incomensurável, você poderá dizer o que achou dessa experiência; mas, até lá, por favor, se você que diz ter o direito de descrer nele, pois não o viu, também não diga que ele não serve pra você, já que não experimentou.


Vinde a mim, todos vós que estão cansados e sobrecarregados”, esse é o chamado, vá e descanse, vá e deixe a sua carga. Ele não implora para que você vá, mas bom será se você for. Bom para o mundo que ganha alguém a imagem de Jesus, e maravilhoso pra você, que não vai andar mais na terra como um barco à deriva. Você terá atracadouro! Quem creu se alegrou, e quem crer se alegrará também. Foi assim há 2 mil anos, não será diferente agora. Essa é a hora, vem e vê!

26 de junho de 2010

CEGOS DE NASCENÇA


“Ele retrucou: Se é pecador, não sei; uma coisa sei: eu era cego e agora vejo.” (João 9:25)

Obs.: Ler o evangelho de João capítulo 9.

Essa é a história do cego de nascença. Não sabemos o seu nome, a sua genealogia, onde morava, quem eram os seus amigos, no que ele acreditava, (...), não sabemos praticamente nada de forma clara sobre a história dele. Fazendo um exame analítico sobre todo o capítulo 9 do livro de João, é possível desenhar a história desse cego de nascença, ainda que não esteja descrito claramente nas escrituras.

Seu nome poderia ser José, Ananias, Zedequias, Eliseu, Pedro, Amazias, ou qualquer um já mencionado na bíblia referindo-se a judeus, pois ele era, certamente, de origem judaica, o que fica claro quando os seus pais estão com receio de declarar que Jesus era o Cristo, por poderem ser expulsos da sinagoga (vers.22). Ora, se seus pais freqüentavam as sinagogas, e tinham medo da retaliação dos judeus, é porque advinham de uma das tribos de Israel, logo, podemos considerá-lo um judeu. Sabemos também que costumava mendigar próximo do tanque de Siloé (vers.7), ou nessas imediações, sendo a rua o seu habitat natural. Um homem pobre e cego desde criança, se tivesse amigos, com certeza seriam pouquíssimos. Como judeu, acreditava no Deus de Abraão, Isaque e Jacó.

Não é assim que está descrito nas escrituras sobre esse cego; ele continuou no anonimato. Descrever a sua história não era o que importava. O objetivo desse acontecimento é único e simples: Não importa quem você é, quem são os seus familiares, onde você mora, quem são os seus amigos, ou no que você acreditou até agora; o que importa é que quando Jesus passar na sua vida Ele vai desejar te curar de toda enfermidade, e para receber essa cura só é preciso crer que é possível.

Sabe o que vemos claramente nessa história? Que ele tinha uma fé do tamanho da sua cegueira, se ela era irreversível para homens, sua fé em Jesus era inabalável, não obstante a dificuldade dos seus problemas.

O que Jesus fez quando esteve aqui neste mundo em presença física, continua fazendo através do seu Santo Espírito, que opera através dos que acreditam verdadeiramente no filho de Deus.

Quando você crê em Jesus, passa a ser chamado de cristão. Se um dia alguém vier lhe importunar querendo manchar a imagem do seu Senhor, e lhe disser que Jesus era um adúltero, que Jesus era um beberrão, que Jesus não é Deus, que Jesus é uma farsa; faça como fez o cego de Siloé: O que Ele é, não sei; uma coisa sei: eu era cego e agora vejo.

Que possamos ter fé inabalável naquele que tudo pode, ainda que esse mal tenha se arrastado durante toda nossa vida, hoje é o dia de olhar para o espelho e declarar: “Se creres verás a glória de Deus!”

25 de junho de 2010

Classificado para as oitavas de final, jogador evangélico dos EUA fala sobre sua fé e testemunho

Muitos aproveitam a Copa do Mundo para evangelizar e outros para demonstrar sua fé em Jesus Cristo. Este é o caso do zagueiro da seleção americana, Clarence Goodson. Criado em uma família com valores cristãos em Alexandria, Goodson aprendeu desde cedo a diferença entre o certo e o errado.

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Ele sempre sonhou em ser um jogador profissional de futebol, mas não foi tão fácil assim. Já na infância, foi cortado da equipe do bairro, que é o menor nível do futebol. “Se formos obedientes e seguirmos a Cristo com todo o nosso corpo, mente e alma, Deus concede os desejos do nosso coração. Mas, isto não quer dizer que você conseguirá tudo o que quer, mas sim, o que é da vontade de Deus”, afirma.

Muitas pessoas idolatram o estilo de vida dos atletas profissionais. Acham que com dinheiro e luxo serão felizes, mas sabemos que a verdadeira felicidade vem do Senhor. “Como cristãos, nós temos que saber o que é certo e errado e reconhecer que estamos em uma posição de atletas profissionais para levar Cristo a outras pessoas”, reconhece ele.

Goodson se casou com Kelsey, em janeiro de 2009, e diz que ela é a maior influência em sua vida. Além de sua esposa, ele também se espelha espiritual e profissionalmente no pai, Cliff Shaw, e em seu treinador juvenil, Gene Mishalow. “Eles são meus modelos, não tomo nenhuma grande decisão sem antes consultá-los”, disse.

Atualmente, Goodson defende o IK Start, na Noruega. Ele conta que o país está espiritualmente sedento. “Na Noruega não temos a mesma quantidade de cristãos que tinha na minha equipe na América, mas temos alguns. Quando vemos que alguém está meio para baixo, procuramos ajudá-lo”.

Clarence Goodson e sua esposa Kelsey são membros da Primeira Igreja Batista em Springfield EUA.

Fonte: CPAD News / Gospel+
Via: Gospel Prime

18 de junho de 2010

Vídeo mostrando os milagres de Jesus faz sucesso na Internet

A Igreja Sal da Terra (Uberlândia - MG) produziu um vídeo que fala um pouco da obra restauradora de Jesus.

A música escolhida foi "Jesus Cristo mudou meu viver".

Assista abaixo:



O vídeo na verdade é uma versão de um clipe americano. Na versão em inglês, a música escolhida foi "Amazing Grace" (Maravilhosa Graça).

Assista abaixo à versão original:



Nota 10 para esta igreja que se preocupa em usar os recursos que tem para divulgar ainda mais o que Jesus tem feito em muitas vidas, em vez de buscar divulgação para si mesmos.

Em um mundo onde programas em TVs, revistas e (principalmente) blogs só se preocupam em apontar para o cisco dos olhos dos irmãos (de outras denominações - é claro), ver iniciativas como estas mostram que o corpo de Cristo continua funcionando.

Se gostou do vídeo, separe um tempo para lembrar o que Jesus fez em sua vida e adore-o.

Fonte: www.genizahvirtual.com

16 de junho de 2010

Michael W. Smith em Aracaju...

Resgatando a mensagem de Jesus para a compreensão do fenômeno Jesus


Obs: Muito bom e biblicamente correto texto.

"Não precisamos ir muito longe para percebermos a diversidade de “Jesuses” que existe no mercado. Tem “Jesus” pra todo gosto. Em muitos lugares louvores são entoados a essas entidades que carregam o mesmo nome, mesmo que não sejam semelhantes avaliadas suas características.


São tantos “Jesuses” que a maioria das pessoas não percebeu o óbvio – O Jesus do Evangelho é o mais desconhecido de todos. Concordo com Nolan quando disse que “Jesus tem sido mais frequentemente honrado e venerado por aquilo que ele não significou, do que por aquilo que ele realmente significou. A suprema ironia é que algumas das coisas, às quais ele mais fortemente se opôs na sua época, foram ressuscitadas, pregadas e difundidas mais amplamente através do mundo – em seu nome. Jesus não pode ser totalmente identificado com o grande fenômeno religioso do mundo ocidental, conhecido como cristianismo”. (Albert Nolan – Jesus antes do cristianismo)


Para um resgate de Jesus em nossa sociedade não é proclamando seu nome que hoje se confunde com as cópias que carregam a mesma nomenclatura, mas através de um resgate da mensagem do Nazareno, que uma vez crida, porá fim a este mercado gospel que se estabeleceu em seu nome.Precisamos deixar de lado todas as nossas imagens de “Jesus”, conservadoras, progressistas, devotas, libertárias e acadêmicas e mergulharmos no ensino do Evangelho.


Segundo os escritos neotestamentários Jesus tinha toda a sua atenção voltada aos pobres (mendigos, doentes, desempregados, viúvas, órfãos, operários diaristas, camponeses, escravos e os pecadores – desviados dos costumes tradicionais) – aqueles que dependem da misericórdia de outrem. Que lhes eram retirados o direito ao arrependimento, pois todo processo religioso de purificação custava muito dinheiro.Além de levarem toda espécie de vitupério, como ter que em suas doenças, ou desgraças serem vistos como castigados por Deus. Jesus escolheu estar entre os pobres e aceitando os pecadores como iguais, Jesus afastava deles a culpa, a vergonha e a humilhação – é isso que significa perdão.


E o que movia Jesus era a compaixão. Por esta escolha, e pelo seu ensino que denunciava toda forma de opressão e exclusão do próximo, Jesus atraiu como inimigo os religiosos de sua época.Os fariseus (linha religiosa dominante em Israel) foram os principais antagonistas de Jesus, talvez pelo fato de os saduceus não crerem nas coisas que Jesus defendia (ex. ressurreição dos mortos).


O universalismo de Jesus chocava-se com o exclusivismo farisaico. A liberdade de Jesus chocava-se com as abluções ritualísticas dos fariseus, as quais considerava tradições de homens. Por afastar-se fundamentalmente da concepção vigente a respeito da lei em seus ensinamentos e ações, Jesus entrou em conflito com os escribas, os rabinos, que interpretavam a lei de acordo com a tradição. A reação do sacerdócio a Jesus se deu mais por questões políticas do que religiosas.


Entre os pobres Jesus anuncia sua mensagem revolucionaria: O Reino, Reino de Deus ou Reino dos céus ou ainda vida e vida eterna. Trata-se do reino Daquele que está no céu. Não se refere a um reino que está no céu ou que vem do céu. A idéia de um mundo celestial não se encontra na mensagem primitiva. Jesus com toda probabilidade a um só tempo falou de uma vinda presente e futura do reino de Deus. Anunciava o juízo, a vinda do filho do homem como confronto de Deus com a história, e o irromper do Reino, que tem em suas obras apenas sementes, e esse Reino vem de Deus também por meio da ação humana.


Para Jesus a vinda do reino de Deus não está incluída na história e subordinada à mesma, mas dá ao mundo presente bem como ao futuro sua feição, consumando-a numa nova criação.Esse era o tema de Jesus. Ele não se ocupou com outros temas, não discutiu teorias da origem do mal ou da miséria. Não se deteve em dilemas dualistas. Mas por meio de sua mensagem desafiou o sistema de classes, apontando o Reino com um Reino de partilha, onde não haviam privilegiados. Um Reino das crianças, sem grandeza, status, prestígio. Cabe aqui citar novamente Nolan: “Aqueles que não possam suportar que os mendigos, ex-prostitutas, empregados, mulheres e crianças sejam tratados como seus iguais, aqueles que não possam viver sem se sentirem superiores, ao menos em relação a algumas pessoas, simplesmente não se sentirão em casa no reino de Deus, tal como Jesus o compreendia. Esses vão querer se excluir do Reino.” (Albert Nolan)


A mensagem de solidariedade universal de Jesus que chamava Deus de Pai e os homens de irmãos desafiava todos os grupos exclusivistas. E foi por não abrir mão dessa mensagem que tramaram a morte de Jesus, que morreu voluntariamente para que o Reino pudesse vir.Jesus não fundou uma organização, ele inspirou um movimento.


Jesus não estabeleceu sucessores, mas chamou gente para crer no que Ele cria. A pergunta que temos que é fazer é: Cremos no Reino de Deus? E se cremos porque ainda não fizemos nada a respeito?"


Ivo Fernandes


Fonte: http://ivofernandes.blogspot.com/


28 de maio de 2010

A "revolta" das igrejas!


P.S.: Recebi o e-mail que segue abaixo e, diante da uma excelente sugestão de Igor Rodrigues, resolvi colocar meu simplório ponto de vista a respeito do tema, haja vista que o dito e-mail "alertador" tem se proliferado na Internet. Caso você já o tenha recebido, aqui vai um simples esclarecimento do ponto de vista jurídico e também bíblico. Paz e entendimento sejam convosco!


"QUEM TIVER IDÉIA DA GRAVIDADE DISSO TUDO, REPASSE PARA SEUS IRMÃOS EM CRISTO. PRECISAMOS NOS MOVIMENTAR!
REPASSANDO

Leis que Tramitam em Brasília.
'E disse Jesus: 'Mas olhai por vós mesmos, porque vos entregarão aos concílios e às sinagogas; e sereis açoitados, e sereis apresentados perante presidentes e reis, por amor de mim, para lhes servir de testemunho. E sereis odiados por todos por amor do meu nome; mas quem perseverar até ao fim, esse será salvo.' - (Marcos 13:9 e 13)'

Fica proibido fazer:- Cultos ou evangelismo na rua (Reforma Constitucional)
- Programas evangélicos na televisão por mais de uma hora por dia.
- Programa de rádio ou televisão, quem não possuir faculdade de 'jornalismo'.
- Pregar sobre dízimos e ofertas, havendo reclamações, obreiros serão presos.

Quanto aos cultos: - Cultos somente com portas fechadas (Reforma Constitucional).
- As igrejas serão obrigadas a pagarem impostos sobre dízimos, ofertas e contribuições.
- Será considerado crime pregar sobre espiritismo, feitiçaria e idolatria, e também veicular mensagem no rádio, televisão, jornais e internet, sobre essas práticas contrárias a Palavra de Deus.
-Pastores que forem presos por pregar sobre práticas condenadas pela Bíblia Sagrada (homossexualismo, idolatria e espiritismo), não terão direito a se defender por meio de ação judicial.
Se estabeleça: - O dia do “Orgulho Gay” e que seja oficializado em todas as cidades brasileiras e comemorado nas Instituições de Ensino Fundamental (primeira a 8.a série), público e particular.
- Que as Igrejas que se negarem a realização das solenidades dos casamentos de homem com homem e de mulher com mulher, estarão fazendo “discriminação”, seja multadas e seus pastores processados criminalmente por descriminação e desobediência civil.

Projeto nº 4.720/03 - Altera a legislação constitucional

Projeto nº 3.331/04 – Altera o artigo 12 da Lei nº 9.250/95, que trata da legislação do imposto de renda das 'pessoas físicas'.
Se convertidos em Lei, os dois projetos obrigariam as igrejas a recolherem impostos sobre dízimos, ofertas e contribuições.

1. Projeto nº 299/99 – Altera o código brasileiro de telecomunicações (Lei 4.117/62).
Se aprovado, reduziria programas evangélicos no rádio e televisão a apenas uma hora.

2. Projeto nº 6.398/05 – Regulamenta a profissão de JornalistaContém artigos que estabelecem que só poderão fazer programas de rádio e televisão, pessoas com formação em JORNALISMO, Significa que pastores sem a formação em jornalismo não poderão fazer programas através desses meios.

3. Projeto nº 1.154/03 – Proíbe veiculação de programas em que o teor seja considerado preconceito religioso. Se aprovado, será considerado crime pregar sobre idolatria, feitiçaria e rituais satânicos. Será proibido que mensagens sobre essas práticas sejam veiculadas no rádio, televisão, jornais e internet. A verdade sobre esses atos contrários a Palavra de Deus, não poderá mais ser mostrada.

4. Projeto nº 952/03 – Estabelece que é crime atos religiosos que possam ser considerados abusivos a boa-fé das pessoas.Convertido em Lei, pelo número de reclamações, pastores serão considerados 'criminosos' por pregarem sobre dízimos e ofertas.

5. Projeto nº 4.270/04 – Determina que comentários feitos contra ações praticadas por grupos religiosos possam ser passíveis de ação civil.Se convertido em Lei, as Igrejas Evangélicas ficariam proibidas de pregar sobre práticas condenadas pela Bíblia Sagrada, como espiritismo, feitiçaria, idolatria e outras. Se o fizerem, não terão direito a se defender por meio de ação judicial.

6. Projeto de nº 216/04 – Torna inelegível a função religiosa com a governamental. Significa que todo pastor ou líder religioso lançado a candidaturas para qualquer cargo político, não poderá de forma alguma exercer trabalhos na igreja.
Não se deixe enganar a Grande Tribulação está a nossa porta.
Faça a sua parte comunique estes fatos aos seus irmãos em Cristo.
“Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” (Ap. 2:10.)
Divulguem! Passe para pastores das igrejas que vocês conhecem, para que todos estejam cientes: - Os sábios não devem colocar os injustos para governar sobre si. Que o Senhor tenha misericórdia de nós para não perdermos nossos direitos de proclamarmos a Palavra de Deus!"

Agora, a minha resposta:

Tenho certeza que quem escreveu isso é um leigo quase total em Direito... sou só um estudante, mas vamos lá.
Duvido muito que a grande maioria desses itens aqui trazidos obtenham qualquer êxito no Congresso.
Primeiramente porque boa parte deles estão diretamente vinculados aos direitos fundamentais da Carta Maior; sendo assim, são cláusulas pétreas, ou seja, o legislador não pode sequer cogitar em alterá-las, nem mesmo para acrescentar novos direitos. Só podem mudar se outra Constituição vier, o que é muito improvável na nossa atual conjuntura política (afinal, o Brasil não quer se parecer com os vizinhos caudilhescos sul-americanos, que parecem querer instaurar ditaduras por todo lado.... estão aí o Chaves e o Evo Moralles já pra isso!)

Por exemplo: "As igrejas serão obrigadas a pagarem impostos sobre dízimos, ofertas e contribuições."
Ensina o professor Hugo de Britto Machado (que é um dos grandes tributaristas brasileiros) em seu livro "Curso de Direito Tributário", que "Nenhum imposto incide sobre os templos de qualquer culto. Templo não significa apenas a edificação, mas tudo quanto seja ligado ao exercício da atividade religiosa. Não pode haver imposto sobre missas, batizados (...) A imunidade não deve ter seu alcance restringido, de sorte que o tributo constitua um obstáculo, nem se deve ampliá-lo(...)". O art. 150, inciso VI, da Constituição Federal diz que é vedado (proibido) à União, aos Estados ao DF e aos Municípios insituir impostos sobre templos de QUALQUER CULTO. Não só as igrejas evangélicas seriam afetadas com isso, mas a igreja Católica também (que, não se esqueçam, ainda é maior no Brasil ...), os centros espíritas, etc. Quase todo parlamentar tem uma religião, seja muito "praticante" ou não. Um projeto desses não obteria a adesão de quase ninguém... Mais um sinal visível de que os evangélicos tomaram posse pra si do título de "embaixadores de Deus", donos da verdade... Interpretam logo as mudanças como se fossem o único grupo religioso do país. Lamentável...

"Será considerado crime pregar sobre espiritismo, feitiçaria e idolatria, e também veicular mensagem no rádio, televisão, jornais e internet, sobre essas práticas contrárias a Palavra de Deus.
Fica proibido fazer cultos ou evangelismo na rua.
Cultos somente com portas fechadas".

Inconstitucional, totalmente. A liberdade de expressão é o maior pilar do Estado Democrático de Direito, no qual (em tese) vivemos. Carlos Ayres de Britto, ministro (sergipano) do Supremo Tribunal Federal, já chegou a discorrer largamente a respeito do tema quando do recente caso do julgamento da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental que questionou a recepção da Lei de Imprensa. Confiram trechos do brilhante voto:

"O art. 220 da Constituição radicaliza e alarga o regime de plena liberdade de atuação da imprensa, porquanto fala: a) que os mencionados direitos de personalidade (liberdade de pensamento, criação, expressão e informação) estão a salvo de qualquer restrição em seu exercício, seja qual for o suporte físico ou tecnológico de sua veiculação; b) que tal exercício não se sujeita a outras disposições que não sejam as figurantes dela própria, Constituição(...) A liberdade de informação jornalística é versada pela Constituição Federal como expressão sinônima de liberdade de imprensa. Os direitos que dão conteúdo à liberdade de imprensa são bens de personalidade que se qualificam como sobredireitos. Daí que, no limite, as relações de imprensa e as relações de intimidade, vida privada, imagem e honra são de mútua excludência, no sentido de que as primeiras se antecipam, no tempo, às segundas; ou seja, antes de tudo prevalecem as relações de imprensa como superiores bens jurídicos e natural forma de controle social sobre o poder do Estado, sobrevindo as demais relações como eventual responsabilização ou consequência do pleno gozo das primeiras. A expressão constitucional "observado o disposto nesta Constituição" (parte final do art. 220) traduz a incidência dos dispositivos tutelares de outros bens de personalidade, é certo, mas como consequência ou responsabilização pelo desfrute da "plena liberdade de informação jornalística" (§ 1º do mesmo art. 220 da Constituição Federal). Não há liberdade de imprensa pela metade ou sob as tenazes da censura prévia, inclusive a procedente do Poder Judiciário, pena de se resvalar para o espaço inconstitucional da prestidigitação jurídica. Silenciando a Constituição quanto ao regime da internet (rede mundial de computadores), não há como se lhe recusar a qualificação de território virtual livremente veiculador de ideias e opiniões, debates, notícias e tudo o mais que signifique plenitude de comunicação. (...)
A plena liberdade de imprensa é um patrimônio imaterial que corresponde ao mais eloquente atestado de evolução político-cultural de todo um povo. Pelo seu reconhecido condão de vitalizar por muitos modos a Constituição, tirando-a mais vezes do papel, a Imprensa passa a manter com a democracia a mais entranhada relação de mútua dependência ou retroalimentação. Assim visualizada como verdadeira irmã siamesa da democracia, a imprensa passa a desfrutar de uma liberdade de atuação ainda maior que a liberdade de pensamento, de informação e de expressão dos indivíduos em si mesmos considerados. O § 5º do art. 220 apresenta-se como norma constitucional de concretização de um pluralismo finalmente compreendido como fundamento das sociedades autenticamente democráticas; isto é, o pluralismo como a virtude democrática da respeitosa convivência dos contrários. A imprensa livre é, ela mesma, plural, devido a que são constitucionalmente proibidas a oligopolização e a monopolização do setor (§ 5º do art. 220 da CF)."
Alguma dúvida ainda?

"Pastores que forem presos por pregar sobre práticas condenadas pela Bíblia Sagrada (homossexualismo, idolatria e espiritismo), não terão direito a se defender por meio de ação judicial."
Essa foi terrível, e demonstra cabalmente o ralo conhecimento jurídico de quem escreveu. Ele devia estar brincando, só pode.... Não terão direito de se defender judicialmente?? E o princípio constitucional do devido processo legal, nem como o da presunção de inocência, o do contraditório e a ampla defesa??? Esses mandamentos são pilares de todo e qualquer processo jurídico ou administrativo, e ainda devem ser aplicados nas relações privadas (a chamada Eficácia Horizontal dos Direitos Fundamentais, que será o tema da minha monografia). Não me recordo de nenhum Estado Ocidental/Europeu que não tenha esse princípio como pedra angular irremovível. Tem origem na necessidade imediata e logico-racional de se apresentar a sua versão dos fatos em qualquer disputa.
Tsc, piada....

Já o Dia do Orgulho Gay ser feriado, aí é liberdade do Estado de instituir ou não. Fazem o que querem... E se fizerem o que é que tem? Os crentes não pularam de alegria idiota quando saiu a notícia de que a Marcha para Jesus(?) seria tb feriado nacional???? Os crentes podem ter feriado, mas os gays não?? Eita dois pesos e duas medidas....
Se dizem filhos de um Deus que é Justiça e Amor, mas nunca vi filhos tão diferentes de um Pai como esses....

Agora, no tocante ao resto das medidas, achei ótimas e gostaria muito que fossem aprovadas! (hahaha!).
Exemplos:

"Projeto nº 952/03 – Estabelece que é crime atos religiosos que possam ser considerados abusivos a boa-fé das pessoas. Convertido em Lei, pelo número de reclamações, pastores serão considerados 'criminosos' por pregarem sobre dízimos e ofertas."

Qualquer ato abusivo da boa-fé das pessoas é vedado pelo Direito (imagine a justiça de Deus!). Lobos em pele de cordeiros, picaretas, e tantos outros falsos profetas são o que mais se proliferam nos nossos dias (os chamados "superapóstolos" que se gabavam no tempo de Paulo....).
Seria ótimo o Estado dar uma correçãozinha nesses ladrões de almas; se a igreja Evangélica perdeu os escrúpulos e a vergonha na cara, o Estado (infelizmente) deve fazer seu papel de legítimo punidor de estelionatários.

"Projeto nº 299/99 – Altera o código brasileiro de telecomunicações (Lei 4.117/62).Se aprovado, reduziria programas evangélicos no rádio e televisão a apenas uma hora.".

Ai, quem dera!! Talvez assim houvesse espaço na mídia pra que uma boa programação surgisse nos canais de comunicação....

"Projeto de nº 216/04 – Torna inelegível a função religiosa com a governamental. Significa que todo pastor ou líder religioso lançado a candidaturas para qualquer cargo político, não poderá de forma alguma exercer trabalhos na igreja."

Em minha opinião, tal projeto seria PERFEITO! O próprio Mestre e Senhor não queria nada com os poderes políticos.
"Quem me instituiu JUIZ E PARTIDOR entre vós?", disse Jesus!
O que ocorre hoje em dia é que qualquer um pode receber o título de pastor. Basta fazer um cursozinho de teologia por aí, se enfurnar dentro de uma igreja, assimilar o modus operandi da coisa, e pronto! Tens aí um pastor.
O problema é que Pastor, assim como qualquer outro ministério ou vocação dados pelo Pai, é dado POR ELE! Ou seja, o cara já nasce com os pré-requisitos necessários pra ser um, mesmo que não saiba disso. E no momento apropriado da sua existência, Deus assim revelará ao servo. Assim, o mundo está cheio de "pastores" antipáticos, antissociais, brutos, burros, ignorantes, que não se recordam nem do primeiro nome da ovelha, que dirá da sua história! Cheios de pompa, e vazios do legítimo chamado.
Como hoje em dia, "pastor" nada mais é do que mais uma profissão, o cara, pelo fato de nunca ter passado em um vestibular, ser preguiçoso, burro, sem orientação na vida, ou uma mistura disso tudo, escolhe ser pastor; afinal, não há trabalho mais "de Deus" do que esse...
Assim , ser Pastor (com P maiúsculo) é uma vocação natural. Ou seja, SEJA Pastor, se você de fato é um, e pronto! Não corra pras "mamatas"...
Quando Jesus ficou sabendo que queriam aclamá-lo rei "natoralmente", o que foi que ele fez? FUGIU! Mas os ditos crentes/discípulos se esforçam é pra pegar a melhor "mamata" que puderem; quanto mais fácil, melhor! E ainda se dizem discípulos de Jesus. RAÇA DE VÍBORAS!!!

E por fim, ressalto que o versículo que baseia essa merda de "revoltazinha crente contra o Estado" está mal interpretado e mal empregado. Jesus estava dizendo aos seus discípulos de que eles mesmos seriam expulsos das sinagogas.
Pergunto eu: como Jesus afirmou que os discípulos seriam expulsos das sinagogas, se as sinagogas estavam cheias de religiosos? O que serão as "sinagogas" nos nossos dias?
Talvez sejam...
IGREJAS, as quais, em tese, são formadas de discípulos religiosos da época vista (crentes fariseus dos nossos dias...)
Assim, os verdadeiros discípulos de Jesus seriam expulsos por OUTROS "DISCÍPULOS" DE JESUS!
Do mesmo modo que o Amor foi expulso e morto pelos religiosos "sabetudos" da época, assim será com os seus seguidores, pois nenhum discípulo é maior que seu Mestre.
"Se fizeram isso a mim, FARÃO A VÓS TAMBÉM!!" Palavra do Senhor.
No fim dos tempos, muita gente que se chama crente, pastor, apóstolo, bispo, blablablá, não vai nem saber quem é Jesus de verdade... e assim, se cumprirão as palavras do Mestre em Mateus 25.
Coitados, tão enganadinhos...

Paz seja com todos, e discernimento e entendimento também!

Quem tiver ouvidos, não pra enfeitar os lados da cabeça, nem apenas pra criar cera, mas PARA OUVIR, que ouça!

25 de maio de 2010

Humor Cristão – Com muitas piadas e risos, grupos utilizam a comedia Stand Up para evangelizar. Assista os vídeos e entenda

Por seguir a Jesus o cristão deve…. gargalhar de felicidade! Foi pensando nisso que atualmente vários grupos de Stand Up Cristão estão se formando em todo país, seguindo a nova tendência estadunidense.

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Stand Up é um tipo de comédia em que apenas um comediante se apresenta em pé, daí o nome stand up, sem nenhum tipo de figurino especial. Ele se difere de um monólogo tradicional por ter o recurso da improvisação e ter sempre textos engraçados. Alguns comediantes se referem a esse tipo de teatro como “humor de cara limpa”.

O gênero faz sucesso nos Estados Unidos desde o início do século. No Brasil vários grupos se formaram, dentro os mais famosos está Clube da Comédia Stand Up, formado por Marcelo Mansfield, Marcela Leal, Oscar Filho e Danilo Gentili.

Aproveitando o sucesso da comédia, cristãos evangelizam e fazem os crentes rirem por meio do Stand Up. Um desses grupos cristãos é formado por pessoas do Jovem da Verdade. Além do conhecido grupo de teatro e o podcast, a trupe agora criou o “Rato de Palco”.

O Ministério, que tem por objetivo “itinerante de recreação, peças de teatro e pregação em acampamentos e congressos em todo o Brasil. O desejo do JVnaEstrada é levar para os acampamentos a mesma qualidade e alegria dos acampamentos que o Jovens da Verdade tem promovido em seus 40 anos de existência”, faz suas apresentações em acampamentos e em treinamentos de liderança realizados em sua base em Arujá, SP.

Seguindo o mesmo modelo americano, a trupe, além de fazer improvisação, com exercícios como o “congela”, também conta histórias bíblicas e sobre vida cristã de uma maneira engraçada e peculiar do gênero.

Outro grupo bastante conhecido entre os evangélicos é o “Stand Up Gospel Comedy”. “Queremos mudar um pouco aquela idéia de que para ser um cristão, a pessoa não pode ser bem humorada. Rir não é pecado!”, disse Dennys Ramos, integrante da trupe.

Nos Stand Ups cristãos é proibido falar palavrão e fazer piadas com conotações sexuais. São contadas histórias bíblicas e sobre a vida cotidiana de uma forma engraçada sem o apelo aos pecados da carne. “Não precisamos destes apelos para rir. A vida nos apresenta outras formas de humor que são pouco exploradas, mas que terão muito espaço no stand up”, explicou Ramos.

Nos Estados Unidos o grupo “Apóstolos da Comédia” faz muito sucesso. Os integrantes, que comungam na igreja Grandview Assembléia de Deus, ganharam até um a produção de um filme a respeito do grupo.

“Por anos a igreja não viu a comédia como uma ferramenta viável para o ministério. Mas olhe que faz comédia para a alma. Ela quebra os muros. É ótimo levar as pessoas para a igreja e elas darem risada”, disse Allan, um dos integrantes.

O pastor da Grandview Assembléia, Todd Matchett disse que os cristãos devem, além de evangelizar, terem bom humor, porque essa característica influencia pessoas. “Muitos cristãos não são conhecidos por sua luz e suas risadas. Muitos pensam que os cristãos não gostam de rir. Isso nos dá a oportunidade de pintar um quadro diferente”.

Uma das defesas apresentadas para a realização de Stand Ups é a maneira como ela evangeliza. Quando se convida alguém para ir à igreja muitas vezes é negado o convite. Porém quando se convida para ouvir palavras engraçadas, a aceitação é mais fácil. Através do humor se leva a Palavra da Salvação às pessoas.

Segundo os criadores do “Apóstolos da Comédia” existem músicas cristãs que não agradam as pessoas, pois cada tem sua preferência musical, mas o humor é algo universal e uma ótima estratégia de evangelização.

Já dizia o ditado popular “rir é o melhor remédio”. Para o cristão o bom humor deve fazer parte do cotidiano. Portanto falar do Amor de Deus através do humor integra-se à lista de estratégias de evangelização.

VÍDEOS:





Fonte: Gospel+

21 de maio de 2010

Comercial da Macedônia

Se os tradutores de filmes fossem baianos...

P.S.: Ri demais!! Paz e alegria sejam convosco!

"Uma linda mulher: A nêga é toda boa
Velocidade Máxima – O Buzu Avionado
Os Bons Companheiros – Os Corrente
O Paizão – O Grande Painho
A Morte Pede Carona – A Miséra Quer Pongar
Ghost – O Encosto
O Poderoso Chefão 1 – ACM
O Poderoso Chefão 2 – ACM Júnior
O Poderoso Chefão 3 – ACM Neto
O Exorcista – O Lá Ele
Táxi Driver – O Taquiceiro
Corra Que A Policia Vem Aí – Se Pique Que Os Homi Tão Descendo
O Senhor dos Anéis – O Coroa Dos Balangandan
Janela Indiscreta – Vizinho Na Cócó

Velozes e Furiosos – Ariscos e Virados No Estopô
Esqueceram de Mim – Me Crocodilaram
Forrest Gump – O Culhudeiro
Clube da Luta – Os Comedor de Pilha
O Cavaleiro das Trevas – O Jagunço do Breu
Cidade de Deus – Bairro da Paz
O Que É Isso, Companheiro! – Colé de mermo, véi!
A Casa Caiu – A RONDESP chegou
O fim dos dias – Nós “tamo” é lascado
Mamma Mia! – O pai ó
Turistas – Os gringo
2012 – Não vá que é barrio!
Guerra dos mundos – Hoje tem Ba x Vi
O Chamado – Venha cá, vei
O Chamado 2- Se chegue logo, man

Á beira da loucura – Tu tá é muito doido!
Horas de horror – Na MIRA"

Fonte: http://www.pavablog.com/2010/05/20/se-os-tradutores-de-filme-fossem-baianos/#more-15740

14 de maio de 2010

AS PAIXÕES QUE FAZEM GUERRA CONTRA A ALMA

"Pedro disse (na sua 1ª Epístola) que as paixões carnais fazem guerra contra a alma; e que é pela obediência à verdade que a nossa alma é purificada.

De fato, Pedro está dizendo que a alma pode se enganar muito tempo com nossas mentiras, e com as mentiras que nós decidimos que serão o piso de nossa realidade; e que, além disso, a alma, pode entregar-se à procura de todas as formas de realização indicadas por nós para ela — porém, depois de um tempo, ferida nas guerras das paixões, dos surtos, dos impulsos, dos direitos inquestionáveis, dos caprichos tidos como normais, e de todo tipo de hedonismo sem significado e sem afeto, a alma se levanta com o poder das Sombras do Interior; e se apresenta com as feições às quais se amoldou (“... Não vos amoldeis às paixões que fazem guerra contra a alma...”).

Então a pessoa grita: “Assombração! Fantasma! Diabo! O que é isso?”.

Mas não é nada. É apenas a alma nos chamando para uma “Exposição de Fotos Nossas”; ou chamando para um desfile dela mesma com as roupas psicológicas e com as formas e contornos de caráter que nós impusemos como “beleza e saúde” sobre ela.

A alma pode comer mentira por muito tempo; mas não comerá o tempo todo.

Sim! Sempre, mais cedo ou mais tarde, a alma se apresentará vestida com nossos gostos e caprichos transformados em produto psicológico. Então, ela, a alma, nos dá a chance de dizer “isto é bom”; ou, então, de dizermos “isto é mal”; ou, quem sabe, “não é bom pra mim”.

A salvação do homem que tem uma alma — é poder pelo menos ouvir seus gritos de dor em razão de sua existência posta contra a verdade; e, assim, dar a ela o direito de conhecer a verdade.

No entanto, caso isso não seja a ela concedido, se morrerá carcomido pela fantasia como fantasmagoria; pela mentira como frustração; pela ilusão como esperança adiada (que enferma o coração); pela auto-vitimização que impede a pessoa de assumir responsabilidades para a libertação pessoal; e por toda sorte de desculpas; as quais se transformarão em amarguras; mas que jamais farão a pessoa abraçar a verdade para o bem da alma; e para que pela verdade ela seja purificada.

A alma se tumultua com a mentira, o engano e a fantasia; e se torna ela mesma, pacificada, quando é restaurada pela obediência à verdade.

Pedro diz que essas paixões se manifestam como paixão sexual (sem afeto; ou com afeto fabricado a fim de “justificar” o troca-troca); e como paixão relacional (cheia de amarguras e de vícios do ódio e do engano; com muita gritaria, e com muita dependência e co-dependência; e com muita embriagues ou fuga do real).

E mais: ele diz que tais paixões carnais têm sua dimensão pública; e que se manifestam nos abusos praticados contra a esposa, o marido, os servos, os patrões, os empregados, as autoridades, etc.

Sim! Essa paixão carnal é narcisista e é cheia de auto-indulgência, posto que sua marca principal é a insatisfação passional e louca, bem como é ela marcada pelo mais profundo egoísmo e falta de afeto natural.

Paixões carnais são patologias do sentir e do desejo; e são o fruto da fobia da morte, que diz: “aproveita que está acabando...”; e, também, se deriva da insegurança existencial de quem não tem em Deus (mesmo!) o sentido de sua vida.

Paixões carnais nada têm a ver com a boa paixão, que enfatua a alma pelo encontro, e que precede ao amor que crescerá pelo vínculo com o outro. Nem tampouco têm elas qualquer coisa a ver com a vontade de trabalhar e de crescer, se o crescimento de fora não matar o de dentro.

Paixões carnais são fruto também da vaidade existencial que só encontra afirmação no que possa mostrar como variedade e poder para fora — nem que seja poder para manipular e seduzir por seduzir.

Por último, as paixões carnais também se manifestam de modo “espiritual”, e que têm a ver com sede poder sobre as demais pessoas, com o fim de sobre elas sobressair e controlar.

Assim, a busca da fama, do poder, do dinheiro e das importâncias sociais —, também fazem parte das paixões carnais.


Pedro conclui dizendo que o diabo está em derredor; e que as ansiedades trabalham em seu favor contra nós.

Sim! As paixões que fazem guerra contra a alma são as mesmas que geram as ansiedades que o diabo usa. Usa-as a fim de determinar (pelas nossas carências e pelos vazios do coração) as necessidades que haverão de ser atendidas justamente por aquilo que haverá de fazer guerra contra a alma.

Desse modo, Pedro diz que o remédio para isso é purificar a alma na verdade e manter a mente sóbria, modesta, lúcida, calma, e com todas as ansiedades postas diante de Deus; com confiança!


Quem ama a verdade fará bom proveito para a alma crendo em tudo o que aqui disse; pois eu sei, você sabe, todos sabem, que o que tenho aqui dito é a Palavra que nos foi evangelizada desde o principio.

Assim, também digo, buscando ser fiel despenseiro da Graça de Deus: “O que recebi isto também vos entreguei!”.



Nele, que nos chama à salvação na verdade e no amor,


Caio

25/06/07
Lago Norte
Brasília"

Fonte: www.caiofabio.net

5 de maio de 2010

Mentiras na Casa de Davi.....


Obs: Repasso essa notícia aqui como alerta. Crente é um povo muuuuito fácil de ser enganado. Basta um gritinho, um "reteté" e um "causo" bem fictício contado com o nome de Deus e de Jesus no meio, que todo mundo cai nos "revelamentos" e "profetadas". Abra o olho, crente, e deixe de ser besta (com o perdão da palavra).


"Confesso que fiquei chocado e surpreso com a carta de confissão de Davi Silva, conhecido nacionalmente por fazer parte do ministério Casa de Davi de Londrina. Mas, também passei a admirá-lo como pessoa, - nem tanto como cantor – pela atitude corajosa de pedir perdão ao povo evangélico brasileiro. Davi confessa em sua carta que mentia a respeito de certas experiências – que não são explicitadas na carta – de enfermidades das quais fora curado, de experiências com Deus que nunca teriam acontecido; e colocava uma pitada de mentira em experiências reais para dar glamour e impressionar seu auditório.

Na realidade, o Davi Silva só decidiu pedir perdão depois que alguém denunciou suas mentiras ou, como ele dá a entender que foi flagrado em seu pecado! E se nunca ninguém tivesse denunciado as mentiras? Continuaria a mentir? Não seria esta a razão de seu arrependimento, o fato de que alguém descobriu e o denunciou? E dizer que o ministério Casa de Davi – da qual ele fazia parte – ensinava sobre adoração, pregava o arrependimento, levava as pessoas ao transe espiritual, e criou a modalidade de adorar de costas para o povo! Agora entendo: É preciso adorar de costas para que não fique evidente o engano! Era essa a geração de João Batista?

Ele mesmo confessa que se tivesse se arrependido das mentiras dez anos atrás “as conseqüências não teriam sido tão graves”. Sim, Davi. Agora, reveja tudo o que você fez e falou, filtre o falso do verdadeiro e desminta ponto por ponto tudo o que você pregou! Pelo menos é isso o que você se propõe fazer: “Ainda estou apurando todos os testemunhos que contei. Peço sua paciência enquanto eu apuro toda a verdade durante esse período. Nos próximos meses escreverei um documento onde serão relatadas as verdades e mentiras dos testemunhos que tenho contado”.

Se por um lado elogio a iniciativa de Davi Silva, por outro fico a pensar sobre o espírito de engano e de mentiras que ele transmitiu sobre milhares de pessoas com imposição de mãos e na transmissão de “unção”. É de se pensar o que aconteceu com as pessoas que foram alvos de sua ministração; a estas recomendo que façam um autoexame para ver se estão também mentindo ou não!

Esse irmão (nordestino?) é cabra macho em todos os sentidos porque teve coragem de enfrentar seu pecado particular e o fez porque um dos fundamentos da fé e obediência de Hebreus 6.1 é o arrependimento de obras mortas pelas quais seremos julgados no julgamento de Cristo. É melhor passar vergonha pelos pecados cometidos aqui na terra do que ser envergonhado no céu no momento do juízo e do recebimento do galardão de Cristo.

Mas, a atitude dele deveria ser imitada por muitos cantores e pregadores que vivem uma vida de falsidade, relatando ao seu público experiências nunca acontecidas, recheadas de mentiras com o fim de angariar dinheiro e fama que doutra sorte não receberiam se fosse pessoas normais. Porque muitos pregadores em evidência na igreja brasileira fazem relatos extravagantes, contam um conto e aumentam um ponto; fazem acréscimos às raras experiências com Deus; fazem de conta que estão cheios do Espírito falando em línguas, profetizando, com encenações artísticas e circenses para comover seu auditório.

E os pastores que convidam cantores e pregadores deveriam usar dos recursos tecnológicos para se informar melhor sobre seus convidados!

E esses cantores e pregadores estão aí, no púlpito de nossas igrejas, em passeatas nas Marchas Para Jesus enchendo o bolso com milhares de reais que nunca declaram ao IR enriquecendo-se ilicitamente. Nem posso afirmar que enriquecem ilicitamente com o evangelho, porque tais pessoas nem evangelho de Cristo pregam! Não me refiro com essa declaração ao Davi Silva, porque este sim, finalmente, depois de anos de engano e de enganar o povo foi alcançado pelo evangelho que pregava!

São pessoas que falam em manifestações de anjos, em poder do Espírito Santo, que pulam, deitam, rolam nos púlpitos, entram em transe espiritual com o único fim de conseguir fama e dinheiro! Pessoalmente já assisti tantas performances de cantores e pregadores, mas nunca fui iludido por estes. Eu sei o que a natureza humana e uma mente inteligente podem fazer com coisas “espirituais”!

Aprendam com Dorcas que foi ressuscitada pela oração de Pedro e voltou à sua rotina de costureira dos pobres; aprendam com Pedro que realizava milagres e maravilhas apenas com a sombra de seu corpo, mas que jamais se gloriou disso; aprendam com Paulo que levou catorze anos para relatar que esteve no céu, e mesmo assim, se deu conta de que não deveria relatar a experiência.

Aprendam também com os velhos pregadores que ainda pregam o verdadeiro evangelho de Cristo, aprendam conosco – e podemos afirmar com sinceridade – que ao longo de 46 anos de ministério sempre evitamos usar os dons de Deus para proveito próprio e que limitamos nosso comportamento e o restringimos à Palavra de Deus – pois muitos, por desprezarem a palavra de Deus entram numa dimensão do espírito de engano e de mentiras!Trato sobre isso em outros escritos, sobre a mística e a palavra; a fé e a razão.Que meu irmão Davi Silva volte ao cenário brasileiro com autenticidade. E quero lhe dar um grande abraço quando o encontrar!

Autor: Pr. João A. de Souza Filho".

Fonte: http://www.bereianos.blogspot.com/

1 de maio de 2010

O que é evangelização??

"Reverendo, graça e paz!

Acompanho diariamente seu site e é realmente uma aventura fazê-lo.

Sem muita delonga gostaria de saber o que é ou como deviria ser a evangelização? É possível alguém "aceitar Jesus"?

Sei que Deus nos amou primeiro em Jesus, mas como fica a questão da decisão pessoal de cada um?

Neste ponto é que gostaria de saber como deve ser a evangelização?

Talvez possa ser uma questão óbvia, só que ainda não tenho uma resposta clara..

Abraço

Paulo

____________________________________________________________

Resposta:

Amado amigo Paulo: Graça e Boa Nova!

Evangelizar e boanovizar o mundo, dizendo a todos que Deus se reconciliou com os homens em Cristo!

Assim, eu anuncio a reconciliação porque eu mesmo fui reconciliado, mesmo antes de aceitar que estava reconciliado. Eu não me reconciliei com Deus, e, então, Deus vendo minha atitude, Deus se reconciliou comigo. Não! Não foi assim! Eu apenas fiquei sabendo que já não havia mais morte a me matar, posto que Jesus havia vencido aquele que tem o poder da morte, a saber: o diabo; e que havia matado a minha morte na Cruz. Assim, eu cri; e, assim, encontrei paz. Ora, é este encontro de amor aquilo que me motiva a pregar a Palavra, com palavras e com ações; com falas e com sinais e prodígios do amor de Deus.

Para nós, cristãos, entretanto, a coisa toda virou uma missão de angustia e desespero, posto que passamos a crer que tudo depende de nós, e que se não levarmos os homens a “aceitarem a Jesus”, nós estamos em situação difícil—é o tal do sangue do outro na cabeça da gente—; ou, então, a gente fica com raiva de quem não aceitou, e mandamos logo o cara para os quintos dos infernos.

O que a gente não leva em consideração é que o "Jesus dos cristãos” já não é o Jesus dos evangelhos. O "Jesus" dos cristãos é uma criação da igreja e do cristianismo; e também não percebemos que o nome de Jesus, para os de fora, representa apenas esse fenômeno religioso que a gente diz que carrega a salvação. Assim, sinceramente, o mundo todo já está perdoado por não "aceitar a Jesus", posto que o próprio Jesus também não "aceitaria Jesus", se o que se apresentasse a Ele fosse justamente aquilo que nós apresentamos aos homens.

Sim, Jesus não "aceitaria Jesus", conforme os evangélicos e os cristãos em geral o “pintam”. E digo isto sem nenhum temor, com total ousadia, e certo do que digo.

Evangelizar, antes de ser sair vendendo um pacote de salvação religiosa, é, e somente é, viver de modo tão pacificado e tranqüilo, que as pessoas percebam que o que nos habita é o resultado de nossa vinculação com o próprio Deus.

Nenhuma evangelização realiza o bem proposto no Evangelho enquanto o que se prega é o "Jesus da igreja". O "Jesus da igreja" não é melhor do que os demais sábios do mundo, e, num certo sentido, é infinitamente mais raso e pequeno do que os maiores sábios da Terra. Assim, na maioria esmagadora das vezes, os homens não rejeitam a Jesus, mas sim a sua representação, e que é feita pela religião cristã e pela igreja. Sim, um “Jesus” que Jesus não aceitaria.

Desse modo, eu mesmo lhe digo: se eu não tivesse, pela Graça de Deus, conhecido a Jesus mesmo, conforme o Evangelho, saiba, muito provavelmente eu estaria entre aqueles que seriam visto como "perdidos", apenas porque, em mim, quase tudo rejeita essa falsificação de Jesus, feita pela religião. Nesse caso, não aceitar o "Jesus da igreja" é até uma afirmação de busca mais excelente, posto que somente seres muito básicos e satisfeitos com quase nada, é que aceitam um "Jesus" tão pouco parecido com Deus e com o homem.

E para que se prega? Ora, para que as pessoas gozem na Terra, ainda, a paz e a alegria de serem de Deus, sem medo, sem culpa, sem as aflições da morte, e sem as entregas à tirania do poder da morte, que é aquilo que desgraça a alma dos homens e destrói o mundo.

Perdão por ser tão rápido, mas é que passei a vida toda falando no assunto, e há muitos livros meus sobre o tema.

Um beijão!

Nele, em Quem Deus reconciliou o mundo consigo mesmo,

Caio".

Fonte: www.caiofabio.net