31 de dezembro de 2008

Terminando bem 2008



Neste final de ano, nós queremos orar pela Igreja e pelo mover de Deus entre nós. Sabemos que o mover de Deus passa pela unidade. Assim, vamos orar pela Igreja e por nossa vida de comunhão.

Por incrível que pareça, o Novo Testamento fala muito mais sobre comunhão do que de evangelismo. Normalmente, uma pessoa decide-se por uma igreja pela acolhida que lhe é dada. Ninguém consegue ficar em uma igreja onde não faz amizades. O cristianismo é, sobretudo, relacionamento. E a amizade é a maior ponte para o evangelismo. Uma pesquisa realizada pelo Instituto John Haggai mostrou as formas como as pessoas se convertem nos países do terceiro mundo.

● Tv – 1,1%.
● Filmes – 1,1%.
● Bíblia – 1,8%.
● Literatura – 1,7%.
● Sermão – 2,4%.
● Rádio – 2,9%.
● Trabalho pessoal do pastor – 2,9%.
● Cruzada evangelística – 4,4%.
● Amigos – 29,9%.
● Parentes – 49,7%.
● Outros meios 2,1%.

A esmagadora maioria das pessoas vem para Cristo por causa de um relacionamento familiar ou de amizade. O que desejamos nesses dias é desenvolver nossos próprios relacionamentos para que sejamos como uma grande rede lançada no mar desse mundo, uma rede na qual os peixes fiquem presos pelos nós da amizade.

Renove seu conceito de Igreja
Com o passar do tempo, podemos perder o frescor da vida em comunidade.
Queremos reafirmar nossa identidade e fortalecer ainda mais nossa visão pedindo o santo colírio de Deus neste fim de ano.

A Igreja não é um clube, onde cada um paga sua mensalidade e vive isoladamente. Alguns ainda pensam que seus dízimos sejam como a contribuição de um clube. Nós contribuímos para que o reino de Deus avance e não para termos algum tipo de benefício pessoal como em um clube.

A Igreja não é um abrigo de salvos, onde cada um busca os seus próprios interesses. Não estamos aqui para fazer a nossa própria vontade, mas sim a vontade daquele que nos chama das trevas para a sua luz. A Igreja não existe em nossa função; antes, nós estamos aqui em função do propósito de Deus.

A Igreja também não é uma prestadora de serviços, da qual sou apenas um cliente esperando ter as minhas necessidades atendidas. Muitos encaram a Igreja como uma prestadora de serviços espirituais, na qual podem buscar, quando desejarem, uma ministração forte, uma palavra interessante, uma aula apropriada para seus filhos, um ambiente agradável e assim por diante. Quando, por algum motivo, os serviços da Igreja caem de qualidade, esses consumidores saem à procura de outro shopping espiritual mais eficiente. Membros assim não têm aliança com o Corpo. Nestes dias, queremos renovar as alianças de cada membro com a Igreja.

A Igreja não é uma casa de shows, onde somos apenas espectadores. Para alguns, a Igreja não passa de mais um entretenimento. Apreciam as músicas, a pregação e o ambiente, mas ainda não compreendem a realidade do culto racional que resulta num sacrifício vivo na presença de Deus. A Igreja é uma família, na qual temos o mesmo Pai, o mesmo irmão mais velho e somos todos irmãos.

O poder da comunhão na vida da Igreja
No salmo 133, lemos a respeito do poder da comunhão no meio do povo de Deus. “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes. É como o orvalho do Hermon, que desce sobre os montes de Sião. Ali, ordena o Senhor a sua bênção e a vida para sempre.” (Sl 133.1-3).

1. A comunhão alegra o Senhor
“Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!” (Sl 133.1). Essa é a exclamação de alegria do Senhor a respeito de seu povo. O Senhor habita no meio da comunhão de seu povo: “O Senhor, teu Deus, está no meio de ti, poderoso para salvar-te; ele se deleitará em ti com alegria; renovar-te-á no seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo.” (Sf 3.17).

Assim, nada entristece mais a Deus do que a divisão no meio de seus filhos. Tal comunhão não é simplesmente um ajuntamento, mas um compromisso mútuo de unidade para a expressão do Senhor na Terra. Uma sacola de membros não é um corpo, um amontoado de material de construção não é um edifício e um ajuntamento de crentes não é necessariamente uma Igreja. O que nos dá a identidade é a unidade. Sem unidade somos um corpo disforme, mas, quando somos unidos, expressamos a Cristo.

2. A comunhão libera poder
“É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes.” (Sl 133.2). O óleo precioso do Espírito de Deus desce a cabeça. Evidentemente somente aqueles que estão conectados à cabeça desfrutam do óleo da unção. Nestes dias, queremos experimentar esse óleo juntos, em comunhão.

O Espírito Santo é o poder de Deus e este poder está em você. O Espírito Santo é a unção de Deus sobre nós. Mas, quando estamos juntos em comunhão, essa unção é potencializada e este poder pode ser liberado de forma explosiva sobre nós.

O óleo representa a unção na Palavra de Deus. O azeite era um elemento muito versátil no mundo antigo, ele servia para virtualmente qualquer coisa e simboliza a provisão completa da unção do Espírito. O fato de o Salmo 133 nos dizer que a comunhão libera o óleo é algo muito precioso. Quando estamos unidos as nossos irmãos, esse óleo desce da cabeça, que é Cristo, e alcança todos os membros.

O uso do óleo entre o povo de Israel é um retrato claro da provisão completa da unção para o povo de Deus hoje. Todas essas coisas vêm sobre nós porque estamos unidos aos irmãos na agradável comunhão do Corpo de Cristo.

a. O óleo é alimento
A primeira utilidade do azeite estava na preparação dos alimentos, sendo ele mesmo, na verdade, um alimento. No mesmo princípio, nós precisamos receber periodicamente uma porção da unção de azeite do céu como alimento. Quando deixamos de nos alimentar dessa unção, somos enfraquecidos e nos sentimos incapazes de fazer a vontade de Deus. A unção, portanto, é alimento. Você sabia que a comunhão nos alimenta? Sim, a comunhão libera o óleo que nos nutre.

b. O óleo nos limpa
A segunda utilidade do azeite nos dias antigos estava na feitura de sabão. A unção do azeite também tem a função de limpar e purificar as nossas vidas. Quando digo purificar, não me refiro propriamente à purificação do pecado, mas à purificação da sujeira do mundo. A morte do mundo nos contamina e nos faz ficar insensíveis a Deus. A unção, então, nos purifica da poeira da carne que nos contamina. Todos nós testificamos que, quando estamos na comunhão dos irmãos, nossos pés são lavados da poeira do mundo.

c. O óleo é combustível
As lamparinas do mundo bíblico eram mantidas acesas usando o azeite como combustível. No mesmo princípio nossa luz somente pode brilhar diante do mundo se houver o azeite do céu em combustão dentro do espírito. E esse azeite vem sobre nós na comunhão dos irmãos. Cada vez que nos reunimos, devemos esperar uma medida do combustível celestial sobre nós.

d. O óleo é para uso sacerdotal
O azeite também era usado pelo sacerdote para ungir e consagrar pessoas e coisas a Deus, como também era usado pelo médico como remédio. A unção é também para consagração. O propósito de Deus somente pode ser cumprido por meio da unção. O suprimento de Deus para nossas vidas vem somente pela unção. O suprimento de Deus para nossas vidas vem somente pela unção e todo jugo do pecado pode ser quebrado e destruído pelo poder da unção. Quando estamos em comunhão, os jugos do pecado e do diabo são quebrados e experimentamos o refrigério de Deus.

e. O óleo cura
Um aspecto importante da unção está em Tiago 5.14, em que o autor nos manda ungir os enfermos para serem curados. Há cura disponível para o povo de Deus na comunhão dos irmãos. O óleo da cura é liberado quando estamos juntos e ministramos uns aos outros. Sabemos que o óleo do Espírito é o suprimento completo de Deus, mas ele é liberado quando os irmãos vivem unidos em comunhão.
A comunhão é algo realmente poderoso. Paulo chega a dizer que a Igreja de Corinto estava doente porque seus membros não entendiam a comunhão: “Pois quem como e bebe sem discernir o corpo, como e bebe juízo para si. Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos que dormem.” (1Co 11.29-30).
Quando não temos discernimento do Corpo, experimentamos morte e enfermidade. Se a falta de comunhão traz doenças, sabemos que a comunhão produz o que já mencionamos: alimento, purificação, combustível, libertação e, principalmente, cura.

3. A comunhão é restauradora
“E como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião. Ali, ordena o Senhor a sua bênção e a vida para sempre.” (Sl 133.3).
No verso três, lemos que a comunhão “é como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião”. O orvalho é símbolo da presença restauradora de Deus. Em Oséias 14.5, lemos que o Senhor mesmo será como um orvalho para Israel. O orvalho nos fala de refrigério e frescor. De uma forma discreta, ele cai silenciosamente durante a noite, mas faz regar toda a terra. Em Êxodo 16.13, notamos que o maná caía com o orvalho. Se o compararmos com o Salmo 133, notaremos que o orvalho é a graça de Deus sobre nós. Em Lamentações 3.22-23, lemos que as misericórdias do Senhor se renovam a cada manhã. Isso também nos lembra do orvalho. É na comunhão dos irmãos que experimentamos a graça e o amor de Deus com o orvalho refrescante sobre nós.

4. A comunhão traz a bênção
Finalmente o salmista diz: “Ali, ordena o Senhor a sua bênção e a vida para sempre.” (Sl 133.3b). Um aspecto vital da bênção de Deus é que ela libera vida, a Igreja cresce e as células se multiplicam. Uma igreja abençoada certamente é uma igreja que cresce. Eu sei que é um paradoxo: estamos jejuando pela comunhão e unidade para que venha a multiplicação. Onde há união, ali Deus ordena a sua bênção e a vida para sempre. Deus já tem ordenado a vida entre nós, basta que sustentemos a unidade da comunhão entre os irmãos.

Em nenhum outro lugar se fala mais de multiplicação e crescimento dos discípulos da Igreja do que nos primeiros 15 capítulos de Atos. Mas, também, em nenhum outro lugar se fala tanto a respeito da comunhão e da unanimidade que havia entre os irmãos. A comunhão foi o segredo do crescimento.

Não precisamos de métodos ou estratégias mirabolantes para levar a Igreja a crescer, precisamos apenas remover os entulhos que estão bloqueando o seu crescimento. Deus já ordenou a bênção e haverá muita vida entre nós.

Não deveríamos perguntar “o que faz a Igreja crescer”, antes deveríamos nos questionar: “O que está impedindo a Igreja de crescer?” Deus já ordenou a bênção e a vida eternamente sobre a Igreja quando vivemos em união. Assim há um decreto divino de vida e crescimento, mas a bênção é bloqueada quando a unidade é quebrada.

Sugestões para esse tempo antes de 2009
1. Decida romper com o isolamento daqueles que estão ao seu derredor
Não permita que irmão algum seja apenas um dado de estatística, um número a mais, sem nome, sem cara. Não vamos permitir ninguém fique só em nossa igreja. Vamos fazer uma grande pescaria em nosso próprio aquário.

2. Não chame ninguém de “irmão” nestes dias, chame apenas pelo nome
A palavra mais bela que existe para cada pessoa é o seu próprio nome. Jesus nos dá o exemplo de um bom pastor em João 10.3 quando Ele diz que chama pelo nome suas ovelhas. Cada pastor, cada discipulador e cada líder de célula deve se comprometer em saber o nome de cada uma de suas ovelhas.

3. Seja sensível à necessidade das pessoas ao seu redor
Descubra uma forma de servir aos irmãos que Deus tem colocado ao seu redor. Descubra uma necessidade deles e surpreenda-os.

4. Tome a resolução de contactar com um irmão ou um casal da igreja
Envolva-se de maneira prática. Façamos do momento da refeição um abençoado tempo de comunhão. Nós somos uma igreja com lares abertos, por isso convide uma pessoa nova para comer com sua família.

5. Resolva ser afetuoso no relacionamento com os irmãos
A Palavra de Deus nos ensina em muitos lugares que precisamos cumprimentar nossos irmãos com um beijo. Paulo o chama de beijo (ósculo) santo e Pedro chama de beijo de amor (Rm 16.16; 1Pe 5.14). Use esse tempo como um treinamento para estabelecer uma nova prática de comunhão em sua vida.

6. Decida ser um investidor
Barnabé investiu em Paulo (At 9.26-27; 11.22-26) e em João Marcos (At 15.36-39). Paulo investiu em Timóteo. Elias investiu em Eliseu. Moisés investiu em Josué. Em quem você está investindo? Seja um discípulo e tenha um discípulo.

7. Use seu telefone. Envie cartas. Mande cartões. Envie e-mails. Mande torpedos
Resolva abençoar alguém mesmo que seja com breves palavras todos os dias. Renove a sua agenda de telefones

8. Venha para os cultos com algum presente
Pode ser qualquer coisa, mas o que temos em mente é uma pequena lembrança. Nós teremos o tempo da oferta e também trocaremos presentes durante a reunião. Só não vale dar o que você ganhou na semana anterior.

9. Faça o propósito de, junto com algum amigo, doar uma cesta de alimentos para a beneficência
Você também pode doá-la para um membro. Nós somos uma igreja de comunhão e ajuda mútua (Fp 2.3-4; At 2.44-45). Essa é uma maneira simples de expressarmos amor aos irmãos.

10. Assuma o compromisso de tratar com todo tipo de mágoa na sua vida
Todos os ressentimentos são ruins, mas os piores são as mágoas com irmãos. Nós somos também uma igreja de perdão e cura (Lc 17.3-6). Onde não há perdão, as pessoas adoecem.

11. Resolva ser atencioso e acolhedor com o visitante (Rm 15.7)
Em uma pesquisa, a Standart Oil Company quis saber por que os clientes desaparecem. O resultado pode servir de advertência para nós como Igreja também:
● 1% dos clientes morrem.
● 3% mudam para outro lugar.
● 5% encontram um preço melhor.
● 9% mudam em função de conveniência.
● 14% têm um descontentamento pessoal.
● 68% em função de mau atendimento.

12. Tome atitudes práticas para a comunhão
Muitos irmãos acham tremendamente embaraçoso quando lhes é pedido, durante o louvor, que cantem olhando para um irmão do lado – o qual nunca viram. Quando pedem para dar as mãos enquanto cantam, quase desmaiam de constrangimento. Entendo essa situação e não quero constranger a ninguém, por isso quero sugerir algumas outras atitudes simples que você pode ter sempre e que também, produzirá um efeito enorme em nossa comunhão.

● Fale com o visitante, cumprimente-o e esteja antenado para acolhê-lo depois do culto.
● Sorria para as pessoas.
● Chame as pessoas pelo nome.
● Seja cortês e cooperador. Quer ter amigos? Então seja amigável.
● Tenha um interesse genuíno pelas pessoas.
● Tenha uma palavra encorajadora para todos que encontrar.
● Seja generoso e expansivo nos elogios e tímido nas críticas.
● Respeite o sentimento das pessoas.
● Ouça atentamente quando falarem com você.
● Fale uma palavra de bênção para os irmãos.

:: Por Pr. Aluízio Antônio
(Texto adaptado)

27 de dezembro de 2008

REALIZAÇÕES NA TERRA X SONHO DO CÉU


É possível desejar que nossas realizações terrenas sejam satisfeitas? Sim, é possível. É possível, mesmo vivendo na Terra, sonhar com o lugar pelo qual o Senhor Jesus foi preparar morada para nós? Sim, é totalmente possível e até fundamental. Existe uma dicotomia ou divisão de duas idéias no meio no meio cristão no que se refere a esses questionamentos. Alguns anseiam em satisfazer as suas vontades que já foram planejadas pelos objetivos criados, com a intenção de viver uma vida regalada, confortável, tranqüila e financeiramente estabilizada. Outros entram num estado espiritual tão profundo, que acabam por se desligar de tudo que é tangível; vivendo, apenas, do sonho da vinda de Cristo. Falo que é um sonho, simplesmente porque a volta de Cristo ainda não aconteceu, mas como crente também almejo por esse acontecimento todos os dias da minha vida.
Estudando a palavra de Deus, ela nos revela no livro de Isaías no cap. 1 vers. 19 o que o próprio Deus diz:

“Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra.”.

Portanto, não há impedimento da parte de Deus em buscarmos prosperidade ainda nesta vida. Fazer planos futuros, ter metas a serem atingidas e buscar realizações humanas, nada disso é ilegítimo; a própria bíblia diz que se você QUISER essas coisas e OUVIR o que Deus lhe fala, vai conseguir realiza-las.
Por outro lado, existe uma admoestação do apostolo Paulo que não deve ser negligenciada, ele diz em 1 Coríntios 15:19 que:

“Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.”

Em varias outros escritos do apostolo Paulo ele descreve como devemos permanecer sempre na esperança da volta do nosso Salvador. O aposto Pedro também revela qual deve ser a finalidade da nossa fé: a salvação da nossa alma (1 PEDRO 1:9). Com esses textos em mente, podemos entender que devemos viver na esperança em Jesus Cristo, do sonho com a eternidade e com uma fé finalizada na salvação.
Viver em busca das realizações pessoais pode não ser em um primeiro momento algo nocivo ao nosso relacionamento com Cristo, mas se essa meta a ser realizada passa a tomar toda a nossa atenção e domina todas as nossas atitudes, não há dúvidas de que pode não apenas estragar o nosso relacionamento com o Senhor, como pode nos fazer desviar da fé que temos nEle. A bíblia diz que o amor ao dinheiro é o princípio de todo mal (1 TIMÓTEO 6:10). O termo “dinheiro” pode ser substituído por qualquer outro que esteja significando “desejar ardentemente”, ou amar a essa tal coisa acima do amor de Deus. Quando isso acontece, o que era para ser benção se transformar em maldição.
É de Deus que estejamos vivendo espiritualmente transbordantes. É ótimo meditar nas coisas celestiais. Contudo, ainda vivemos nesse mundo e esse mundo ainda precisa de nós (crentes). Jesus disse que nós tínhamos que ir e pregar o evangelho a toda criatura, só que para fazer isso é necessário estarmos inseridos na sociedade, fazendo parte de grupos sociais. Não dá pra estar “vivendo no céu” quando ainda há tanto trabalho a fazer aqui. Ao invés de vivermos pensando somente na nossa salvação, deveríamos pensar naqueles que ainda se encontram enclausurados pelo pecado, acorrentados pelas paixões do mundo e alheios a vontade de Deus. Jesus diz no livro de Mateus no capítulo 24, quando fala a respeito da sua segunda vinda, que todos estarão fazendo os seus afazeres normais do dia-a-dia: quem trabalha no arado estará trabalhando no arado, quem lava roupas estará lavando roupas, quem dorme com o marido estará dormindo com o marido. Isto significa que ninguém deve deixar de viver ainda nessa terra, alegando que está apenas aguardando o grande dia em que virá o Senhor. O que Jesus nos alerta é para que estejamos vigilantes, para que naquele dia não sejamos pegos de surpresa assim como faz o ladrão.
Mas e agora, como resolver esse impasse? Buscar bens terrenos ou viver sonhando com os céus? A solução é óbvia: buscar o equilíbrio entre ambas as alternativas. Se existe o desejo de ser prospero materialmente falando, é preciso ouvir a voz de Deus e ele nos dirá, entre tantas outras coisas: que é preciso amar ao próximo assim como a nós mesmos, que bendito é o homem que confia no Senhor, que se confessarmos os nossos pecados Ele é fiel e justo para nos perdoar, que ainda não se viu nem se ouviu o que o Senhor tem preparado para aqueles que o amam. E para finalizar, uma palavra do Senhor Jesus que define perfeitamente toda essa problemática:

“Buscai, pois, em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça, e todas as demais coisas vos serão acrescentadas” (MATEUS 6:33).

23 de dezembro de 2008



Para que nasci?
Ainda me lembro do tempo de escola quando a professora de educação física formava os times de esporte e dava aos capitães a responsabilidade de escolher os jogadores das equipes. Os melhores atletas eram sempre chamados primeiro. Em sala de aula, nos trabalhos em grupo, o processo era o mesmo. Os alunos mais aplicados eram os mais disputados. O que começa na infância persiste pela vida toda. Na escola, no trabalho ou na sociedade somos escolhidos por aquilo que desempenhamos bem. É assim que os homens nos vêem.

Já a filosofia de Deus é completamente diferente. O Senhor não nos escolhe pelas nossas habilidades. Para Ele existe algo mais importante e precioso. Os olhos do Pai estão voltados para o nosso coração. Não somos escolhidos por aquilo que fazemos de melhor, até porque todos os nossos dons e talentos vieram do próprio Deus. É Ele quem nos dá tudo. Diante dessa realidade, o importante não é saber o porquê, mas sim para que fomos escolhidos.

Para que nasci? Esta é uma pergunta que não pode ficar sem resposta. A nossa vida não tem sentido se não soubermos o verdadeiro motivo da nossa existência. Não são as conquistas, os luxos e as relações bem sucedidas que alcançamos ao longo dos dias que vão nos dar plena satisfação. Há um espaço dentro de nós que precisa ser preenchido. Ou seja, jamais conseguiremos ser felizes enquanto não fizermos aquilo que nascemos para fazer.

Mesmo que você tenha sido excluído em alguma situação ou rejeitado por alguém, lembre-se que Deus te escolheu e te chamou para um propósito nessa vida. Não importa se os homens ainda não conseguiram enxergar o seu verdadeiro valor. Aprenda que nem todos são capazes de avaliar uma jóia. Mas Deus é especialista em preciosidades e por isso Ele te garimpou para uma grande obra nesta terra.

O forte e valente rei Davi talvez fosse o mais capacitado para construir a casa de Deus, no entanto Deus deu essa missão a uma frágil criança. Salomão não tinha nenhum atributo quando foi escolhido pelo Senhor. Mas aos poucos aquele menino foi lapidado e se transformou no homem mais sábio e rico de todo Israel. É assim que Deus age. Ele escolhe e Ele mesmo capacita. Então, pare de olhar para os fortes dessa terra. O ESCOLHIDO É VOCÊ!

::Por Juliano Matos

Jornalista e colaborador do portal Lagoinha.com

julianomattos@yahoo.com.br

29 de novembro de 2008

Amor Presenteado

Estou vivo, e não por um acaso qualquer, mas por propósitos divinos. Isso é incrível! Eu, sem nada ter feito para que me fosse acrescentado ou diminuído, mesmo antes de existir, sou fruto de um presente existencial. E não apenas um presente, não assim como quem cria um robô e lhe submete aos seus comandos, mas com a prerrogativa de ser semelhante ao Criador, assim como um fruto do seu amor incondicional. E é sobre esses dois atributos de Deus, Presentear e Amar, que quero manifestar a minha concisa opinião.
Quando entendemos que em nós não existe bondade que seja propriamente nossa; no momento em que a razão chega ao centro da alma, nos fazendo perceber que o bem que fazemos na verdade advém de um Bem Excelentemente Maior, aí começamos a agir na mesma amplitude de pensamento com que fomos criados. Porque Deus não amou o mundo de tal maneira, por estar o mundo prontinho para ser amado, Deus amou porque Ee ama, pura e simplesmente! Nós devemos amar porque alguém amou primeiro, e devemos ser semelhantes a Ele em amor.
Tentando trazer a idéia para a forma mais simples e prática do nosso viver, é que será descrito agora. Quando se deseja presentear alguém, utilizamos o dinheiro para comprar o presente. Claro que existem presentes que não precisam ser adquiridos na forma pecuniária, mas apenas como exemplo, será mantido dessa maneira. Em algumas ocasiões, faz-se do dinheiro o próprio presente; mas ainda que este seja indispensável, o dinheiro não é o presente, ou não deveria ser. O dinheiro depende de circunstâncias externas para ser obtido, das quais são exemplos: bom emprego, habilidades empreendedorísticas, heranças, doações, transferências, etc. Porém, o verdadeiro presente é manifesto interiormente, e independe de circunstâncias. O presente visível é apenas o símbolo do presente que se esconde por dentro. Dou porque dou. Presenteio porque presenteio. Se assim não fosse, dependeria sempre de um tapinha nas costas, de um papo legal, de um sorriso mesmo que amargo.
O presenteador pode ser, e na verdade poucos são de fato, sensíveis ao amor. È o único lastro que valida um presente sincero. Sendo que, esse amor falado não é o que provém do presenteado, mas do próprio presenteador. Se dependendo do amor do presenteado para presentear, já não é interno e sim externo, logo, falta verdade nele, ainda que no presente não falte nada. O presente-amor tem parâmetro. Jesus é o nosso presente-amor dado pelo Pai, e é mais do que isso, Ele é amor-presente, amor conosco, Emanuel. Esse Jesus embalado para presente, foi dado pelo Deus que é Pai, a uma humanidade decaída que não conhece o que é amor. Deus olhou pra dentro dEle quando quis presentear; ai de nós se ele olhasse pra fora!
Um presente não vale 200, 300 ou 1000 unidades monetárias. Penso que vale sempre muito mais do que isso. O presente é do valor do meu amor. Então tem muito valor, pois esse amor vem de Deus, e tudo que é dEle vale muito. Quando presenteio, não espero a reação do presenteado, espero a minha reação. Se eu não sinto que o presente é amor totalmente derramado, então dou mais um pouco, para que de mim fluam rios de amor-presenteado.
O Natal está chegando, e talvez essa seja a época do ano onde mais se presenteia. Que nós possamos refletir sobre isso. Presenteando e amando, e amando presentear, afinal: de graça recebemos toda Graça derramada na cruz!

28 de novembro de 2008

Quanto vale uma promessa de Deus?

Houve um tempo (não muito distante) em que a palavra de um homem valia mais do que um contrato assinado e registrado em cartório. Ao dizer algo ou ao prometer alguma coisa, ele estaria comprometido com a outra parte pela sua prória palavra a cumprir o que fora acertado. E ponto final. Homens de caráter nobre sabem a importância de suas declarações, pois neles há uma obrigação moral interna que os constrangem até que realizem o que foi dito. Se seres humanos, imperfeitos e corrompíveis, são capazes de ir a extremos (quando querem, lógico) para que suas palavras sejam dignas de confiança e credibilidade, imaginem a validade das declarações do Deus Todo-Poderoso, o nosso "molde de fabricação" (Gn 1:26,27), Perfeito e sempre Fiel, independente de sermos ou não fiéis para com Ele? (2Tm 2:13). As bençãos do Senhor são também promessas cumpridas por alguém que nunca deixa sua palavra "no vácuo" (Is 55:10,11). E eu sempre gostei de uma passagem na Bíblia que trata de uma benção de Deus, uma promessa enorme e riquíssima, mas que foi jogada fora por motivos tão pequenos e passageiros, os quais, infelizmente, ainda hoje nos fazem "balançar"; é a história de Jacó e Esaú.
Jacó e Esaú eram filhos de Isaque com Rebeca. Eram gêmeos, e tudo indica que eram bivitelinos, ou seja, "gêmeos falsos", daqueles que um não tem nada a ver com o outro, porque um era muito peludo e o outro não era (Gn 27:11). Desde o ventre já brigavam entre si, e o Senhor disse a Rebeca que era porque eles formariam dois povos diferentes. Esaú saiu primeiro do ventre e por isso tinha o "status" de ser o mais velho, o primogênito, aquele que receberia a benção do seu velho pai e seria enormemente abençoado pelo Senhor por toda a vida. Jacó veio depois, agarrado no calcanhar do seu irmão. Eles cresceram; Esaú tornou-se um caçador, mas Jacó era um homem mais caseiro, pacato. Um belo dia Esaú volta do campo com fome e pede a Jacó um pouco da comida que este estava preparando. Jacó, então, faz uma proposta ao seu irmão: ele daria a comida em troca do "status" de primogênito. "Disse Esaú: 'Estou quase morrendo. De que me vale esse direito? Jacó, porém, insistiu: 'Jure primeiro!' Ele fez um juramento, vendendo o seu direito de filho mais velho a Jacó" (Gn 25:32,33). É aqui que eu começo.
Esaú se propôs a aceitar a oferta porque agiu baseado em um instinto, uma necessidade do corpo (comer), e não parou pra pensar (permitam-me) na estupidez que estava fazendo: trocar o seu direito de primogenitura, e, consequentemente, a benção de Deus, por um prato de lentilhas!Quantas vezes nós, jovens, somos tentados e caímos no erro de trocar uma promessa de Deus por algo que nos queremos "pra hoje e agora"? Achamos que aquilo é o máximo, que é a solução total para os nossos problemas, e depois vemos como aquilo era ridículo e ineficaz. Nos decepcionamos com tudo e todos (até Deus cai no bolo), ficamos tristes e ainda perdemos uma promessa do Pai. Na hora da escolha, agimos com base na "fome" e na "sede", deixando que a proposta do mundo encha nossos olhos (leia-se: nossos sentidos) e devoramos tudo num estalo. Depois percebemos o erro, e, como Esaú, gritamos e, aos prantos, pedimos que o Pai reconsidere a questão.
E Esaú ainda foi dramático: "Estou quase morrendo (...)". Estava mesmo? No versículo 27 vemos que ele era um caçador habilidoso que vivia percorrendo os campos. Ora, Esaú não era fraco e nem inexperiente em passar "apertos" nas matas; será que não havia nele um mínimo de forças? Não havia nem um pingo de resistência para que ele falasse que estava morrendo?
Fome ele deveria estar sentindo, com certeza; porém, não a esse ponto. E vejam só! Não é isso mesmo que nós fazemos? Oramos assim: "Senhor, preciso urgentemente de um emprego, ou então, não sei o que vou fazer com a minha vida!" Ou então: "Deus, preciso me casar 'ontem'! Não posso esperar mais! Preciso de um(a) esposo(a) imediatamente! Preciso casar!" (esse tipo deve ser bem mais frequente...). Você por acaso vai MESMO morrer se não arrumar um trabalho? Você nasceu trabalhando? Ou será que você precisa MESMO se casar logo, ou caso contrário, vai definhar até secar? Você nasceu casado, ligado a alguém (sem ser a sua mãe) pra que possa sobreviver? Todos esses pedidos são válidos, corretos e saudáveis; entretanto, fazemos um "drama" em torno deles tão grande pra nos justificar diante de Deus (como se Ele não nos conhecesse mais do que nós mesmos...) que parece que a vida e a morte oscilam entre o atendimento desses pedidos e suas rejeições.
Deus nos ama com amor inexplicável, e Ele têm vontade de realizar todos os nossos desejos. Sua Palavra é onde encontramos todas as riquezas que Ele quer colocar em nossas mãos; contudo, devemos aguardar o tempo certo e viver de forma condizente com a fé que temos, como quem espera algo que certamente chegará. "Não coloque o carro na frente dos bois"; faça sua parte e Deus fará a dEle.
Jovem, Deus quer que você seja realizado profissionalmente, que viva uma grande história de amor por toda a vida; enfim, que você desfrute de uma vida plena.Teha certeza absoluta disso. Confie nEle: não troque suas bençãos por um prato de lentilhas. Mais vale uma única promessa de Deus em nossas mãos do que TODAS as ofertas que o mundo puder apresentar.
A Ele sejam a glória e o louvor por toda a eternidade. Amém.
"Incomparáveis são Tuas promessas..."

22 de novembro de 2008

INSATISFAÇÃO COM O TRABALHO

Todos nós, em algum momento da vida, passamos pela crise da “empregabilidade”. Essa crise se resume ao fato de, ou estar trabalhando, porém, insatisfeito com o trabalho; ou de estar desempregado e sonhando com o emprego ideal. Em muitos casos, esse trabalho que hoje causa insatisfação, amanhã será lembrado com boas recordações; e o emprego ideal, será percebido apenas como um modelo imaginário, bem distante da realidade.
Olhando para trás, lembro-me de um sonho que eu tinha de trabalhar em uma loja em algum dos shoppings da minha cidade. Nem sei porque desejava isso... Talvez fosse pelo movimento frenético de pessoas entrando e saindo, ou talvez pela quantidade de luzes naquele ambiente, ou quem sabe por ser ali os passeios da minha adolescência. O fato é que consegui realizar esse sonho. Quem dera não tê-lo sonhado, mas já que sonhei não me arrependo de ter vivido. Só posso dizer que shopping centers são ótimos para passeio.
Quando chegamos à idade adulta e começamos a enxergar as coisas com o olhar da razão, e abandonamos a emoção frívola – aquela sem valor e que só atrapalha – iniciamos um processo mental de descobrir como ganhar dinheiro; o mesmo que irá proporcionar ter carro, casa e família. É nessa fase da vida onde alguns se perdem em desventuras, por darem ao dinheiro maiores definições do que ele realmente tem. Dinheiro é um meio de troca, reserva de valor e unidade de conta. Assim será sempre meio, nunca um fim em si.
Ter um bom emprego é um bom meio para ter um bom dinheiro e adquirir bens. Então o negócio é estar bem empregado? È uma das formas. Com isso em mente, dar-se inicio a uma corrida desenfreada por qualificação técnica, para ser um bom candidato a boas vagas de emprego que o mercado oferece. É nesse momento que vem a crise falada anteriormente, pois nem sempre o mercado oferece vagas para bons candidatos, muito menos, boas vagas. Somos obrigados a aceitar a primeira que aparece, mas com total insatisfação.
É bem verdade que nem todos passam pela crise e pelas insatisfações movidas por ela. Sempre há os que se safam da avalanche. Esses são os que conseguem boas vagas em bons empregos. Em um país onde a injustiça se derrama como água, “esses” nem sempre são os “melhores”. Os satisfeitos não duram muito tempo nesse estado de satisfação. Logo vem a primeira “crise do bom emprego”. Essa se configura pela insegurança da instabilidade empregatícia, ou vice-versa. “Não importa se faço o que gosto e ganho um bom dinheiro, se não tenho certeza de que meu emprego será mantido”; assim pensam alguns dos ex-satisfeitos. Nesse momento começa uma nova corrida: emprego público. “Agora sim! Pode ter a maior crise mundial, mas sei que daqui ninguém me tira!”. Os concurseiros que se baseiam apenas na estabilidade que o emprego público proporciona, correm um sério risco de entrar na estatística dos insatisfeitos.
Bons empregos são feitos de razão, desejo e fé. A razão nos faz enxergar que o dinheiro é muito importante, mas que nem tudo são flores em um ambiente de trabalho. O desejo nos impulsiona a agarrar as oportunidades, e aquece a paixão pelo que fazemos. A fé entra em ação quando a razão entra em “parafuso” e o desejo tira férias; isso, inevitavelmente, vai acontecer um dia. É a hora do fantasma da insatisfação, que sem a fé, domina as mentes; com a fé, desaparece. Esse recado é para os crentes em Jesus de plantão, que mesmo tendo um Deus que veste as ervas do campo e alimenta os pássaros, ainda temem a falta de emprego ou do que quer que seja. Insegurança e instabilidade deixem para os que não têm um Deus Supridor de necessidades. O nosso Deus é socorro bem presente; sabe o que isso significa? Que se você um dia precisar, Ele já estará lá. Descansar em Deus é crer com o coração que se alguém te desempregar, Ele não te desamparará; pelo contrário, te dará guarida e satisfação plenamente verdadeira.

13 de novembro de 2008

"Jogue duro e Deus lhe ajuda!"

Andar de ônibus tem o seu lado bom e o seu lado ruim. Este lado acredito que todos os que se utilizam do transporte público conhecem tão bem quanto eu: a demora dos carros, os "aperto", a passagem que sempre aumenta, e tantos outros fatores que encheriam tranquilamente mais umas 20 ou 30 linhas. Todavia, como disse, há um lado bom nisso, pois me sinto experimentando a vida como ela é, sem fantasias ou idealizações. Aprendo com aquilo que vejo e ouço lá dentro, pois lá vemos as pessoas "de verdade", e não aquelas falsamente forjadas para marketing. Quem se isola se rebela contra a sensatez (Pv. 18); logo, ao se conviver com outros adquire-se sabedoria. Acredito que há um lado bom em tudo o que acontece em nossas vidas; o que cabe a nós é ter sabedoria para aprender com aquilo que vemos, ouvimos, fazemos ou não fazemos, lembrando sempre de jogar fora o que é ruim e reter apenas aquilo que é bom, conforme nos ensina a Palavra em 1Ts. 5:21. A vida é curta demais pra se aprender tudo apenas com a nossa experiência; ser sábio também é saber extrair ensinamentos com as vidas alheias, suas histórias, suas ações.
Era em torno de meio-dia e o "busão" não estava aquela lata de sardinha, mas tinha a sua "cota de enchimento" razoável. Graças a Deus eu consegui ir sentado, e do meu lado estavam sentados dois senhores, ambos aparentemente na casa dos 50 anos, com roupas simples e usadas, um modo de falar tipicamente nosso, cheio de gírias e "oxentizado", daqueles que nos fazem rir sem parar (eu mesmo ri que me acabei em muitos trechos da conversa). Enfim, dois homens muito comuns.
Começaram a conversar sobre os mais diversos assuntos, tais como a chegada de Lula ao poder, os nomes dos "guris" hoje em dia estarem se americanizando, a criminalidade, etc. Mas um desses tópicos da prosa entre os cumpadres foi que me fez ouvir com mais atenção ainda. O que estava ao meu lado começou a contar sobre sua vida, dizendo que quando era criança o governo não dava passagem de ônibus, nem livros, nem bolsa-escola, nem nada, e hoje as crianças tem tudo isso nas mãos e a maior parte delas não tem um mínimo de compromisso com seu futuro e com seus estudos. O outro então comentou: "-Mas alguns deles [das crianças e das pessoas em geral] não tem como ir pra escola porque não têm dinheiro". Nessa hora achei que o outro ia baixar a bola com um argumento tão realístico e forte, e pensei que a réplica seria em um tom tipo "É né? É assim mesmo, fazer o quê?". Fui surpreendido quando a resposta veio: "- Eles podem não ter dinheiro, nem roupas, mas eles tem 'coisa' muito melhor. Deus não lhe deu dois braços? Não lhe deu duas pernas? Não lhe deu vida? Pois então, ser humano, vá atrás do que você quer! Vá trabalhar! Você acha que Deus vai ficar mandando as coisas pra você sem que você faça nada?! Num é assim não, ser humano! Jogue duro que Deus lhe ajuda!". Aquilo foi uma bomba. Fiquei impressionado com tanta coisa condensada em uma só resposta. Acho que eu poderia tranquilamente escrever mais uns 2 ou 3 textos sobre aquilo, tamanha sabedoria contida naquele comentário. Comfesso que no exato momento eu desconfiei daquele senhor, pois eu não tinha aceitado aquilo prontamente, mas depois eu percebi que ele estava certo.
Quando aceitamos a Cristo como Senhor e Salvador, nos tornamos filhos de Deus e entramos em uma igreja, desenvolvemos uma forte tendência de achar que tudo agora será fruto única e exclusivamente das ações de Deus, afinal, Ele cuida de nós, não é mesmo? E com esse pensamento acabamos ficando inertes, parados, com as mãos abertas e olhando para o céu, orando e pedindo sempre mais, e nos esquecemos de como Deus é bondoso por já ter nos dado muito mais do que merecemos e de como ele é justo.
O que mais me chamou atenção foi relembrar um princípio, uma lei que Deus institui no Universo: o princípio da semeadura, ou seja, o colher aquilo que se planta (Newton também descobriu isso lá na Física e chamou de Lei da Ação e Reação). Eu não vou conseguir nada na vida se não empenhar minhas forças e meu tempo naquilo que eu desejar. Só um exemplo, em um concurso, Deus não vai me dar a vaga de alguém que estudou mais do que eu, se dedicou e se empenhou mais do que eu só porque eu sou filho dEle e o outro não é. Deus é justo e não faz nepotismo, nem simples, nem cruzado, nem de jeito algum. Todas as ferramentas que precisamos pra vencer o Senhor já nos deu, e ainda mais! A vitória já pertence a nós, porque Jesus já venceu o mundo (Jo 16:33); apenas o que nos resta é lutar, usar os nossos dois braços e duas pernas (como disse aquele senhor) e perseguir nossos alvos. Tudo aquilo que vier às minhas mãos para que eu faça, devo fazer com toda a minha força (Ec 9:10).
Jovem, não se iluda; se você quer ter sucesso na sua vida, em qualquer aspecto que seja, plante, ou seja, invista, trabalhe, gaste tempo, dinheiro e qualquer outro recurso nisso, e Deus proverá o colhimento. Creia na sua vitória, "jogue duro e aí Deus lhe ajuda".

12 de novembro de 2008

Comportamento Isaque e Rebeca




Os fatos narrados em Gênesis 24 ocorreram quando Abraão tinha 140 anos. Encontrando-se em avançada velhice, o patriarca se mostrou preocupado com o futuro do filho, Isaque, que continuava solteiro. Aos 40 anos, ele ainda era jovem, levando-se em conta a expectativa de vida naquele tempo. Então, Abraão mandou que seu servo Eliezer se dirigisse à Mesopotâmia e buscasse uma mulher para o filho. Tal atitude estava coerente com os costumes da época, no contexto das prerrogativas patriarcais.

A PESSOA CERTA

Abraão não sabia quem seria a esposa de Isaque, mas de uma coisa ele estava convicto: não poderia ser uma mulher cananéia (Gn 24.3). Os cananeus eram descendentes de Cão (Gn 9.18), um povo idólatra e amaldiçoado. Abraão estava zelando por sua linhagem. Ele não queria que Isaque se casasse com uma mulher ímpia, mas com uma serva de Deus. Por isso, enviou Eliezer à Mesopotâmia. Ali moravam os parentes de Abraão. Alguns deles serviam ao Senhor. Temos evidências nesse sentido em Gênesis 24.31,50. O nome do pai de Rebeca era Betuel, que significa “homem de Deus”. Isto não seria uma casualidade, pois, naquele tempo, os nomes eram colocados levando-se em consideração seu significado.

Isaque precisava se casar com uma serva de Deus. A união com uma mulher cananéia seria uma situação de jugo desigual. O resultado seria um lar dividido, com dificuldades na orientação dos filhos, e outros problemas diversos e imprevisíveis. Muito tempo depois, males desse tipo foram experimentados por Esaú (Gn 26.34-35; 27.46; 28.1-2.) e Judá (Gn 38.1-10).
Abraão poderia ter dito: “Isaque, escolha uma mulher cananéia. Nós vamos ‘evangelizá-la’. Ela se converterá e o seu lar será uma bênção. Vamos fazer isso pela fé, meu filho”.
Nada disso. O patriarca não confundia imprudência com fé. Evitar o problema é melhor do que planejar soluções.

O servo ou serva de Deus que se entrega a relacionamentos amorosos com o ímpio está se colocando em situação de alto risco, sujeitando-se a tentações e tribulações desnecessárias.
É verdade que, em casos excepcionais, algumas relações desse tipo conduzem à conversão da parte incrédula. Muitas, porém, causam o desvio do crente. Sansão, por exemplo, teve sua vida e ministério destruídos por relacionamentos errados (Jz 14.1-2; 16.1; 16.4-18).
Quais são os critérios para a escolha de um companheiro ou companheira? Aparência física? Condição econômica? Nível cultural? Vários fatores podem ser importantes ou não, mas o principal é saber se a pessoa pretendida serve ao Senhor.
Não estamos falando de procurar a pessoa perfeita, mas de minimizar a possibilidade de se envolver com pessoas e situações que venham prejudicar ou inviabilizar a estrutura do novo lar.

O LUGAR CERTO

Eliezer procurou esposa para Isaque:
- Numa região específica, a Mesopotâmia.
- Na família certa, entre os parentes de Abraão.
- No lugar certo: o poço, um local de trabalho.
- Na hora certa, à luz do dia.

Tais elementos, ainda que não sejam normativos, ajudaram muito na definição do tipo de pessoa que seria encontrada. Se Eliezer fosse a uma festa noturna no Egito, talvez retornasse trazendo uma odalisca. É difícil encontrar uma flor perfumada dentro do esgoto. Talvez você não esteja procurando alguém, mas frequenta lugares errados para se divertir. Então poderá encontrar o que não procura, ou até mesmo ser encontrado. Situação desse tipo foi vivida por Diná, filha de Jacó, que acabou sendo vítima de um estupro (Gn 34.1-26).

AÇÃO DIVINA

Apesar das instruções de Abraão e do zelo de Eliezer, a missão poderia dar errado. É muito difícil escolher uma pessoa, pois o ser humano é passível de engano. Por isso, Eliezer, que também era um crente, dependia totalmente de Deus. Ele não confiava em sua própria sabedoria. O servo orou, pedindo a bênção e a orientação por meio de um sinal (Gn 24.12). O Senhor atendeu, enviando Rebeca ao lugar certo, na hora certa.
Todo aquele que procura uma companheira precisa depender de Deus, orando, crendo e esperando.

O SINAL

Eliezer não pediu que Deus mandasse uma moça alta ou baixa, gorda ou magra, loira ou morena, de cabelos compridos ou curtos. Ele estava preocupado com atitudes que manifestassem virtudes do caráter.

“Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede ao de jóias preciosas.” (Pv 31.10).

Esperar que alguma moça fosse tirar água do poço seria algo simples e normal naquela época. Entretanto, Eliezer consideraria aquela que, além de lhe oferecer água, também desse de beber aos seus dez camelos. Ele pediu algo difícil e improvável, que não aconteceria por acaso. Dessedentar todos aqueles animais seria uma tarefa árdua. Um camelo pode viajar durantes dias no deserto sem beber água, mas, quando bebe, precisa de muitos litros.

Buscar água no poço era dever das mulheres. Rebeca, porém, estava disposta a fazer muito mais do que a sua obrigação. Não ficou limitada ao mínimo necessário, mas procurou fazer o máximo que estava ao seu alcance.
O texto diz que ela serviu a água “prontamente” (Gn 24.18, 46), demonstrando qualidades desejáveis numa esposa: bondade, iniciativa, prestatividade e disposição para o trabalho (Gn 24.14). A moça realizou a tarefa até o fim, não parando diante da dificuldade ou por preguiça.

A VIRGINDADE

Além das qualidades já mencionadas, Rebeca era formosa e virgem (Gn 24.16). A virgindade demonstra que a moça soube esperar pelo tempo certo para iniciar sua vida sexual. É verdade que muitas pessoas, quando se convertem, já viveram muitas experiências sexuais fora do matrimônio. Deus as perdoa e purifica. Entretanto, aqueles que servem ao Senhor e ainda são virgens, sejam homens ou mulheres, têm a grande honra e dever de se preservarem para o casamento, evitando que, no futuro, tenham que lutar contra lembranças, mágoas, sentimento de inferioridade, elementos de comparação e outras consequências negativas.

“Porque esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição.” (1Ts 4.3).

A virgindade perdeu o seu valor na sociedade moderna. Contudo, os valores do cristão devem ser regidos pela Palavra de Deus e não pelo mundo.
Se Isaque e Rebeca tivessem relacionamentos anteriores com outras pessoas, talvez a união dos dois não viesse a ser concretizada. Vínculos errados podem se tornar empecilhos para as uniões legítimas.

A ESCOLHA

A esposa de Isaque não foi escolhida por ele, nem por Abraão, nem por Eliezer, mas por Deus. Acabou-se o livre-arbítrio? De modo nenhum (1Co 7.39). O texto mostra, claramente, que Rebeca teve a oportunidade de manifestar sua vontade. Se ela não quisesse, não seria forçada a se casar com Isaque (Gn 24. 7, 8, 12, 27, 50, 58). Isaque também não seria obrigado.
Aquele que procura uma esposa, ou um marido, é livre para escolher. Entretanto, se a pessoa permitir, Deus poderá fazer a escolha. Ele ajuda a quem pede, mas não obriga ninguém.

O ENCONTRO

Rebeca renunciou à sua família e ao convívio dos pais, viajando com Eliezer em direção a Canaã. Ali chegando, encontrou-se com Isaque, que meditava no campo. Os dois se conheceram e se uniram em amor. Assim, Isaque foi consolado pela perda de sua mãe (Gn 24.67). Daquela união nasceram dois filhos: Jacó e Esaú, dos quais duas nações se formaram, dando continuidade ao cumprimento da promessa de Deus a Abraão.


::Por Anísio Renato de Andrade

Bacharel em Teologia

25 de outubro de 2008

Andando de bicicleta e aprendendo da Palavra

Tenho iniciado recentemente o cultivo de um hábito esportivo que tanto faz bem pra o corpo quanto pra mente: andar de bicicleta pelas pistas que beiram as praias aracajuanas de Aruana e Atalaia. É um exercício muito bom, pois queima mais calorias do que uma corrida a pé e é possível apreciar mais paisagens, visto que a velocidade da bicicleta permite ir mais longe do que em comparação com a distância percorrida sem ela.
Em uma dessas minhas últimas voltas, algo me veio ao espírito que me chamou a atenção. Eu já tinha percorrido uma boa distância, tinha dado um tempo de pausa, e estava regressando para minha casa, quando subitamente senti que aparentemente o tempo que tivera para descansar da "viagem" tinha sido pouco. De repente, pareceu-me que minhas forças tinham fugido de mim totalmente. Um cansaço súbito veio sobre mim, provocando um desânimo grande. Cheguei ao ponto de pensar em parar no meio da avenida (deserta) em que estava pra poder descansar um pouco mais; entretanto, algo me falou ao meu espírito, e não tenho dúvidas de que foi o Espírito Santo mesmo, afinal de contas, nós, que somos filhos de Deus, somos templo e morada dEle (1Co 6:19), assim como também não deve haver (e de fato não há) uma cisão entre a "vida espiritual, religiosa" e a "vida secular, rotineira"; toda a nossa vida pertence a Cristo Jesus, e ele deseja estar junto conosco em tudo o que fizermos na vida (e Ele de fato está!).
Ele me deu a seguinte estratégia: fixar o olhar em alguma coisa distante, algo lá na frente em que eu pudesse centrar a minha vista. Avistei de imediato um poste de luz, desses tão comuns, que estava bem lá na frente, muito distante de onde eu estava. Voltei a minha atenção para aquele facho de luz. Comecei a pedalar no intuito de alcançar aquela "luzinha". Deixei de dar tanta atenção às coisas que estavam mais próximas de mim. Algumas vezes passavam ciclistas vindo em sentido oposto, outros indo na mesma direção (e mais rápidos do que eu), alguns carros que passavam tão apressados que parecia que o mundo ia se acabar dentro de poucos minutos, e alguns deles tão bonitos e velozes que me faziam desejar de todo o coração estar dentro de algum deles. Seria tão mais fácil e confortável! Não iria me preocupar com distâncias, cansaço, dores nos pés ou chuva. Nessas horas os mais diversos (e desestimuladores) pensamentos tentavam dominar minha mente, mas eu os deixava de lado e voltava a me concentrar naquela "luzinha" lá na frente. Para minha surpresa, a estratégia tinha dado certo, e me fez não só alcançar o marco que eu havia determinado, como em poucos minutos eu já estava de volta a minha casa. Parece que o cansaço e a falta de forças simplesmente tinham desaparecido apenas por concentrar-me naquele alvo. Assim que cheguei em casa percebi a correlação com a Palavra de Deus.
A nossa vida é como uma estrada que percorremos sem parar. Pedalamos sempre até que a nossa estrada termine ou o nosso alvo tenha sido alcançado; todavia, há muitos carros apressados que nos fazem perder o ânimo para continuar prosseguindo ou a estrada é esburacada e cheia de defeitos, ou o clima está chuvoso ou com um sol de "queimar o juízo", e tudo isso nos faz cansados. Quantas vezes em nossas vidas, apesar de sermos jovens e fortes, ficamos exaustos com algumas coisas, com certas pessoas, certas situações que nos parecem imutáveis e invencíveis? Nessa nossa corrida chamada "vida", às vezes somos acometidos de uma súbita fadiga que nos faz pensar em parar com tudo, às vezes até mesmo em parar de "pedalar"e esperar que algo ou alguém se compadeça de nossa situação e venha nos colocar em movimento novamente. Ao nosso lado outros também correm; muitos demonstram ser melhores, mais preparados e mais bem equipados do que nós, e isso acaba gerando pensamentos negativos, contrários, que nos impelem a sair da estrada. Nessa longa e díficil jornada da vida temos motivos de sobra para parar com tudo; entretanto, lá na frente existe uma luz, um alvo, e e ele se chama Jesus Cristo.
Jovem, quando o desânimo e as lutas do dia-a-dia tentarem te tirar da estrada, roubando a sua alegria e a sua vontade de viver, lembre-se dAquele que percorreu O Caminho da Morte, caminho doloroso, sofrido e longo, que ninguém nesse mundo seria capaz de percorrer. Ele caminhou com a cruz nas costas, venceu a tudo e a todos, recebendo autoridade e poder sobre todas as coisas, tanto nos céus como na terra (Mt. 28:18). Ele está sempre pronto pra te socorrer, e nos momentos de tristeza, só Ele tem a eterna alegria. Não se apegue tenazmente às coisas que estão a sua volta, pois tudo isso é passageiro e perece; tenha os olhos fitos na Luz do mundo. Se a corrida estiver pesada e você achar que não vai dar mais, chame, clame pelo nome de Jesus, Aquele que nunca perdeu e que tem a força da qual você precisa.
Nessa grande "estrada" da existência nesse mundo, não se atenha àquilo que te cerca, livre-se de tudo o que te atrapalha e do pecado que te envolve, e então...corra! Corra com perseverança a corrida que te foi proposta , tendo os olhos fitos em JESUS, o autor e consumador da nossa fé (Hb 12:1,2).

20 de outubro de 2008

DESPEDINDO O EGOÍSMO

Egoísmo não é chupar duas laranja sozinho, ou ter apenas uma e não ceder a outra banda. Isso é apenas uma reação de alguém que gosta muito de laranja. Como diria um filósofo chinês: “Quem come e não reparte nada, fica com a barriga inchada.” Quem age dessa maneira pode correr esse risco. Mas, na verdade, egoísmo vai muito além disso.
Sou egoísta quando não divulgo a minha alegria, para que esta contagie a outros; quando não me permito ser ajudado; quando não abro mão de um sonho, para que o sonho do outro se realize; quando me nomeio o mais ocupado do ano, e por isso não tenho tempo pra ninguém; quando guardo só pra mim uma boa história; quando escondo o que escrevo; quando deixo de dizer o quanto amo; quando contribuo por interesse; quando a oferta é obrigação; quando finjo não ouvir; quando penso em alguém só pra mim.
Será que tudo está ligado a viver pra outros ou pra mim mesmo? Nem uma coisa nem outra. Tudo está ligado a viver sem amarras. As amarras impostas pelo modo social de viver, pelo moralismo estabelecido, é que nos fazem introverter; ou seja, voltar-se para dentro. Falo de “amarras”, porque foi a primeira palavra que surgiu na mente para definir esta imposição do modo social “perfeito” de viver. Dizem por aí: “ame ao próximo”; “ajude a quem tem fome”, “dê esmola”, “estenda a mão ao necessitado”; frases que são ditas como regras de conduta, e ai de quem não cumprir! Não temos que “fazer” assim, temos que “ser” assim. Não pode ser como uma obrigação moral, como no tempo da lei, vivida pelos judeus. Tem que ser como a graça de Deus, derramada através de Jesus; onde não havia legalmente necessidade de Jesus ter padecido, mas como um favor imerecido, Deus entregou o seu filho por amor de nós. Assim deve ser o nosso proceder, agindo pela graça que nos foi concedida.
Quando Jesus disse para amar ao próximo, disse que deveria ser da forma que amamos a nós mesmos. Jesus deixou claro que essa distinção de amores “INTRA” e “EXTRA” não deveria existir. Da forma como eu tenho necessidades, qualquer outro ser humano também tem. O modo como ajudo alguém dando um prato de comida, é o mesmo modo que utilizo para fazer a minha barriga parar de “roncar”. O modo é não ter modo. Quase como um instinto. Uma tendência natural. Sem fazer maiores ponderações, sem se aperceber do bem que faz.
Quando a consciência é ativada pelo ato que tomamos, o peito se enche de si, a ponto de não caber dentro tanta bondade. Se isso acontece, já não resta amor pelo outro, mas apenas por si mesmo. “Eu sou de mais!”, “Eu sou o cara!”. O ego se torna maior do que qualquer outra coisa.
Egoísmo não é estar olhando pra si, mas é olhar pra si mais do que olhar para o outro. Egoísmo é quebrar a igualdade: amo a mim = amo a você. Não é deixar de me amar, mas é me amar tanto quanto amo você. Deus é o único que tem o direito de ser egoísta, pois Ele pode ser o que quiser. Porém, preferiu igualar os amores. Tanto quanto Ele se ama e deseja que seja feita a sua vontade, ama ao homem de igual maneira, tornando-o a sua própria imagem e semelhança.



12 de outubro de 2008

Prontos para servir



Paz amados,

Prontos para servir. Esse é o tema que vamos trabalhar no nosso próximo culto de jovens.

“Pois o próprio Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate por muitos.” Marcos 10:45.

A bíblia mostra a vida de Jesus na cidade de Nazaré, mesmo na mais tenra idade, era uma bênção para todos os que viviam naquela cidade. Em interessante comentário sobre a infância de Jesus, Ellen White declara que até mesmo a vida dos animais da floresta e dos animais de carga era mais feliz em Nazaré porque Jesus estava ali.

Existem diversas historias na bíblia que enfoca o serviço...
Se Jesus torna melhor até a vida dos jumentos e esquilos, quanto melhor não tornaria a vida das pessoas de Sua cidade! Usando Seu exemplo, consideramos quantas coisas maravilhosas podemos fazer para servir outros enquanto ainda somos jovens. Não precisamos esperar para realizar grandes coisas!

Somos uma geração forte e pelo nome de Jesus temos o poder de mudar tudo, basta que estejamos prontos para servir.

(Isaac Nunliver)

9 de outubro de 2008

ESPECIAL ENCONTRO

ESTÁ TUDO ESCURO
VENHO TATEANDO.
ESTOU EM APURO,
MAS ELE VEM CHEGANDO.

NÃO ENCONTRO A SAÍDA
PARECE NÃO TER FIM.
É SEMPRE ASSIM:
ALMA ABATIDA.

BUSCO SEM ACHAR,
TATEIO SEM TOCAR.
JÁ PRESTES A DESISTIR,
ELE CHEGOU AQUI.

ABRIU-SE UM CLARÃO
AGORA VEJO UM PORTÃO
TAMBÉM VEJO UMA PORTINHA
AGORA TENHO O QUE NÃO TINHA.

TENHO ENTENDIMENTO
E PREFIRO A PORTINHA.
ACABOU O LAMENTO,
ACHEI A CAMPAINHA.

FINALMENTE TOQUEI
ALGUÉM ABRIU
LOGO DEPOIS, SUMIU.
OUVI UMA VOZ QUE DISSE: “EI!”.

QUANDO PERCEBI
JÁ ESTAVA ALI.
COM UM SERAFIM
OLHANDO PRA MIM.

CONVIDOU-ME PARA ENTRAR
DIZENDO QUE ESSE É O MEU LUGAR.
“TUDO É SEU,
PORQUE EM JESUS VOCÊ CREU”.

ONDE ELE ESTÁ?
DISSE EU.
“CONVERSANDO COM ZAQUEU”
DISSE O ANJO AO ME TOCAR.

QUERO AGRADECÊ-LO PELA LUZ...
NEM SABIA QUE ERA JESUS.
O FAROL DA MINHA VIDA
ORIENTOU A SAÍDA
REMIU A ALMA ABATIDA.

NUM INSTANTE ELE APARECEU
QUANDO PENSEI EM TOCAR
JÁ HAVIA ME TOCADO.
DISSE QUE PERDOAVA O MEU PECADO
E TUDO QUE ERA DELE TAMBÉM ERA MEU.

“EU O AMO”
DISSE ELE.
O QUE DIREI DIANTE DELE?
EU TE ADORO, MEU AMO!

28 de setembro de 2008

Bem-vindos

Paz Juventude Quadrangular, este blog é um meio de comunicação e de interação, criado com o objetivo de oferecer e compartilhar a agenda dos nossos eventos e outros pela cidade; discutir e propagar a mensagem da palavra de Deus, bem como, abençoar àqueles que a ele tiverem acesso. Não existe nenhuma pretensão de competir, talvez, estar entre os mais visitados, e se assim acontecer, aprouve a Deus que fosse dessa forma. Mas o nosso desejo é que alcance a maior quantidade de pessoas possível, e que, cada vida seja renovada e impactada pelo amor e pelo poder de Deus.

“Trabalhai, não pela comida que perece, mas para a que subsiste para a vida eterna...”(Jo 6:27)

Aqui começamos uma nova tarefa: falar das maravilhas que Deus fez e ainda pode fazer em nossas vidas.

(Isaac Nunliver)