31 de dezembro de 2008

Terminando bem 2008



Neste final de ano, nós queremos orar pela Igreja e pelo mover de Deus entre nós. Sabemos que o mover de Deus passa pela unidade. Assim, vamos orar pela Igreja e por nossa vida de comunhão.

Por incrível que pareça, o Novo Testamento fala muito mais sobre comunhão do que de evangelismo. Normalmente, uma pessoa decide-se por uma igreja pela acolhida que lhe é dada. Ninguém consegue ficar em uma igreja onde não faz amizades. O cristianismo é, sobretudo, relacionamento. E a amizade é a maior ponte para o evangelismo. Uma pesquisa realizada pelo Instituto John Haggai mostrou as formas como as pessoas se convertem nos países do terceiro mundo.

● Tv – 1,1%.
● Filmes – 1,1%.
● Bíblia – 1,8%.
● Literatura – 1,7%.
● Sermão – 2,4%.
● Rádio – 2,9%.
● Trabalho pessoal do pastor – 2,9%.
● Cruzada evangelística – 4,4%.
● Amigos – 29,9%.
● Parentes – 49,7%.
● Outros meios 2,1%.

A esmagadora maioria das pessoas vem para Cristo por causa de um relacionamento familiar ou de amizade. O que desejamos nesses dias é desenvolver nossos próprios relacionamentos para que sejamos como uma grande rede lançada no mar desse mundo, uma rede na qual os peixes fiquem presos pelos nós da amizade.

Renove seu conceito de Igreja
Com o passar do tempo, podemos perder o frescor da vida em comunidade.
Queremos reafirmar nossa identidade e fortalecer ainda mais nossa visão pedindo o santo colírio de Deus neste fim de ano.

A Igreja não é um clube, onde cada um paga sua mensalidade e vive isoladamente. Alguns ainda pensam que seus dízimos sejam como a contribuição de um clube. Nós contribuímos para que o reino de Deus avance e não para termos algum tipo de benefício pessoal como em um clube.

A Igreja não é um abrigo de salvos, onde cada um busca os seus próprios interesses. Não estamos aqui para fazer a nossa própria vontade, mas sim a vontade daquele que nos chama das trevas para a sua luz. A Igreja não existe em nossa função; antes, nós estamos aqui em função do propósito de Deus.

A Igreja também não é uma prestadora de serviços, da qual sou apenas um cliente esperando ter as minhas necessidades atendidas. Muitos encaram a Igreja como uma prestadora de serviços espirituais, na qual podem buscar, quando desejarem, uma ministração forte, uma palavra interessante, uma aula apropriada para seus filhos, um ambiente agradável e assim por diante. Quando, por algum motivo, os serviços da Igreja caem de qualidade, esses consumidores saem à procura de outro shopping espiritual mais eficiente. Membros assim não têm aliança com o Corpo. Nestes dias, queremos renovar as alianças de cada membro com a Igreja.

A Igreja não é uma casa de shows, onde somos apenas espectadores. Para alguns, a Igreja não passa de mais um entretenimento. Apreciam as músicas, a pregação e o ambiente, mas ainda não compreendem a realidade do culto racional que resulta num sacrifício vivo na presença de Deus. A Igreja é uma família, na qual temos o mesmo Pai, o mesmo irmão mais velho e somos todos irmãos.

O poder da comunhão na vida da Igreja
No salmo 133, lemos a respeito do poder da comunhão no meio do povo de Deus. “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes. É como o orvalho do Hermon, que desce sobre os montes de Sião. Ali, ordena o Senhor a sua bênção e a vida para sempre.” (Sl 133.1-3).

1. A comunhão alegra o Senhor
“Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!” (Sl 133.1). Essa é a exclamação de alegria do Senhor a respeito de seu povo. O Senhor habita no meio da comunhão de seu povo: “O Senhor, teu Deus, está no meio de ti, poderoso para salvar-te; ele se deleitará em ti com alegria; renovar-te-á no seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo.” (Sf 3.17).

Assim, nada entristece mais a Deus do que a divisão no meio de seus filhos. Tal comunhão não é simplesmente um ajuntamento, mas um compromisso mútuo de unidade para a expressão do Senhor na Terra. Uma sacola de membros não é um corpo, um amontoado de material de construção não é um edifício e um ajuntamento de crentes não é necessariamente uma Igreja. O que nos dá a identidade é a unidade. Sem unidade somos um corpo disforme, mas, quando somos unidos, expressamos a Cristo.

2. A comunhão libera poder
“É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes.” (Sl 133.2). O óleo precioso do Espírito de Deus desce a cabeça. Evidentemente somente aqueles que estão conectados à cabeça desfrutam do óleo da unção. Nestes dias, queremos experimentar esse óleo juntos, em comunhão.

O Espírito Santo é o poder de Deus e este poder está em você. O Espírito Santo é a unção de Deus sobre nós. Mas, quando estamos juntos em comunhão, essa unção é potencializada e este poder pode ser liberado de forma explosiva sobre nós.

O óleo representa a unção na Palavra de Deus. O azeite era um elemento muito versátil no mundo antigo, ele servia para virtualmente qualquer coisa e simboliza a provisão completa da unção do Espírito. O fato de o Salmo 133 nos dizer que a comunhão libera o óleo é algo muito precioso. Quando estamos unidos as nossos irmãos, esse óleo desce da cabeça, que é Cristo, e alcança todos os membros.

O uso do óleo entre o povo de Israel é um retrato claro da provisão completa da unção para o povo de Deus hoje. Todas essas coisas vêm sobre nós porque estamos unidos aos irmãos na agradável comunhão do Corpo de Cristo.

a. O óleo é alimento
A primeira utilidade do azeite estava na preparação dos alimentos, sendo ele mesmo, na verdade, um alimento. No mesmo princípio, nós precisamos receber periodicamente uma porção da unção de azeite do céu como alimento. Quando deixamos de nos alimentar dessa unção, somos enfraquecidos e nos sentimos incapazes de fazer a vontade de Deus. A unção, portanto, é alimento. Você sabia que a comunhão nos alimenta? Sim, a comunhão libera o óleo que nos nutre.

b. O óleo nos limpa
A segunda utilidade do azeite nos dias antigos estava na feitura de sabão. A unção do azeite também tem a função de limpar e purificar as nossas vidas. Quando digo purificar, não me refiro propriamente à purificação do pecado, mas à purificação da sujeira do mundo. A morte do mundo nos contamina e nos faz ficar insensíveis a Deus. A unção, então, nos purifica da poeira da carne que nos contamina. Todos nós testificamos que, quando estamos na comunhão dos irmãos, nossos pés são lavados da poeira do mundo.

c. O óleo é combustível
As lamparinas do mundo bíblico eram mantidas acesas usando o azeite como combustível. No mesmo princípio nossa luz somente pode brilhar diante do mundo se houver o azeite do céu em combustão dentro do espírito. E esse azeite vem sobre nós na comunhão dos irmãos. Cada vez que nos reunimos, devemos esperar uma medida do combustível celestial sobre nós.

d. O óleo é para uso sacerdotal
O azeite também era usado pelo sacerdote para ungir e consagrar pessoas e coisas a Deus, como também era usado pelo médico como remédio. A unção é também para consagração. O propósito de Deus somente pode ser cumprido por meio da unção. O suprimento de Deus para nossas vidas vem somente pela unção. O suprimento de Deus para nossas vidas vem somente pela unção e todo jugo do pecado pode ser quebrado e destruído pelo poder da unção. Quando estamos em comunhão, os jugos do pecado e do diabo são quebrados e experimentamos o refrigério de Deus.

e. O óleo cura
Um aspecto importante da unção está em Tiago 5.14, em que o autor nos manda ungir os enfermos para serem curados. Há cura disponível para o povo de Deus na comunhão dos irmãos. O óleo da cura é liberado quando estamos juntos e ministramos uns aos outros. Sabemos que o óleo do Espírito é o suprimento completo de Deus, mas ele é liberado quando os irmãos vivem unidos em comunhão.
A comunhão é algo realmente poderoso. Paulo chega a dizer que a Igreja de Corinto estava doente porque seus membros não entendiam a comunhão: “Pois quem como e bebe sem discernir o corpo, como e bebe juízo para si. Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos que dormem.” (1Co 11.29-30).
Quando não temos discernimento do Corpo, experimentamos morte e enfermidade. Se a falta de comunhão traz doenças, sabemos que a comunhão produz o que já mencionamos: alimento, purificação, combustível, libertação e, principalmente, cura.

3. A comunhão é restauradora
“E como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião. Ali, ordena o Senhor a sua bênção e a vida para sempre.” (Sl 133.3).
No verso três, lemos que a comunhão “é como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião”. O orvalho é símbolo da presença restauradora de Deus. Em Oséias 14.5, lemos que o Senhor mesmo será como um orvalho para Israel. O orvalho nos fala de refrigério e frescor. De uma forma discreta, ele cai silenciosamente durante a noite, mas faz regar toda a terra. Em Êxodo 16.13, notamos que o maná caía com o orvalho. Se o compararmos com o Salmo 133, notaremos que o orvalho é a graça de Deus sobre nós. Em Lamentações 3.22-23, lemos que as misericórdias do Senhor se renovam a cada manhã. Isso também nos lembra do orvalho. É na comunhão dos irmãos que experimentamos a graça e o amor de Deus com o orvalho refrescante sobre nós.

4. A comunhão traz a bênção
Finalmente o salmista diz: “Ali, ordena o Senhor a sua bênção e a vida para sempre.” (Sl 133.3b). Um aspecto vital da bênção de Deus é que ela libera vida, a Igreja cresce e as células se multiplicam. Uma igreja abençoada certamente é uma igreja que cresce. Eu sei que é um paradoxo: estamos jejuando pela comunhão e unidade para que venha a multiplicação. Onde há união, ali Deus ordena a sua bênção e a vida para sempre. Deus já tem ordenado a vida entre nós, basta que sustentemos a unidade da comunhão entre os irmãos.

Em nenhum outro lugar se fala mais de multiplicação e crescimento dos discípulos da Igreja do que nos primeiros 15 capítulos de Atos. Mas, também, em nenhum outro lugar se fala tanto a respeito da comunhão e da unanimidade que havia entre os irmãos. A comunhão foi o segredo do crescimento.

Não precisamos de métodos ou estratégias mirabolantes para levar a Igreja a crescer, precisamos apenas remover os entulhos que estão bloqueando o seu crescimento. Deus já ordenou a bênção e haverá muita vida entre nós.

Não deveríamos perguntar “o que faz a Igreja crescer”, antes deveríamos nos questionar: “O que está impedindo a Igreja de crescer?” Deus já ordenou a bênção e a vida eternamente sobre a Igreja quando vivemos em união. Assim há um decreto divino de vida e crescimento, mas a bênção é bloqueada quando a unidade é quebrada.

Sugestões para esse tempo antes de 2009
1. Decida romper com o isolamento daqueles que estão ao seu derredor
Não permita que irmão algum seja apenas um dado de estatística, um número a mais, sem nome, sem cara. Não vamos permitir ninguém fique só em nossa igreja. Vamos fazer uma grande pescaria em nosso próprio aquário.

2. Não chame ninguém de “irmão” nestes dias, chame apenas pelo nome
A palavra mais bela que existe para cada pessoa é o seu próprio nome. Jesus nos dá o exemplo de um bom pastor em João 10.3 quando Ele diz que chama pelo nome suas ovelhas. Cada pastor, cada discipulador e cada líder de célula deve se comprometer em saber o nome de cada uma de suas ovelhas.

3. Seja sensível à necessidade das pessoas ao seu redor
Descubra uma forma de servir aos irmãos que Deus tem colocado ao seu redor. Descubra uma necessidade deles e surpreenda-os.

4. Tome a resolução de contactar com um irmão ou um casal da igreja
Envolva-se de maneira prática. Façamos do momento da refeição um abençoado tempo de comunhão. Nós somos uma igreja com lares abertos, por isso convide uma pessoa nova para comer com sua família.

5. Resolva ser afetuoso no relacionamento com os irmãos
A Palavra de Deus nos ensina em muitos lugares que precisamos cumprimentar nossos irmãos com um beijo. Paulo o chama de beijo (ósculo) santo e Pedro chama de beijo de amor (Rm 16.16; 1Pe 5.14). Use esse tempo como um treinamento para estabelecer uma nova prática de comunhão em sua vida.

6. Decida ser um investidor
Barnabé investiu em Paulo (At 9.26-27; 11.22-26) e em João Marcos (At 15.36-39). Paulo investiu em Timóteo. Elias investiu em Eliseu. Moisés investiu em Josué. Em quem você está investindo? Seja um discípulo e tenha um discípulo.

7. Use seu telefone. Envie cartas. Mande cartões. Envie e-mails. Mande torpedos
Resolva abençoar alguém mesmo que seja com breves palavras todos os dias. Renove a sua agenda de telefones

8. Venha para os cultos com algum presente
Pode ser qualquer coisa, mas o que temos em mente é uma pequena lembrança. Nós teremos o tempo da oferta e também trocaremos presentes durante a reunião. Só não vale dar o que você ganhou na semana anterior.

9. Faça o propósito de, junto com algum amigo, doar uma cesta de alimentos para a beneficência
Você também pode doá-la para um membro. Nós somos uma igreja de comunhão e ajuda mútua (Fp 2.3-4; At 2.44-45). Essa é uma maneira simples de expressarmos amor aos irmãos.

10. Assuma o compromisso de tratar com todo tipo de mágoa na sua vida
Todos os ressentimentos são ruins, mas os piores são as mágoas com irmãos. Nós somos também uma igreja de perdão e cura (Lc 17.3-6). Onde não há perdão, as pessoas adoecem.

11. Resolva ser atencioso e acolhedor com o visitante (Rm 15.7)
Em uma pesquisa, a Standart Oil Company quis saber por que os clientes desaparecem. O resultado pode servir de advertência para nós como Igreja também:
● 1% dos clientes morrem.
● 3% mudam para outro lugar.
● 5% encontram um preço melhor.
● 9% mudam em função de conveniência.
● 14% têm um descontentamento pessoal.
● 68% em função de mau atendimento.

12. Tome atitudes práticas para a comunhão
Muitos irmãos acham tremendamente embaraçoso quando lhes é pedido, durante o louvor, que cantem olhando para um irmão do lado – o qual nunca viram. Quando pedem para dar as mãos enquanto cantam, quase desmaiam de constrangimento. Entendo essa situação e não quero constranger a ninguém, por isso quero sugerir algumas outras atitudes simples que você pode ter sempre e que também, produzirá um efeito enorme em nossa comunhão.

● Fale com o visitante, cumprimente-o e esteja antenado para acolhê-lo depois do culto.
● Sorria para as pessoas.
● Chame as pessoas pelo nome.
● Seja cortês e cooperador. Quer ter amigos? Então seja amigável.
● Tenha um interesse genuíno pelas pessoas.
● Tenha uma palavra encorajadora para todos que encontrar.
● Seja generoso e expansivo nos elogios e tímido nas críticas.
● Respeite o sentimento das pessoas.
● Ouça atentamente quando falarem com você.
● Fale uma palavra de bênção para os irmãos.

:: Por Pr. Aluízio Antônio
(Texto adaptado)

27 de dezembro de 2008

REALIZAÇÕES NA TERRA X SONHO DO CÉU


É possível desejar que nossas realizações terrenas sejam satisfeitas? Sim, é possível. É possível, mesmo vivendo na Terra, sonhar com o lugar pelo qual o Senhor Jesus foi preparar morada para nós? Sim, é totalmente possível e até fundamental. Existe uma dicotomia ou divisão de duas idéias no meio no meio cristão no que se refere a esses questionamentos. Alguns anseiam em satisfazer as suas vontades que já foram planejadas pelos objetivos criados, com a intenção de viver uma vida regalada, confortável, tranqüila e financeiramente estabilizada. Outros entram num estado espiritual tão profundo, que acabam por se desligar de tudo que é tangível; vivendo, apenas, do sonho da vinda de Cristo. Falo que é um sonho, simplesmente porque a volta de Cristo ainda não aconteceu, mas como crente também almejo por esse acontecimento todos os dias da minha vida.
Estudando a palavra de Deus, ela nos revela no livro de Isaías no cap. 1 vers. 19 o que o próprio Deus diz:

“Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra.”.

Portanto, não há impedimento da parte de Deus em buscarmos prosperidade ainda nesta vida. Fazer planos futuros, ter metas a serem atingidas e buscar realizações humanas, nada disso é ilegítimo; a própria bíblia diz que se você QUISER essas coisas e OUVIR o que Deus lhe fala, vai conseguir realiza-las.
Por outro lado, existe uma admoestação do apostolo Paulo que não deve ser negligenciada, ele diz em 1 Coríntios 15:19 que:

“Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.”

Em varias outros escritos do apostolo Paulo ele descreve como devemos permanecer sempre na esperança da volta do nosso Salvador. O aposto Pedro também revela qual deve ser a finalidade da nossa fé: a salvação da nossa alma (1 PEDRO 1:9). Com esses textos em mente, podemos entender que devemos viver na esperança em Jesus Cristo, do sonho com a eternidade e com uma fé finalizada na salvação.
Viver em busca das realizações pessoais pode não ser em um primeiro momento algo nocivo ao nosso relacionamento com Cristo, mas se essa meta a ser realizada passa a tomar toda a nossa atenção e domina todas as nossas atitudes, não há dúvidas de que pode não apenas estragar o nosso relacionamento com o Senhor, como pode nos fazer desviar da fé que temos nEle. A bíblia diz que o amor ao dinheiro é o princípio de todo mal (1 TIMÓTEO 6:10). O termo “dinheiro” pode ser substituído por qualquer outro que esteja significando “desejar ardentemente”, ou amar a essa tal coisa acima do amor de Deus. Quando isso acontece, o que era para ser benção se transformar em maldição.
É de Deus que estejamos vivendo espiritualmente transbordantes. É ótimo meditar nas coisas celestiais. Contudo, ainda vivemos nesse mundo e esse mundo ainda precisa de nós (crentes). Jesus disse que nós tínhamos que ir e pregar o evangelho a toda criatura, só que para fazer isso é necessário estarmos inseridos na sociedade, fazendo parte de grupos sociais. Não dá pra estar “vivendo no céu” quando ainda há tanto trabalho a fazer aqui. Ao invés de vivermos pensando somente na nossa salvação, deveríamos pensar naqueles que ainda se encontram enclausurados pelo pecado, acorrentados pelas paixões do mundo e alheios a vontade de Deus. Jesus diz no livro de Mateus no capítulo 24, quando fala a respeito da sua segunda vinda, que todos estarão fazendo os seus afazeres normais do dia-a-dia: quem trabalha no arado estará trabalhando no arado, quem lava roupas estará lavando roupas, quem dorme com o marido estará dormindo com o marido. Isto significa que ninguém deve deixar de viver ainda nessa terra, alegando que está apenas aguardando o grande dia em que virá o Senhor. O que Jesus nos alerta é para que estejamos vigilantes, para que naquele dia não sejamos pegos de surpresa assim como faz o ladrão.
Mas e agora, como resolver esse impasse? Buscar bens terrenos ou viver sonhando com os céus? A solução é óbvia: buscar o equilíbrio entre ambas as alternativas. Se existe o desejo de ser prospero materialmente falando, é preciso ouvir a voz de Deus e ele nos dirá, entre tantas outras coisas: que é preciso amar ao próximo assim como a nós mesmos, que bendito é o homem que confia no Senhor, que se confessarmos os nossos pecados Ele é fiel e justo para nos perdoar, que ainda não se viu nem se ouviu o que o Senhor tem preparado para aqueles que o amam. E para finalizar, uma palavra do Senhor Jesus que define perfeitamente toda essa problemática:

“Buscai, pois, em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça, e todas as demais coisas vos serão acrescentadas” (MATEUS 6:33).

23 de dezembro de 2008



Para que nasci?
Ainda me lembro do tempo de escola quando a professora de educação física formava os times de esporte e dava aos capitães a responsabilidade de escolher os jogadores das equipes. Os melhores atletas eram sempre chamados primeiro. Em sala de aula, nos trabalhos em grupo, o processo era o mesmo. Os alunos mais aplicados eram os mais disputados. O que começa na infância persiste pela vida toda. Na escola, no trabalho ou na sociedade somos escolhidos por aquilo que desempenhamos bem. É assim que os homens nos vêem.

Já a filosofia de Deus é completamente diferente. O Senhor não nos escolhe pelas nossas habilidades. Para Ele existe algo mais importante e precioso. Os olhos do Pai estão voltados para o nosso coração. Não somos escolhidos por aquilo que fazemos de melhor, até porque todos os nossos dons e talentos vieram do próprio Deus. É Ele quem nos dá tudo. Diante dessa realidade, o importante não é saber o porquê, mas sim para que fomos escolhidos.

Para que nasci? Esta é uma pergunta que não pode ficar sem resposta. A nossa vida não tem sentido se não soubermos o verdadeiro motivo da nossa existência. Não são as conquistas, os luxos e as relações bem sucedidas que alcançamos ao longo dos dias que vão nos dar plena satisfação. Há um espaço dentro de nós que precisa ser preenchido. Ou seja, jamais conseguiremos ser felizes enquanto não fizermos aquilo que nascemos para fazer.

Mesmo que você tenha sido excluído em alguma situação ou rejeitado por alguém, lembre-se que Deus te escolheu e te chamou para um propósito nessa vida. Não importa se os homens ainda não conseguiram enxergar o seu verdadeiro valor. Aprenda que nem todos são capazes de avaliar uma jóia. Mas Deus é especialista em preciosidades e por isso Ele te garimpou para uma grande obra nesta terra.

O forte e valente rei Davi talvez fosse o mais capacitado para construir a casa de Deus, no entanto Deus deu essa missão a uma frágil criança. Salomão não tinha nenhum atributo quando foi escolhido pelo Senhor. Mas aos poucos aquele menino foi lapidado e se transformou no homem mais sábio e rico de todo Israel. É assim que Deus age. Ele escolhe e Ele mesmo capacita. Então, pare de olhar para os fortes dessa terra. O ESCOLHIDO É VOCÊ!

::Por Juliano Matos

Jornalista e colaborador do portal Lagoinha.com

julianomattos@yahoo.com.br