26 de novembro de 2009

SIGNIFICADO DOS NOMES

Há poder nos nomes?

Livros e sites especializados afirmam que o nome Cláudio significa “coxo, manco e aquele que anda com dificuldade” e Mônica quer dizer “solitária e viúva”. Mas, será que esses nomes podem influenciar ou trazer uma carga negativa para a vida da pessoa, traçando-lhe o destino?
O pastor Jorge Linhares, da Igreja Batista Getsêmani, em Belo Horizonte (MG) afirma que sim, que os nomes podem ser amaldiçoados, pois amaldiçoar significa maldizer, praguejar. “A Bíblia diz que Nabal (2 Samuel 25:3) era maldoso e o seu nome realmente significava isso, Abrão teve seu nome mudado para que recebesse uma promessa. Por isso, podemos concluir que o nome pode amaldiçoar sim”, explicou.


Para Jorge Linhares, é melhor prevenir do que remediar, escolhendo nomes que tenham um significado abençoado.
De acordo com Linhares, autor do livro “O melhor nome para seu filho”, as culturas ocidentais não dão tanta importância aos nomes, já o povo de Israel se preocupava muito e não colocava qualquer nome em seus filhos. “No Brasil, 90% das pessoas não sabem o significado de seus nomes e colocam em seus filhos nomes motivados em personagens de novelas, pessoas famosas ou parentes. Só que um cristão precisa entender que um filho é herança do Senhor e deve merecer um nome bonito que vai lhe trazer satisfação. Foi o próprio Deus quem escolheu o nome de Jesus”. Linhares ainda contou que é procurado por muitas pessoas para orar contra o negativismo de alguns nomes. “Acho que prevenir é melhor do que remediar”, concluiu.

De mesma opinião é o pastor Miguel Granato, da Igreja Água Viva de Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro. “Existe influência sim porque o poder do nome retrata a pessoa, já que há uma invocação quando ele é pronunciado”, afirmou. O líder atentou para o fato de que quando um nome tem um significado maligno, como “filho das trevas” e expressões parecidas, maldições podem ser profetizadas quando a pessoa é chamada.

Granato, no entanto, citou Provérbios 26:2, afirmando que “maldição sem causa não se cumpre e que a maldição fica como andorinha procurando lugar para pousar, se ela não encontra, não pousa, mas se há brechas (pecado), ela se instala”. O pastor ensinou ainda a importância da apresentação da criança recém-nascida no altar da igreja, como forma de consagrá-la a Deus, profetizando bênçãos e cancelando qualquer tipo de maldição; e a necessidade de escolher nomes que tenham bons significados e simbolizem o desejo de felicidade e prosperidade na vida da criança.

Já o pastor Franklin Ferreira, da Igreja Batista do Cosme Velho, bairro do Rio de Janeiro, disse que não há nenhuma conexão entre nome e maldição. “Não acredito que nomes carreguem um significado que possa sugerir bênção ou maldição. Para a cultura ocidental, não existe essa carga negativa ligada aos nomes”. Franklin, que é teólogo e professor do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, explicou também que na Bíblia, geralmente, o nome era dado sempre após o nascimento.

Citando o exemplo dos filhos de Noemi (Rute 1:2-5), Malon (significa enfermidade) e Quilion (significa esgotamento), o professor explica que eles receberam esses nomes porque nasceram doentes, descartando a possibilidade de que seus nomes determinaram seus destinos (Malon e Quilion morreram jovens). “Ficaremos próximos do paganismo, se pensarmos que um nome pode determinar o destino de uma pessoa”. O estudioso foi enfático ao dizer que o diabo não age no nome da pessoa, mas no coração sujo e na mente corrompida. “O diabo vai usar o mundo para nos atrapalhar, não podemos entrar numa linha supersticiosa”, disse.

Paulo Romeiro, pastor da Igreja Cristã da Trindade (SP), também acha que a Bíblia não dá atenção aos nomes. “Judas significa louvor e traiu Jesus (Lucas 22:3), Absalão significa pai da paz e ele teve uma vida transtornada (2 Samuel 15). Na Bíblia temos nomes que tinham significados ruins, mas que foram pessoas boas, como Apolo (Atos 18:24), que significa destruidor e foi um grande pregador da Palavra de Deus”, defendeu Romeiro, que também é professor de Ciências da Religião da Universidade Mackenzie.

Para ele, a mudança do nome de algumas pessoas na Bíblia não deixa uma regra a ser seguida por nós. Ele citou ainda o exemplo de Daniel e seus amigos na Babilônia (Daniel 1:7), que receberam nomes pagãos do rei Nabucodonosor e não mudaram sua conduta fiel a Deus. Pelo contrario, foram grandes testemunhos de fé.

O bispo Francisco de Almeida, da Igreja Sara Nossa Terra, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, concorda com essa colocação, defendendo a tese de que o que determina o destino de uma pessoa são as suas atitudes. “Não acredito que um nome pode ser determinante na vida de uma pessoa. Para mim, isso não é uma maldição. No Antigo Testamento, a família escolhia o nome devido às circunstâncias do nascimento”, opinou.


Jabes de Alencar, é exemplo de que um nome não determina necessariamente o destino de uma pessoa, pois seu nome significa “aquele que nasceu causando dores”
Quem é exemplo de que um nome não determina necessariamente o destino de uma pessoa é o pastor Jabes de Alencar, da Assembléia de Deus do Bom Retiro, na capital paulista. Seu nome significa “aquele que nasceu causando dores”. Foi dado por sua mãe, após ela sofrer a dor de perder um filho, que tinha o mesmo nome. “Minha mãe me deu esse nome, mas orou com fé e determinação para que minha sorte não fosse a mesma do meu irmão, e realmente não foi”. Conforme Alencar, quando uma pessoa se converte ao Evangelho não há mais nenhuma interferência maligna em sua vida, mas se ela ainda é sujeita às coisas ruins do mundo, naturalmente está sujeita às influências do diabo.

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